O SR. MOREIRA MENDES (PFL - RO. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, ocupo a tribuna desta Casa, nesta tarde de 13 de setembro, para registrar a minha homenagem a dois órgãos da imprensa do meu Estado.  

O primeiro deles, a que já me referi em pronunciamento feito na semana passada, diz respeito aos 25 anos de existência da TV Rondônia — Canal 4 —, em nosso Estado, canal de televisão integrante da Rede Amazônica de Televisão , tão bem capitaneada pelo eminente empresário, Dr. Phelippe Daou, de Manaus.  

Apenas ratifico o que já foi dito naquele pronunciamento, uma vez que havia a possibilidade de não estar hoje presente, razão pela qual deixei registrado o evento naquela data.  

Quero também homenagear aqui o Diário da Amazônia , jornal de circulação regional do meu Estado, que hoje completa seis anos de existência; mas quem ganha os parabéns é o povo de Rondônia, que tem um jornal claro, preciso, direto, objetivo e conciso. A simplicidade, que é a condição essencial para um bom texto jornalístico, tem sido a norma adotada como ordem direta pelo Diário, por ser aquela que conduz mais facilmente o leitor à essência da notícia, dispensando os detalhes irrelevantes e indo diretamente ao que interessa, ao cerne da questão.  

Fruto do descortino e da visão empreendedora do empresário Assis Gurgacz, o primeiro número do Diário da Amazônia chegou às bancas de Porto Velho em uma das datas mais significativas da história de Rondônia, o 13 de setembro, data em que se comemoravam os 50 anos da criação do Território Federal do Guaporé, posteriormente transformado em Território Federal de Rondônia e, finalmente, no Estado de Rondônia.  

Se o 13 de setembro marca a perspectiva de progresso para os rondonienses, a criação do Diário nessa mesma data marcou um compromisso com a democracia e o desenvolvimento do Estado.  

No primeiro editorial publicado pelo Diário da Amazônia , o jornal firmou um compromisso com as principais reivindicações dos rondonienses na época, que era a implantação do Linhão, a linha de transmissão de alta tensão, em 330 volts, obra concluída ainda no Governo Oswaldo Piana. A rede transmissora levou energia elétrica produzida pela Hidrelétrica de Samuel para os Municípios do interior de Rondônia, contribuindo decisivamente para acabar com o racionamento de energia que provocou muito sofrimento àquela população, levando o progresso e o desenvolvimento para aquelas localidades.  

Uma reportagem publicada na edição nº 1 do Diário da Amazônia chamou a atenção dos leitores. A matéria lembra que os dois primeiros jornais que circularam em Rondônia, mais precisamente em Porto Velho, foram The Porto Velho Times e Porto Velho Courier , editados, em inglês, em 1909, pela direção inglesa da Estrada de Ferro Madeira–Mamoré. Na época, a administração do complexo ferroviário dominava a política e a economia de Porto Velho e Guajará-Mirim, os dois únicos Municípios que ocupavam todas as terras do atual Estado de Rondônia.  

Outro assunto que mereceu longos editoriais e artigos referia-se à saída de Rondônia para o Pacífico, que é ainda um grande anseio dos rondonienses e dos acreanos e, por que não dizer, de toda a região Norte do País, porque certamente abrirá uma nova fronteira de desenvolvimento para aquelas regiões. Desde então, o Diário tem-se portado pela defesa dos direitos dos rondonienses, o que sempre foi uma de suas principais preocupações. Durante os últimos seis anos, sempre levou informações em primeira mão, realizou campanhas para o desenvolvimento da economia, de apoio à cultura, às tradições e em favor do povo rondoniense.  

Exemplificando algumas campanhas idealizadas e defendidas pelo Diário, temos a não-transferência da turbina da usina termelétrica Rio Madeira para Roraima, que causaria racionamento de energia em Porto Velho; a recuperação das três caixas d’água, históricas, conhecidas como Três Marias, construídas pelos ingleses e que são símbolo da capital, Porto Velho; a luta constante pela conservação e recuperação da BR-364 e da BR-319. Foi denunciada a existência de funcionários fantasmas na Assembléia Legislativa; o jornal informou, em primeira mão, com uma equipe no local, em ampla cobertura, toda a história do massacre de Corumbiara; foi feito o acompanhamento do processo de litígio de Extrema e Nova Califórnia, que estavam sendo disputadas por Rondônia e Acre.  

Enfim, foram seis anos de muito trabalho, e quem saiu ganhando com isso seguramente foi o povo de Rondônia, que tem um jornal sério, preocupado com a informação e com o desenvolvimento do Estado, tendo sempre ao seu dispor informações precisas e voltadas para a verdade.  

Graças a esse grande empreendedor, o Sr. Assis Gurgacz, homem dinâmico, que tem suas raízes empresariais não só no Paraná, mas também em Rondônia, Mato Grosso, Roraima e Amazonas; que não se limitou ao ramo do transporte intermunicipal e interestadual, que corta o Brasil de norte a sul. Com a grande visão que possui, teve a ousadia de se lançar no setor da comunicação, que resultou no Diário da Amazônia . Neste momento, presto as minhas homenagens, estendidas a todo o seu corpo de redação, seus editores e seus funcionários.  

Por isso, Rondônia agradece a esse arrojado empresário, que se inclui entre os grandes homens que fazem a história da nossa região e do nosso País e que não apenas passam por esta vida.  

Muito obrigado, Sr. Presidente.  

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