Discurso no Senado Federal

APELO AO ITAMARATY E AO MINISTRO DO DESENVOLVIMENTO POR UMA SOLUÇÃO AO IMPASSE NO COMERCIO ENTRE ARGENTINA E BRASIL. PREOCUPAÇÃO COM O ENFRAQUECIMENTO DO MERCOSUL.

Autor
Casildo Maldaner (PMDB - Movimento Democrático Brasileiro/SC)
Nome completo: Casildo João Maldaner
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
MERCADO COMUM DO SUL (MERCOSUL).:
  • APELO AO ITAMARATY E AO MINISTRO DO DESENVOLVIMENTO POR UMA SOLUÇÃO AO IMPASSE NO COMERCIO ENTRE ARGENTINA E BRASIL. PREOCUPAÇÃO COM O ENFRAQUECIMENTO DO MERCOSUL.
Publicação
Publicação no DSF de 22/09/1999 - Página 24796
Assunto
Outros > MERCADO COMUM DO SUL (MERCOSUL).
Indexação
  • APREENSÃO, COMISSÃO, CONGRESSO NACIONAL, CRISE, ECONOMIA, MERCADO COMUM DO SUL (MERCOSUL), ESPECIFICAÇÃO, COMERCIO EXTERIOR, BRASIL, PAIS ESTRANGEIRO, ARGENTINA, MOTIVO, ALTERAÇÃO, CAMBIO, REAL, DOLAR.
  • SOLICITAÇÃO, ATUAÇÃO, ITAMARATI (MRE), MINISTERIO DO DESENVOLVIMENTO DA INDUSTRIA E DO COMERCIO EXTERIOR (MDIC), TENTATIVA, SOLUÇÃO, CONFLITO, COMENTARIO, PROBLEMA, BRASIL, PAIS ESTRANGEIRO, ARGENTINA.

O SR. CASILDO MALDANER (PMDB - SC. Para uma comunicação inadiável. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente e nobres Colegas, trago a esta Casa uma preocupação que atormenta a todos nós. Os últimos acontecimentos no Mercosul, entre Brasil e Argentina principalmente, estão acirrando os transtornos e os problemas entre importantes setores das economias dos dois países  

Sr. Presidente, ainda há pouco, a Comissão do Mercosul, reunida aqui, no Congresso Nacional, manifestou a sua preocupação junto aos embaixadores dos quatro países que compõem o Mercosul - Brasil, Uruguai, Argentina e Paraguai -, inclusive agora com a adesão da Bolívia e do Chile. As conseqüências mais sérias dessa crise, entretanto, verificam-se entre os dois maiores, Argentina e Brasil.  

Essa preocupação não é apenas nossa, pois, no Congresso Nacional da Argentina, em Buenos Aires, também está sendo realizada uma reunião para tratar do assunto.  

Gostaria de fazer um apelo ao Itamaraty e ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, para que tentássemos buscar uma aproximação, pelo menos naquilo que seja mais assimilável, e evitar prejuízos extraordinários.  

Entendemos a reclamação dos argentinos, porque a alteração do câmbio no início deste ano afetou enormemente as relações comerciais entre os dois países, dificultando a entrada dos produtos argentinos em nosso País. Entretanto, nós também temos setores importantíssimos parados nas fronteiras. Hoje, são centenas e centenas de caminhões, principalmente do Rio Grande do Sul e Santa Catarina. O setor de calçados vem sendo muito prejudicado com isso. Não temos como concretizar negócios já fechados com os irmãos da Argentina; não há como executarmos negócios já realizados. Isso cria sérios problemas, porque eram negócios fechados. Em função de uma injunção política, esses problemas estão a acontecer agora. Há problemas de emprego, de arrecadação, de compromisso, de ambos os lados.  

Sabemos, Sr. Presidente, que a Argentina passa por eleições e que o seu governo, embora no segundo mandato, está em seus últimos dias. As eleições estão por acontecer no mês que vem, e é difícil a tomada de posições mais profundas neste instante. Pelo menos até as eleições passarem, até o novo governo se definir e se implantar na Argentina, tendo mais serenidade, precisamos buscar dialogar, para que as questões fundamentais do Mercosul não caiam por terra e para que as relações comerciais entre os dois países não sofram tantos atrasos e tantos prejuízos.  

Então, é o apelo que faço daqui, Sr. Presidente e nobres Colegas, ao Itamaraty, e principalmente ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, a fim de que possamos dar uma equação para que ambos os países não sofram uma solução tão forte como estamos por reivindicar.  

Eram as considerações, Sr. Presidente.  

 

 º


Este texto não substitui o publicado no DSF de 22/09/1999 - Página 24796