O SR. FRANCELINO PEREIRA (PFL - MG) - Sr. Presidente. Srªs. e Srs. Senadores, para Minas, para seu progresso e seu desenvolvimento, foi um dia de festa a inauguração, no dia 26 do corrente, da nova linha de laminação a frio da Usiminas, em Ipatinga, no Vale do Aço, a 220 quilômetros de Belo Horizonte.  

A grandiosidade e a imponência da Usina Intendente Câmara, fruto da dedicação e do trabalho dos mineiros, impressionou o mais ilustre dos convidados à inauguração: o Presidente Fernando Henrique Cardoso.  

Veio à mente de Sua Excelência a lembrança de quando, pela vez primeira entrou na Catedral de Chartres, na França.  

"Foi – disse o Presidente – a imponência de Chartres sobressaindo da cidade; o silêncio em Chartres e seus vitrais; os séculos que estão por trás daquela construção; os muitos trabalhadores; a paixão naquela construção; a fé e a crença. Tudo aquilo marcou uma civilização".  

A Usiminas é, para o Presidente e sobretudo para nós, mineiros, que a conhecemos há decênios, desde sua tenra idade, uma moderna catedral que marca a civilização do aço, símbolo maior do poderio das nações e matéria – prima do progresso.  

Mas a Usiminas não é um monumento frio e impassível.  

Seu fundador, Amaro Lanari Júnior, costumava resumir o sentimento dos mineiros para com a siderúrgica:  

"A Usiminas é, antes de tudo, uma obra de amor. Não a construímos com o cérebro apenas, mas também com o coração..."  

A siderúrgica é, também, conforme salientou o Presidente em seu discurso, "um hino a Minas Gerais. É o reconhecimento, feito em aço, do valor desse povo, da capacidade de trabalho do povo mineiro, das qualidades que são inerentes a esse grande povo de Minas Gerais."  

A associação com o grupo japonês da Nippon Steel, fruto da visão de estadista do saudoso Presidente Juscelino Kubitschek, foi, certamente, decisiva para impulsionar a Usiminas a promover um dos maiores investimentos mundiais em siderurgia na atualidade.  

Não se pode negar – e foi o próprio presidente da Usiminas, Rinaldo Campos Soares, quem salientou em seu discurso - que a utilização da alta tecnologia siderúrgica japonesa tem sido, ao longo de quatro décadas, um dos principais fatores de sucesso da empresa.  

Sua contribuição foi decisiva para consolidar a posição do Brasil como o quarto maior exportador de aço do mundo e o oitavo maior produtor do mundo, oferecendo ao mercado um produto cuja qualidade se encontra entre as três melhores do universo.  

Sr. Presidente, com a inauguração da nova linha de laminação a frio, cuja capacidade de produção é de um milhão de toneladas por ano, a Usiminas conclui o seu plano de investimentos de um bilhão e 450 milhões de dólares, iniciado em 1996.  

Um plano elaborado de olho no futuro, tendo em mira o aumento de consumo de aço a partir de 2001, com a retomada, de forma sustentada, do crescimento da economia brasileira.  

Com esse plano, a Usiminas promove atualização tecnológica de seus processos industriais, fortalece sua posição no segmento de aços nobres, ao mesmo tempo em que aumenta a oferta para atender à indústria de automóveis, a de eletro - eletrônicos e de construção civil.  

De fato, a nova linha de laminação a frio da Usiminas incorpora a tendência de processos produtivos contínuos e a mais avançada tecnologia de controle de processo.  

Sr. Presidente, a Usiminas é o exemplo mais ilustrativo do êxito do programa de privatização.  

De fato, a participação do Estado de Minas Gerais na Usiminas foi decisiva para o seu êxito.  

A história da Usiminas está intimamente associada à própria história do Estado de Minas Gerais.  

Mas foi a partir de 1991, com a privatização, que a Usiminas passou pelas grandes transformações que haveriam de assegurar-lhe, hoje, o papel de destaque na siderurgia mundial.  

Muito obrigado.  

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