Discurso no Senado Federal

EXALTAÇÃO DO ESTADO DE TOCANTINS, DE SUAS POTENCIALIDADES E DOS PROJETOS EM EXECUÇÃO NA REGIÃO.

Autor
Eduardo Siqueira Campos (PFL - Partido da Frente Liberal/TO)
Nome completo: José Eduardo Siqueira Campos
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
ESTADO DO TOCANTINS (TO), GOVERNO ESTADUAL.:
  • EXALTAÇÃO DO ESTADO DE TOCANTINS, DE SUAS POTENCIALIDADES E DOS PROJETOS EM EXECUÇÃO NA REGIÃO.
Publicação
Publicação no DSF de 27/11/1999 - Página 32239
Assunto
Outros > ESTADO DO TOCANTINS (TO), GOVERNO ESTADUAL.
Indexação
  • REGISTRO, DIVULGAÇÃO, IMPRENSA, PROJETO, EXECUÇÃO, ESTADO DO TOCANTINS (TO), IMPORTANCIA, INTEGRAÇÃO, BRASIL, DISTRIBUIÇÃO, PRODUÇÃO, INTERIOR, PAIS.
  • IMPORTANCIA, POLITICA DE TRANSPORTES, GOVERNO ESTADUAL, ESTADO DO TOCANTINS (TO), PARCERIA, GOVERNO FEDERAL, INICIATIVA PRIVADA, TRANSPORTE INTERMODAL, BENEFICIO, INTEGRAÇÃO, REGIÃO, BRASIL, DESENVOLVIMENTO REGIONAL.
  • IMPORTANCIA, CONSTRUÇÃO, LINHA DE TRANSMISSÃO, INTEGRAÇÃO, SISTEMA, CENTRAIS ELETRICAS DO NORTE DO BRASIL S/A (ELETRONORTE), FURNAS CENTRAIS ELETRICAS S/A (FURNAS), USINA HIDROELETRICA, ESTADO DO TOCANTINS (TO).

O SR. EDUARDO SIQUEIRA CAMPOS (PFL - TO) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, tenho recebido constantes manifestações referentes à peça publicitária que o Estado do Tocantins fez circular na grande mídia do país onde são divulgados grandes projetos em execução no meu Estado, a maioria deles no sistema de parcerias entre o Governo do Estado, o Governo Federal e a iniciativa privada.  

Na área social, especialmente, inclui-se a parceria dos municípios fazendo com que esta ação conjugada atinja as mais remotas instâncias da sociedade tocantinense.  

Aos menos avisados, a peça publicitária pode parecer apenas a divulgação de um Estado novo e necessitado de ser conhecido, na defesa de seus interesses.  

No entanto, válido que seria o anúncio se fosse apenas isto, por revelar ao Brasil, um Estado pujante e cheio de potencialidades, na verdade a peça publicitária se reveste de uma dimensão muito maior, que me permito decodificar nesta Casa, para atenção do Brasil.  

Costumamos dizer no meu Estado, Sr. Presidente, que as coisas que interessam ao Tocantins são, de um modo especial, de interesse para o Brasil.  

Ocorre que a geopolítica fez com que o Estado do Tocantins se situasse em posição estratégica, articulando o Brasil pela sua espinha dorsal e podendo, nesta condição, aproximar as macro-regiões brasileiras, o Norte, o Sudeste, o Nordeste e o Centro-Oeste, único Estado onde se encontram essas grandes regiões.  

No Tocantins também, Sr. Presidente, se encontram os grandes ecossistemas brasileiros. A Amazônia, o Semi-Árido, os Cerrados, o Pantanal.  

Não há como pensar o Brasil estrategicamente integrado e produtivamente ocupado a não ser através dessa integração, e não há como viabilizar o Brasil produtivamente ocupado sem que pelo Tocantins passe essa articulação.  

É nesse sentido que, o Governo do Tocantins e a sociedade tocantinense tem concebido o Plano Estratégico de Desenvolvimento do Estado.  

