O SR. CASILDO MALDANER (PMDB - SC. Para uma comunicação inadiável. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, nobres Colegas, não posso deixar de, neste momento, fazer o registro do que testemunhei no último fim de semana na Amazônia ocidental. Especialmente por ser do sul do Brasil, foi para mim uma grande experiência ter conhecido aquela região.  

Tive a honra de ser convidado para participar de uma missão que foi à Amazônia ocidental. Na companhia dos eminentes Senadores Gilberto Mestrinho, que é da Amazônia, e Romeu Tuma, e de alguns deputados federais, pude ver de perto como atua o Exército brasileiro em terras distantes.  

Pude também ver, conhecer, a terra do Amazonas, dos eminentes Senadores Gilberto Mestrinho, Bernardo Cabral e Jefferson Péres. Chegando à base aérea, fomos recebidos pelo General Lessa, que é o comandante nessa área da Amazônia. De lá fomos a Tabatinga, que fica às margens do Solimões, na fronteira com a Colômbia. Depois fomos até a comunidade de Bittencourt, que fica às margens do Japurá, um outro grande rio que fica junto à Colômbia. Mais ao sul, visitamos a cidade de Letícia, que deverá ser visitada pelo Presidente da República ainda nesta semana.  

No domingo, Sr. Presidente, tivemos a honra de ir a São Gabriel da Cachoeira e também a um local chamado Maturacá, que fica ao pé do Pico da Neblina, praticamente na divisa com a Venezuela. Lá há um pelotão do Exército brasileiro e índios, principalmente da tribo ianomâmi. É o que existe.  

Faço este registro de coração, pois foi uma honra para mim estar lá e conhecer mais um pouco do Brasil e de uma região que significa aproximadamente 56% do Território Nacional. Pude constatar a importância do trabalho daqueles que defendem o Território Nacional, pude sentir o que significa uma reserva de biodiversidade que é a maior mundo, o que significa a maior reserva de água do mundo, o que significam as inigualáveis reservas minerais. Vendo tudo isso pude entender a vontade de forças internacionais de tomar conta dessa grande reserva da Amazônia.  

É preciso realmente destacar, Sr. Presidente, a atuação do Exército nacional. Os pelotões presentes na selva amazônica dão-se as mãos não somente para defender o Território Nacional, mas também desenvolver um importante trabalho no campo da saúde. Capitães, tenentes e mulheres do Brasil inteiro que lá se encontram dão uma grande contribuição para este País. Os hospitais em Tabatinga e em São Gabriel da Cachoeira atendem não só os familiares dos militares, mas cerca de 90% da comunidade que lá vive. As pessoas que moram naquele local e, principalmente, os índios recebem atendimento hospitalar, atendimento à saúde. É importante ressaltar isso.  

Valeu a pena, principalmente por ser um dos representantes do sul do Brasil, conhecer esse Brasil mais de perto e assim me tornar mais brasileiro. Foi uma grande experiência ouvir os hinos guerreiros que cantam os nossos soldados que lá estão e que lá ficam durante anos defendendo a pátria - essas coisas são praticamente invisíveis.  

Por tudo o que sentimos neste último fim de semana, era importante fazer este registro. Agradeço a recepção do General Lessa, de coronéis e de outros militares. Gostaria ainda, por meio do Coronel Carneiro, que aqui se encontra, que se fizesse chegar este nosso registro ao Ministro da Defesa, o nosso eminente Senador Elcio Alvares, ao comando geral do Exército brasileiro e a todos os comandos avançados nessas áreas. Foi realmente uma grande alegria para mim poder ver mais de perto a grande Amazônia. Faço meu o grito de despedida que lá ouvi: selva! Era o que se dizia lá, Sr. Presidente.  

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