Discurso no Senado Federal

AUSPICIOSAS MEDIDAS ANUNCIADAS PELO PRESIDENTE DA REPUBLICA VISANDO DISPONIBILIZAR E FACILITAR O ACESSO AO CREDITO AS MICROS, PEQUENAS E MEDIAS EMPRESAS. TRANSCURSO, NO PROXIMO DIA 11, DOS 135 ANOS DE EMANCIPAÇÃO POLITICA DE CAMPINA GRANDE. SAUDAÇÕES AOS 28 ANOS DE EXISTENCIA DO JORNAL DA PARAIBA.

Autor
Silva Júnior (PMDB - Movimento Democrático Brasileiro/PB)
Nome completo: José Carlos da Silva Júnior
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
MICROEMPRESA, PEQUENA EMPRESA.:
  • AUSPICIOSAS MEDIDAS ANUNCIADAS PELO PRESIDENTE DA REPUBLICA VISANDO DISPONIBILIZAR E FACILITAR O ACESSO AO CREDITO AS MICROS, PEQUENAS E MEDIAS EMPRESAS. TRANSCURSO, NO PROXIMO DIA 11, DOS 135 ANOS DE EMANCIPAÇÃO POLITICA DE CAMPINA GRANDE. SAUDAÇÕES AOS 28 ANOS DE EXISTENCIA DO JORNAL DA PARAIBA.
Publicação
Publicação no DSF de 07/10/1999 - Página 26969
Assunto
Outros > MICROEMPRESA, PEQUENA EMPRESA.
Indexação
  • IMPORTANCIA, ANUNCIO, NORMAS, BENEFICIO, PEQUENA EMPRESA, MICROEMPRESA, AMBITO, TREINAMENTO, EMPRESARIO, AUMENTO, RECURSOS, ACESSO, CREDITOS, RENEGOCIAÇÃO, DIVIDA, SANÇÃO PRESIDENCIAL, ESTATUTO DA MICROEMPRESA, EXPECTATIVA, RECUPERAÇÃO, ECONOMIA, OFERTA, EMPREGO.
  • HOMENAGEM, ANIVERSARIO, EMANCIPAÇÃO, POLITICA, MUNICIPIO, CAMPINA GRANDE (PB), ESTADO DA PARAIBA (PB).
  • NECESSIDADE, URGENCIA, PROJETO, GARANTIA, ABASTECIMENTO DE AGUA, MUNICIPIO, CAMPINA GRANDE (PB), ESTADO DA PARAIBA (PB).
  • HOMENAGEM, ANIVERSARIO, JORNAL, JORNAL DA PARAIBA, ESTADO DA PARAIBA (PB).

O SR. SILVA JÚNIOR (PMDB - PB) - Sr. Presidente, Srªs. e Srs. Senadores, o início da tarde de ontem foi marcado por um prenúncio de dias melhores para o País. Um momento auspicioso para as micros, pequenas e médias empresas, as grandes geradoras de emprego.  

A começar pelo anúncio do Sr. Presidente da República de disponibilizar e facilitar o acesso ao crédito daquelas empresas junto aos bancos oficiais.  

A ação, politicamente oportuna e economicamente correta, tem como premissa a busca da eficiência: ao empreendedor serão cobrados o conhecimento do negócio e a capacidade de gerenciamento, quem não demonstrar o governo promete ajudá-lo com assessoria especializada.  

Na sua essência o ponto alto do pacote anunciado: antes de tudo a capacitação.  

Com recursos escassos não há lugar para investir e conviver com improvisações fadadas ao fracasso. É preciso apostar na competência.  

Como empresário que sou, assim aprendi e creio ser este também o entendimento dos pequenos empresários.  

Medidas como redução de juros e impostos, dilatação de prazos para renegociação de dívidas, possibilidade de acesso a novo crédito dos inadimplentes com limite de dívida até 5 mil reais, e a garantia do aporte de recursos, complementam a ação governamental de suma importância, reclamada pela sociedade como medida eficiente de combate ao desemprego que vem atingindo as famílias brasileiras, com as seqüelas sociais que temos presenciado nestas últimas décadas e, portanto, merecedora de todo nosso aplauso e apoio.  

Somados a estas auspiciosas notícias, a sanção pelo Sr. Presidente da República do novo Estatuto da Micro Empresa e da Empresa de Pequeno Porte, com modificações importantes que favorecem a criação de novas empresas e o crescimento das empresas já existentes, bem como a aprovação da proposta de iniciativa do eminente Senador Osmar Dias, que votamos ontem em regime de urgência, que permitirá aos entes federados (os estados, o Distrito Federal e os municípios), concederem garantias a financiamentos de mini e pequenos produtores rurais e micro e pequenas empresas, eliminando obstáculo inserto na Resolução do Senado nº 78/99, e que vem facilitar, também, este importante instrumento – o crédito.  

Com vimos, os fatos conspiram em favor da retomada das atividades produtivas, o crescimento, e contra o fantasma do desemprego e da estagnação. Democratiza-se o crédito, facilita-se ao empreendedor, cuida-se da capacitação e do treinamento, parâmetros de eficiência e produtividade que, com certeza, nos conduzirão aos fins previstos.  

Sr. Presidente, Srªs. e Srs. Senadores, aproveitando a oportunidade, gostaria de fazer dois registros especiais. Comunicar à Casa dois acontecimentos de significativa importância para nós, campinenses  

Permitam-me festejar com alegria a passagem dos 135 anos de emancipação política de Campina Grande.  

Campina Grande tem história, três séculos de história. Escrita desde que ali aportou um grupo de colonizadores em 1697, passando pela emancipação política em 11 de outubro de 1864, e continua hoje, com a forte tradição progressista e posição de destaque no cenário do Nordeste.  

