Discurso durante a 154ª Sessão Não Deliberativa, no Senado Federal

DEFESA DA APROVAÇÃO DE EMENDA AO ORÇAMENTO, QUE DESTINA RECURSOS PARA CONSTRUÇÃO DE HOSPITAL DA REDE SARAH KUBITSCHEK NO ESTADO DO PARA.

Autor
Luiz Otavio (PPB - Partido Progressista Brasileiro/PA)
Nome completo: Luiz Otavio Oliveira Campos
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
SAUDE.:
  • DEFESA DA APROVAÇÃO DE EMENDA AO ORÇAMENTO, QUE DESTINA RECURSOS PARA CONSTRUÇÃO DE HOSPITAL DA REDE SARAH KUBITSCHEK NO ESTADO DO PARA.
Publicação
Publicação no DSF de 06/11/1999 - Página 30069
Assunto
Outros > SAUDE.
Indexação
  • ELOGIO, QUALIDADE, ATENDIMENTO, PESSOA DEFICIENTE, AUSENCIA, DISCRIMINAÇÃO, CLASSE SOCIAL, REPUTAÇÃO, AMBITO INTERNACIONAL, REDE NACIONAL DE HOSPITAIS DA MEDICINA DO APARELHO LOCOMOTOR, GESTÃO, ASSOCIAÇÃO DAS PIONEIRAS SOCIAIS.
  • APOIO, CAMPANHA, INSTALAÇÃO, HOSPITAL, REDE NACIONAL DE HOSPITAIS DA MEDICINA DO APARELHO LOCOMOTOR, MUNICIPIO, BELEM (PA), ESTADO DO PARA (PA), ATENDIMENTO, REGIÃO AMAZONICA, SOLICITAÇÃO, JOSE SARNEY, ANTONIO CARLOS MAGALHÃES, SENADOR, MEMBROS, CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO.
  • REGISTRO, UNIÃO, BANCADA, ESTADO DO PARA (PA), APRESENTAÇÃO, EMENDA, ORÇAMENTO, DESTINAÇÃO, INSTALAÇÃO, HOSPITAL.

O SR. LUIZ OTÁVIO (PPB - PA. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Srs. Senadores, a Rede Sarah de Hospitais do Aparelho Locomotor presta excelentes serviços de ortopedia e reabilitação inteiramente gratuitos. Seu Cirurgião-Chefe, o Dr. Aloysio Campos da Paz Junior, é o seu grande idealizador. A rigor, ele é o mestre da "sopa de pedras", como diz o jargão popular. Sim, porque, desde o início do Sarah, ainda os anos 60, ele teve um sonho que veio a ser realizado com a participação decisiva de homens públicos que nele sempre acreditaram e o apoiaram. O Dr. Campos da Paz entrou com a "pedra". Mas que pedra! A idéia que está sintetizada no mural do hospital de Brasília diz: "Viver para a saúde e não sobreviver da doença. Criar um centro especializado de saúde que entenda o ser humano como sujeito da ação e não como objeto sobre o qual se aplicam técnicas". Já o primeiro quadro contava com expressivas figuras de Senadores: o mineiro Magalhães Pinto, que fora Ministro das Relações Exteriores; o paraense Catete Pinheiro, que fora Ministro da Saúde, e o paraense de adoção Jarbas Passarinho, que fora Ministro do Trabalho e da Previdência Social. Jornalistas, como o mestre dos analistas políticos Carlos Castello Branco, também fizeram parte do processo inicial da "sopa de pedras".  

Credenciado pela nobreza da idéia, julgada utópica pelos eternos pessimistas, o Dr. Campos da Paz, assessorado pelos integrantes do Conselho de Consultores, começou a praticar a medicina diferenciada que caracteriza a Rede Sarah como "um conjunto de conhecimentos e técnicas unificadas, destinadas a restituir ao incapacitado físico o direito universal de ir e vir".  

Uma vez amparado pelos recursos públicos conseguidos, o Sarah, então uma estrutura de madeira, começou a colher o fruto da confiança popular, que sentia a excelência do tratamento dispensado ao doente, fosse ele o mais humilde ou o mais afortunado. Todos recebem a mesma atenção, o mesmo carinho e o mesmo tratamento.  

Não satisfeito com a realização parcial do seu sonho, o Dr. Campos da Paz alçou vôo mais alto: o de erguer o majestoso hospital que hoje é um referencial da arquitetura brasiliense. Vitoriosa, a Rede cresceu. Hoje integram-na os hospitais de Brasília; de Salvador, na Bahia; de São Luís, no Maranhão; de Belo Horizonte, em Minas Gerais; e, em construção, o de Fortaleza, no Ceará.  