Os projetos prioritários do Estado, mostrados naquela peça publicitária, são concebidos como instrumentos de desenvolvimento do Estado, e simultaneamente de integração e articulação nacional – e disto decorre o dito de que o que interessa ao Tocantins, interessa ao Brasil.  

Exemplifico, Sr. Presidente.  

A Rodovia Transbrasiliana, inaugurada com a presença do Presidente Fernando Henrique Cardoso, permite ligar, com a mais recente Rodovia Coluna Prestes, também construída pelo Governo do Estado, Belém do Pará com o norte mineiro e Salvador da Bahia. Através da mesma Rodovia Coluna Prestes, permite ligar o Norte do país, com Brasília e as Regiões Sudeste, passando por Palmas.  

A construção do trecho da Transamazônica, que chamamos de Trans-Bico, por se situar no Bico do Papagaio, liga o mesmo Norte brasileiro ao Nordeste.  

Mas nenhum outro projeto tem a dimensão de integração nacional, ligando o Norte, o Nordeste, o Leste, o Centro-Sul e o Centro-Oeste, como a Ferrovia Norte-Sul e o Sistema de Navegação Araguaia-Tocantins.  

Isto ocorrerá quando esta grande ferrovia interligar a ferrovia Carajás com o Sistema Mogiana e, por extensão, a Vale do Rio Doce e a Ferronorte.  

O Brasil nunca mais será o mesmo, Sr. Presidente, quando esse sistema intermodal de transporte, articulando rodovias, ferrovias e sistema de navegação, estiver implantado.  

Ele permitirá a ocupação produtiva e sustentável desse imenso Brasil, do Norte e Centro-Oeste – além do Tratado de Tordesilhas, que dispõe de mais de 150 milhões de hectares de terras agricultáveis sustentavelmente, 30% da biodiversidade do Planeta, 20% de seus recursos hídricos, enfim recursos em condições de catapultar o Brasil ao primeiro mundo, e integrá-lo no processo de globalização como ator do processo e não como vítima e caudatário dele, como vem ocorrendo.  

Por isto tudo, Sr. Presidente, os olhos do mundo e os interesses de toda ordem se voltam para a Amazônia, objeto da cobiça internacional que tanto tem sido denunciada nesta Casa.  

Cito ainda, como parte da peça publicitária, Sr. Presidente, a importância de que se reveste a construção da linha de alta tensão em quinhentos megawatts, que, ligando Tucuruí à Serra da Mesa, interligará os sistemas elétricos da Eletronorte com Furnas e, por conseqüência, com os demais sistemas elétricos brasileiros.  

Numa visão prospectiva, Sr. Presidente, esta ligação estará oferecendo ao Mercado Nacional de Energia os milhões de quilowatts de energia gerados nos rios da Bacia Amazônica, e hoje, no rio Tocantins.  

Quando esses recursos forem explorados só no rio Tocantins somarão cerca de 16 milhões de quilowatts.  

O término de Tucuruí, a entrada em operação de Serra da Mesa e a conclusão da Usina Hidrelétrica Luís Eduardo Magalhães, à jusante de Palmas, permitirão o aproveitamento de quase 50% desse potencial, de que o Brasil precisa, e com urgência, no momento em que retome seu irreversível caminho do desenvolvimento.  

A Usina Luís Eduardo Magalhães, com uma potência de mais um milhão de quilowatts, é a primeira usina construída pela iniciativa privada, dentro do princípio de privatizar para construir, ao invés de construir para privatizar, princípio que vem sendo praticado com êxito no meu Estado.  

Pretendo voltar a essas análises, Sr. Presidente, dentro do enfoque da mensagem publicitária a que me referi no começo: o que interessa ao Tocantins interessa ao Brasil.  

Mas, para isto, é preciso que o Brasil saiba que o Tocantins existe. Que existe a Amazônia, o Centro-Oeste, os Cerrados, o Pantanal, não como mitos ou mundos exóticos, mas como um mundo real que há de permitir a reconstrução e a construção de um novo Brasil.  

 


Este texto não substitui o publicado no DSF de 27/11/1999 - Página 32239