Sua rápida expansão e desenvolvimento econômico que a levaram a condição de principal cidade do interior do Nordeste, veio sobre trilhos firmes e retos – com a chegada do primeiro trem da Great Western no início deste século.  

Destacou-se como importante centro de comércio de algodão no mercado mundial a seu tempo e, no mundo moderno, marca sua presença como núcleo de produção e exportação de software. 

Campina Grande tem correspondido as expectativas. Não tem faltado com a sua vocação de indutora do desenvolvimento regional. Seu povo, ordeiro e trabalhador (quase 400 mil), vem respondendo a este apelo.  

Campina Grande, Senhor Presidente, Senhoras e Senhores Senadores, tem sido citada em prosa e versos.  

Cantada em versos na visão romântica do poeta e Senador Ronaldo Cunha Lima que já exprimiu com reconhecido talento, aqui desta tribuna, seu amor pela cidade que por duas vezes governou.  

Citada pela realidade que assusta, que impõe providências urgentes, que o grito de sua gente não encontra eco.  

Não queria homenagear minha cidade com um apelo, melhor faria se cantasse suas virtudes, mas a situação nos faz temer pelo futuro.  

Não é de hoje que o jovem e dinâmico Prefeito Cássio Cunha Lima vem diligenciando para , não remediar, mas por fim definitivamente com o perigo sempre iminente do total desabastecimento de água. Também não é de hoje que se tem ocupado esta tribuna para chamar atenção para este fato.  

Tivemos oportunidade de falar sobre este assunto há alguns dias atrás, mas nunca é demais repetir: nos primeiros meses do ano 2 000 não haverá mais água de qualidade no Açude Boqueirão que abastece Campina Grande e seu entorno. Certamente medidas de emergência serão tomadas no limite dos recursos disponíveis – que são poucos – mas, o que se quer é realização de projetos que persigam soluções definitivas capazes de sustentar e assegurar seu destino de cidade polo irradiador de progresso em uma região reconhecidamente carente.  

Por isso, Senhor Presidente, o maior presente que Campina Grande poderia receber na passagem dos seus 135 anos de existência seria o anúncio de água para sua gente. Seja de onde for, mas água para assegurar o futuro que lhe é reservado como ensina sua história.  

Três grandes personagens da vida pública nacional ficaram marcados na história de Campina Grande e no reconhecimento de seu povo: Argemiro de Figueiredo, ex-Senador e ex-Governador da Paraíba, indutor do seu desenvolvimento agroindustrial, através do apoio à produção agropecuária, infra-estrutura urbana e aumento da capacidade do abastecimento de água; José Américo de Almeida, Ministro da Viação e Obras do Governo Getúlio Vargas, que construiu o Açude Epitácio Pessoa – o açude Boqueirão, sistema responsável pelo abastecimento de Campina Grande e cidades vizinhas; e, finalmente, o Presidente Juscelino Kubistchek , que instalou a adutora de Boqueirão, inaugurada em 1958, antes suficiente e hoje precária fonte de fornecimento de água.  

Bem que poderia o nosso Presidente, o estadista Fernando Henrique Cardoso a seu tempo, presentear a nossa cidade pelo menos com um anúncio: "determinei hoje, dia 11 de outubro, o início de obras para sustentar as atividades econômicas e garantir o abastecimento de água de mais de um milhão de pessoas que vivem entre o agreste e o sertão da Paraíba".  

Fica a esperança que isto venha acontecer de forma breve. Mais uma vez Campina Grande, com certeza, irá corresponder como tem registrado a sua história.  

Parabéns a minha Cidade. Parabéns a todo campinense pela luta e por acreditar no futuro grandioso da sua terra e de seu povo.  

Para finalizar, Senhor Presidente, o outro acontecimento que merece o meu registro se confunde com a história mais recente de Campina Grande.  

Trata-se do "Jornal da Paraíba", que acaba de completar 28 anos de existência.  

A cidade de Campina Grande, na década de 1970, período da ditadura militar, reclamava por um noticioso que levantasse e agasalhasse os reclamos da comunidade em seus diversos seguimentos.  

Em 05 de setembro de 1971, graças a um grupo de empresários liderados por Júlio Costa, o Jornal da Paraíba circulou pela primeira vez extraído em linotipo, a chumbo quente e impressão roteplana, em instalações acanhadas.  

Foi, sem dúvida, um marco na imprensa paraibana a circulação de mais um diário.  

Passando o Jornal da Paraíba por uma crise financeira, para manter o jornal e sua circulação, junto com outros companheiros assumimos o noticioso. Estávamos determinados e tínhamos a consciência de que a cidade merecia e precisava do seu jornal. Com sacrifício modernizamos suas instalações que permitem, hoje, uma tiragem diária em impressão off-set, colorida, com recursos de informática e profissionais competentes.  

Ao registrar os 28 anos de fundação do Jornal da Paraíba, menos como seu Diretor Presidente e mais como Senador paraibano, quero congratular me com as pessoas que diretamente fazem dele um veículo de informação prestigiado e respeitado. Cumprimentar seu Diretor Superintendente Ricardo de Oliveira Carlos; seu Diretor Geral, Mozart Santos; e o seu Editor, Arimatéia Souza. Enfim, os seus repórteres, colunistas, articulistas, fotógrafos, gráficos e funcionários daquela empresa jornalística, e os leitores, que fazem dele um grande veículo regional de informação e serviços  

Era o que tinha a dizer, Senhor Presidente.  

Muito obrigado.  

 


Este texto não substitui o publicado no DSF de 07/10/1999 - Página 26969