Discurso no Senado Federal

CONGRATULAÇÕES AO SENADOR ANTONIO CARLOS MAGALHÃES E AO PRESIDENTE DE HONRA DO PARTIDO DOS TRABALHADORES, LUIZ INACIO LULA DA SILVA, PELA UNIÃO DE FORÇAS POLITICAS NO COMBATE A POBREZA.

Autor
Eduardo Siqueira Campos (PFL - Partido da Frente Liberal/TO)
Nome completo: José Eduardo Siqueira Campos
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
POLITICA SOCIAL.:
  • CONGRATULAÇÕES AO SENADOR ANTONIO CARLOS MAGALHÃES E AO PRESIDENTE DE HONRA DO PARTIDO DOS TRABALHADORES, LUIZ INACIO LULA DA SILVA, PELA UNIÃO DE FORÇAS POLITICAS NO COMBATE A POBREZA.
Publicação
Publicação no DSF de 30/10/1999 - Página 28936
Assunto
Outros > POLITICA SOCIAL.
Indexação
  • REGISTRO, ENCONTRO, PRESIDENTE, SENADO, LIDER, AMBITO NACIONAL, PARTIDO POLITICO, PARTIDO DOS TRABALHADORES (PT), INTERESSE, ERRADICAÇÃO, POBREZA, PAIS.
  • GRAVIDADE, DADOS, INSTITUTO DE PESQUISA ECONOMICA APLICADA (IPEA), COMISSÃO ECONOMICA PARA A AMERICA LATINA (CEPAL), AUMENTO, MISERIA, BRASIL, IMPORTANCIA, MOBILIZAÇÃO, INICIO, POLITICA PARTIDARIA, COMBATE, PROBLEMA.

O SR. EDUARDO SIQUEIRA CAMPOS (PFL - TO) - Sr. Presidente, Srªs. e Srs. Senadores, a alguns dias atrás, o Brasil assistiu a uma cena até então impensável, tida como inatingível: a reunião do Presidente desta Casa, Senador Antônio Carlos Magalhães com o Presidente de honra do Partido dos Trabalhadores, Luís Inácio Lula da Silva.  

A que se deveu esse fato extraordinário? Ao interesse comum a ambos em erradicar a pobreza neste País, drama que atinge duramente parcela significativa da população brasileira.  

Em verdade, de acordo com dados divulgados pelo IPEA, os pobres, assim considerados os que sobrevivem com menos de meio salário mínimo por mês, somam 57 milhões de pessoas, ou seja 36% de nossa população.  

Já os miseráveis configuram 11% da população, o que significa 16 e meio milhões de brasileiros.  

Aliás, se formos considerar o critério adotado pela Comissão Econômica para a América Latina (CEPAL), organismo vinculado à ONU, nossa situação é ainda mais grave, pois para ela são pobres os que vivem com menos de cem reais por mês, e miseráveis os que contam com menos de meio salário mínimo mensal.  

A gravidade desse problema social é tamanha, e tão feliz e oportuna a iniciativa do Senador Antônio Carlos Magalhães em procurar combatê-la, que sua sinceridade nessa causa nobre atraiu a atenção do Partido dos Trabalhadores.  

Afinal, não é possível que ajamos como avestruzes, enfiando nossas cabeças na areia e fingindo que o problema da pobreza e da miséria não existe, ou que nada temos a ver com ele. A questão não apenas existe, como se agrava dia-a-dia, podendo arrastar o País a uma convulsão social sem precedentes, com conseqüências imprevisíveis.  

No encontro a que nos referimos, no último dia 18, em São Paulo, o Presidente desta Casa proclamou que: "não basta o simples crescimento econômico. A distribuição de renda, com a universalização da educação de qualidade e uma política de crédito para os pequenos agricultores, é imprescindível e deve ter seu ritmo intensificado" . 

Em verdade, a luta contra a pobreza é uma questão consensual, que está unindo forças políticas antagônicas, e que haverá de mobilizar todas as correntes em ação no Congresso Nacional, assim como as demais forças vivas da Nação.  

Em assim sendo, fazendo este breve registro, queremos, desta tribuna, nos congratular com o Senador Antônio Carlos Magalhães e com Luís Inácio Lula da Silva que, superando antigas diferenças pessoais e políticas, deram, ao País, um exemplo edificante de que os superiores interesses da população, especialmente a mais carente, estão muito acima de quaisquer outros.  

Era o que tínhamos a dizer.  

 


Este texto não substitui o publicado no DSF de 30/10/1999 - Página 28936