Discurso no Senado Federal

REGOZIJO COM A CELEBRAÇÃO ORGANIZADA PELA RENOVAÇÃO CARISMATICA DA IGREJA CATOLICA, ONTEM, EM SÃO PAULO, QUE PROPICIOU A COMUNHÃO DE ATOS CIVICOS E RELIGIOSOS.

Autor
Bernardo Cabral (PFL - Partido da Frente Liberal/AM)
Nome completo: José Bernardo Cabral
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
IGREJA CATOLICA.:
  • REGOZIJO COM A CELEBRAÇÃO ORGANIZADA PELA RENOVAÇÃO CARISMATICA DA IGREJA CATOLICA, ONTEM, EM SÃO PAULO, QUE PROPICIOU A COMUNHÃO DE ATOS CIVICOS E RELIGIOSOS.
Publicação
Publicação no DSF de 04/11/1999 - Página 29685
Assunto
Outros > IGREJA CATOLICA.
Indexação
  • REGISTRO, PARTICIPAÇÃO, ORADOR, CELEBRAÇÃO, IGREJA CATOLICA, OCORRENCIA, CAPITAL DE ESTADO, ESTADO DE SÃO PAULO (SP), DIREÇÃO, MARCELO ROSSI, SACERDOTE, IMPORTANCIA, EXECUÇÃO, POVO, HINO NACIONAL, VALORIZAÇÃO, CERIMONIA CIVICA.

O SR. BERNARDO CABRAL (PFL - AM. Para uma comunicação inadiável. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, eminentes Srªs e Srs Senadores, ontem São Paulo realizou o maior ato religioso a que aquela cidade já assistiu. Ao que se noticia, 600 mil pessoas ali acorreram com o lema que a Igreja Católica levou: "Saudade, sim; tristeza, não".  

Assisti, Sr. Presidente, ao longo de quase duas horas, à manifestação da chamada Renovação Carismática da Igreja Católica, comandada por um religioso que hoje começa a adquirir uma tal ressonância que, dificilmente, os seus passos serão barrados.  

Ouvi os cantores e, para mim, Sr. Presidente, apesar de católico, aquilo seria um ato litúrgico a mais, muito bem empreendido, coordenado, se não fosse uma circunstância que, neste País, já começa a esmaecer a olhos vistos. Essa circunstância, Sr. Presidente, foi que o Padre Marcelo Rossi, ao final do ato litúrgico, conseguiu levantar aquela multidão e cantar o Hino Nacional, propiciando, portanto, uma das maiores atitudes cívicas de que tenho tido noção neste País.  

Lembro-me de que o Senador Gilberto Mestrinho e eu fomos alunos do Ginásio Amazonense Pedro II - hoje, Colégio Estadual -, em que, às quartas-feiras, religiosamente, o Hino Nacional era cantado, a Bandeira era hasteada e o Hino da Bandeira também era cantado - porque não há qualquer dúvida de que a bandeira é o símbolo da Pátria. Mas o civismo foi desaparecendo e, hoje, inclusive nas grandes competições mundiais - refiro-me, sobretudo, ao futebol -, quando a câmara passa por nossos jogadores, vimos que são poucos os que sabem cantar o Hino Nacional.  

Pois esse ato, esse gesto, essa medida, essa atitude, Sr. Presidente, calou-me profundamente, mais do que qualquer conseqüência ao longo de todo o ato litúrgico, porque deu a entender que é possível chamar o civismo do povo quando ele está, infelizmente, decrescendo. Quando isso acontece, quando se perde a noção de Pátria, quando ela passa a não ter nenhum simbolismo, o que se nota é isso: que, a cada dia, nós, brasileiros, parece termos vergonha de termos nascido no nosso País.  

Por tudo isso, Sr. Presidente, por essa circunstância que muito me emocionou, faço este registro. Não o faria se não tivesse havido esse acontecimento, porque para mim seria um ato litúrgico a mais, apesar de grande e notável, que deve servir de exemplo. Mas essa idéia de 600 mil pessoas cantarem o Hino Nacional merecia esse registro.  

Sr. Presidente, a comunicação teria que ser inadiável pois o acontecimento foi ontem. Por essa razão é que ocupei a tribuna para render os meus parabéns a quem teve a idéia de cantar o Hino Nacional.  

 

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Este texto não substitui o publicado no DSF de 04/11/1999 - Página 29685