O SR. MAGUITO VILELA (PMDB - GO. Para uma comunicação inadiável. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, estou extremamente preocupado com o início do período chuvoso, que já se avizinha. Aliás, ontem, no Mato Grosso do Sul e até em Goiânia, graças a Deus, tivemos muita chuva, que, inclusive, minimizou o problema das queimadas no Centro-Oeste.  

No entanto, Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, se de um lado as chuvas minimizam o problema das queimadas, por outro, com a chegada do período chuvoso, as rodovias federais, que, nesta época seca, já estão realmente deterioradas, tendem a ficar muito piores.  

Viajando pelo interior de Goiás neste feriado, pude constatar in loco esse quadro gravíssimo da principal rodovia federal que corta a região sudoeste do Estado. O asfalto da BR-060 está realmente numa situação calamitosa, para desespero de moradores e especialmente dos agricultores daquela região, para não dizer dos usuários.  

Vários líderes políticos goianos, entre eles, vereadores, prefeitos, deputados estaduais e federais, já me haviam informado desse problema, e eu pude constatar de perto. A situação é ainda mais grave se levarmos em consideração que o sudoeste goiano está entre as três regiões do Brasil de maior produtividade agrícola e que a BR-060 é o principal eixo de escoamento ali existente.  

A BR-060, que liga a capital Goiânia à cidade de Santa Rita do Araguaia, passando por Acreúna e Rio Verde, dando acesso a Montividiu, Santa Helena, Mineiros, Serranópolis, Palmeiras, Chapadão do Céu, Guapó, Indiara, Paraúna, Quirinópolis e Cezarina, a zona de maior produção em Goiás, pois ali se estão algumas das cidades que mais produzem neste País, encontra-se em uma situação de precariedade que já se vai transformando em um problema histórico, já que a solução definitiva, que seria o recapeamento, arrasta-se há muito tempo, gerando prejuízos incalculáveis aos produtores e ceifando um número incontável de vidas.  

No ano passado, o Governo Federal fez um ótimo trabalho em um pequeno trecho da rodovia, entre Goiânia e Acreúna. O trecho mais complicado, onde a rodovia está em condições mais precárias, recebeu apenas uma operação tapa-buracos, insuficiente para solucionar a questão em função da sua gravidade, repito.  

Estive, recentemente, com o Ministro dos Transportes Eliseu Padilha, que demonstrou interesse na obra, mas prevê a liberação de recursos apenas para o ano que vem. Gostaria de fazer um apelo ao Governo, à equipe econômica especialmente, para rever essa posição e antecipar a liberação de recursos. No estágio atual da rodovia, ela não irá agüentar as primeiras chuvas, ficará, com certeza, numa situação ainda pior do que ano passado, quando muitas vidas foram ceifadas.  

Volto a repetir, essa é uma rodovia fundamental à economia goiana, visto que transporta grande parte da produção regional de grãos. O seu estado precário significa perda de competitividade e prejuízo aos produtores de Goiás e de algumas regiões do Mato Grosso, que também necessitam dela.  

Era esta a comunicação que gostaria de fazer, Sr. Presidente, no sentido de que o Governo acuda a tempo essa e outras rodovias importantes do nosso País, atendendo uma parcela significativa de quem produz grãos, de quem produz alimentos no Centro-Oeste brasileiro.  

Muito obrigado.  

B