Pronunciamento de José Sarney em 13/10/1999
Discurso durante a 139ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal
CONSIDERAÇÕES SOBRE A INTEGRAÇÃO E AS RELAÇÕES COMERCIAIS ENTRE BRASIL E ARGENTINA.
- Autor
- José Sarney (PMDB - Movimento Democrático Brasileiro/AP)
- Nome completo: José Sarney
- Casa
- Senado Federal
- Tipo
- Discurso
- Resumo por assunto
-
MERCADO COMUM DO SUL (MERCOSUL).:
- CONSIDERAÇÕES SOBRE A INTEGRAÇÃO E AS RELAÇÕES COMERCIAIS ENTRE BRASIL E ARGENTINA.
- Publicação
- Publicação no DSF de 14/10/1999 - Página 27297
- Assunto
- Outros > MERCADO COMUM DO SUL (MERCOSUL).
- Indexação
-
- COMENTARIO, HISTORIA, RELACIONAMENTO, BRASIL, PAIS ESTRANGEIRO, ARGENTINA, CRIAÇÃO, MERCADO COMUM DO SUL (MERCOSUL).
- AVALIAÇÃO, PROBLEMA, MERCADO COMUM DO SUL (MERCOSUL), ALTERAÇÃO, OBJETIVO, CRIAÇÃO, AREA DE LIVRE COMERCIO, EXCLUSIVIDADE, ATENÇÃO, REGIME ADUANEIRO.
- DEFESA, RETORNO, CONSOLIDAÇÃO, MERCADO, AMERICA DO SUL, BENEFICIO, ESTABILIDADE, CONTINENTE.
O SR. JOSÉ SARNEY
(PMDB - AP. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, quero dividir com o Senado algumas reflexões sobre nossas relações com a Argentina.
Em duas semanas, na Argentina, realizar-se-ão eleições presidenciais, que estão sendo acompanhadas por todos nós, com o maior interesse. Todos sabemos que as nossas relações com a Argentina foram sempre marcadas por muitos desencontros. É preciso que se faça uma certa retrospectiva histórica.
A questão central das nossas divergências com a Argentina, ao longo do tempo, nasceu com a concepção estratégica do século XIX de que quem tivesse o domínio da Bacia do Prata tinha o domínio sobre a América do Sul. Então, toda a nossa política externa estava baseada justamente nas perspectivas estratégicas na direção do Cone Sul. A questão do Prata envolveu várias gerações, chegando até a nossa.
Como intelectual e tendo uma perfeita consciência desses equívocos, quando cheguei à Presidência da República, levava uma firme decisão de iniciar uma nova etapa nas relações entre Brasil e Argentina. Para tanto, logo nos primeiros dias do meu Governo, mandei a Buenos Aires o meu Ministro das Relações Exteriores. Tinha uma grande pressa porque sempre tive uma noção exata sobre os equívocos que marcavam nossas relações com a Argentina. O meu Ministro das Relações Exteriores, Dr. Olavo Setúbal, tinha a missão de propor à Argentina uma mudança substancial nas nossas relações.
Daí nasceu meu primeiro encontro com o Presidente Raúl Alfonsín, que ocorreu logo emÂû