O SR. OSMAR DIAS (PSDB - PR. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, trago a esta tribuna, nesta tarde, uma questão grave, que acredito que envolva todos os Estados brasileiros, em especial o Estado do Paraná. Estou falando do MST e do comportamento de determinadas lideranças suas que estão extrapolando todos os limites da racionalidade. De um lado, essa intransigência, a intolerância de algumas lideranças que promovem invasões em propriedades produtivas, que saqueiam propriedades produtivas, que tiram das suas máquinas os trabalhadores de fazendas produtivas, que assaltam as sedes das fazendas produtivas, expulsam os proprietários dessas fazendas e promovem um verdadeiro assalto nas mesmas.  

De um lado, essa intransigência da lei e sobretudo do direito constitucional de propriedade; de outro, a frouxidão, a falta de atitude, a omissão, a ignorância completa da lei e da Constituição de determinados governantes que não assumem suas responsabilidades, temerosos de desgastes políticos, e que permitem que os conflitos, que antes eram apenas considerados até naturais, quando tratamos desse assunto da reforma agrária do País, agora venham a extrapolar os limites da racionalidade e até, Sr. Presidente, os limites daqueles que aceitavam até muito pouco tempo o MST. Trata-se de uma organização que merece o nosso respeito, porque foi criada para defender o legítimo direito de obter um pedaço de terra para os trabalhadores rurais. Mas, no momento em que o MST organiza essas invasões, lá no Paraná - há uma praça invadida em frente ao Palácio Iguaçu, onde permanecem, por mais de 150 dias, 500 sem-terras a pressionar o Governo, que ignora a presença deles lá como a ignora em 117 propriedadesa û