Completamente equipada com o que há de mais moderno, a Rede Sarah é uma instituição de vanguarda em telemedicina, suas unidades estaduais interligadas pelas telecomunicações. Diagnósticos patológicos são discutidos graças ao domínio e modernas tecnologias de comunicação. No campo da educação, ministra curso de pós-graduação na sua especialidade. A Associação de Pioneiras Sociais, entidade de direito privado e sem fins lucrativos, administra a Rede Sarah por meio de um contrato de gestão, firmado em 1991 com a União Federal, e de que foi colaborador importante, na tramitação no Congresso, o então Senador Almir Gabriel, hoje Governador do Estado do Pará. No seu conselho de administração atual figuram personalidades de escol, entre elas o ex-Presidente da República, nosso caro colega José Sarney e o nosso honrado Presidente do Senado, Senador Antonio Carlos Magalhães.  

A excelente reputação do Sarah é atestada por instituições estrangeiras de renome mundial, dos quais o Dr. Campos da Paz tem recebido freqüentes testemunhos escritos.  

No Brasil, a fama quase miraculosa do Sarah faz com que os hospitais da Rede, especialmente o de Brasília, recebam volumosa afluência de pacientes à busca da cura de seus males. A ampliação da Rede é uma resposta a essa demanda. Natural que o prestígio de um estadista como José Sarney, ex-Presidente da República e um dos patrocinadores da Rede, haja contribuído para a construção do hospital em São Luís. Não é menos natural que o nosso eminente Presidente, Senador Antonio Carlos Magalhães, haja sido importante na decisão da construção do hospital na capital da Bahia. Os hospitais não são cópia do hospital de Brasília. Caracterizam-se por amplos espaços, enfermarias com solários e jardins, especialidades médicas e terapêuticas para os pacientes, com piscinas e ginásios para fisioterapia, e cada um deles é harmoniosamente adequado com a topografia local.  

Também natural é que o Pará pleiteie a construção de um hospital no portal da Amazônia. No meu Estado está em plena efervescência uma campanha com a palavra de ordem "Acorda, Pará, Sarah já"!, da iniciativa do radialista Agostinho Monteiro, que, paraplégico, tem recebido admirável e eficiente tratamento no hospital Sarah de Brasília. Ele pede que todos nós, parlamentares paraenses, nos mobilizemos, junto com o Governador Almir Gabriel, que já se dispôs a ceder o terreno, os prefeitos municipais, os vereadores, o povo em geral, para que a Associação das Pioneiras Sociais, na pessoa do Dr. Campos da Paz, destine a Belém o próximo hospital a integrar a Rede Sarah.  

Meu povo bem compreende que as cidades hoje beneficiadas por hospitais da Rede mereceram a escolha que, nada obstante critérios técnicos tenham sido importantes, deve ter influído o peso dos eminentes patrocinadores da causa. Por isso, faço um apelo aos nobres Senadores José Sarney e Antonio Carlos Magalhães, ilustres membros do Conselho de Administração do Sarah, que façam valer nesse Conselho, que toma as decisões, a força de seus prestígios, juntando-se ao povo paraense para que Belém seja escolhida para a próxima instalação de um dos hospitais da Rede Sarah.  

Sr. Presidente, Srs. Senadores, é importante dizer que pela primeira vez a bancada federal da Amazônia, oferecendo uma emenda com a unanimidade dos Srs. Senadores e Deputados Federais, apresentaram, no Orçamento da União, verba destinada à construção de um hospital da Rede Sarah, em Belém do Pará, como referência da Amazônia.  

Já houve nesta tribuna pronunciamento do Senador Ademir Andrade, que também apóia a idéia e que participou de todos os entendimentos junto à bancada federal do Pará e da Amazônia. Temos também o apoio de um membro importante do Conselho da Rede Sarah, o ex-Senador Jarbas Passarinho, nosso conterrâneo, ilustre personalidade política nacional.  

Tenho certeza de que a união de todas as pessoas fará com que alcançemos esse objetivo, que será benéfico não apenas para um membro da família, para um companheiro, para uma pessoa do seu bem-querer com problemas de locomoção ou que tenha qualquer outro tipo de deficiência, mas para todos.  

Ainda ontem o Governador Almir Gabriel estava em Brasília. Participou de uma reunião com o Dr. Aloysio Campos da Paz e tratou de detalhes técnicos do projeto. Demonstrou boa vontade e interesse na participação do Governo do Estado, por seu intermédio. O seu objetivo é que esse projeto seja concluído ainda no início do ano. E, no ano 2000, com recursos do Orçamento Federal e com a participação do Orçamento do Estado inclusive - com a participação do Município de Belém -, tenho certeza de que poderemos concretizar esse grande e importante projeto para o Pará e para a Amazônia.  

Muito obrigado, Sr. Presidente.  

 


Este texto não substitui o publicado no DSF de 06/11/1999 - Página 30069