Discurso no Senado Federal

CRITICAS AS DECLARAÇÕES DO PRESIDENTE DO BANCO CENTRAL DO BRASIL, DR. ARMINIO FRAGA, POR DESACONSELHAR INVESTIMENTOS NO ESTADO DE MINAS GERAIS.

Autor
Roberto Freire (PPS - CIDADANIA/PE)
Nome completo: Roberto João Pereira Freire
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
GOVERNO FEDERAL, ATUAÇÃO.:
  • CRITICAS AS DECLARAÇÕES DO PRESIDENTE DO BANCO CENTRAL DO BRASIL, DR. ARMINIO FRAGA, POR DESACONSELHAR INVESTIMENTOS NO ESTADO DE MINAS GERAIS.
Publicação
Publicação no DSF de 05/10/1999 - Página 26600
Assunto
Outros > GOVERNO FEDERAL, ATUAÇÃO.
Indexação
  • DEFESA, NECESSIDADE, MANIFESTAÇÃO, GOVERNO, REFERENCIA, ARTIGO DE IMPRENSA, ACUSAÇÃO, ELCIO ALVARES, PARTICIPAÇÃO, CRIME ORGANIZADO, ESTADO DO ESPIRITO SANTO (ES).
  • CRITICA, DECLARAÇÃO, AUTORIA, ARMINIO FRAGA, PRESIDENTE, BANCO CENTRAL DO BRASIL (BACEN), DESAPROVAÇÃO, INVESTIMENTO, ESTADO DE MINAS GERAIS (MG), AGRESSÃO, BRASIL.
  • QUESTIONAMENTO, GOVERNO, NECESSIDADE, MANIFESTAÇÃO, ESCLARECIMENTOS, POSIÇÃO, PRESIDENTE, BANCO CENTRAL DO BRASIL (BACEN), AUSENCIA, DEFESA, INTERESSE NACIONAL.

O SR. ROBERTO FREIRE (Bloco/PPS - PE. Para uma comunicação. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, serei muito breve, até porque acredito que os Senadores Pedro Simon e Jader Barbalho já expuseram os dois aspectos que exigem uma ação do Governo. O Senador Jader Barbalho está preocupado com a investigação que organismos governamentais fazem a respeito do comportamento do Ministro da Defesa. Penso que o Governo terá de pronunciar-se a respeito disso o mais rápido possível.  

O Governo também deverá manifestar-se a respeito do que ocorreu não em razão de uma matéria de jornal, mas da concepção que infelizmente se explicitou – e de forma muito evidente – de que o Banco Central há muito tempo não é público; representa muito mais interesses privados. Em certos momentos – talvez na gestão de determinados Presidentes –, isso não era tão claro, porque alguns deles vinham do serviço público.  

O Sr. Armínio Fraga trouxe o que faltava: a concepção pessoal de aquilo é a continuidade de sua atividade privada, porque nada mais fez do que, como fazia antes, dar aos investidores dos seus fundos de investimento informação sobre a realidade brasileira, e o fez de uma forma tremendamente desastrosa. É inadmissível que um servidor público, como o Presidente do Banco Central, dê aqueles conselhos e faça aquelas indicações, numa agressão não ao povo de Minas Gerais nem ao Governo mineiro, mas ao Brasil. Naquele momento estava ali um servidor público, que não podia confundir suas funções com as que exercia no tempo em que trabalhava com George Soros, quando podia dizer onde era melhor investir, onde era melhor para maximizar lucro. Agora, como Presidente do Banco Central, tinha de defender os interesses nacionais. Quanto a isso o Governo também precisa manifestar-se.  

 

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Este texto não substitui o publicado no DSF de 05/10/1999 - Página 26600