Discurso no Senado Federal

ANALISE SOBRE OS MOTIVOS QUE LEVARAM AO AUMENTO DA VIOLENCIA E CRIMINALIDADE NO PAIS.

Autor
Romeu Tuma (PFL - Partido da Frente Liberal/SP)
Nome completo: Romeu Tuma
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
SEGURANÇA PUBLICA.:
  • ANALISE SOBRE OS MOTIVOS QUE LEVARAM AO AUMENTO DA VIOLENCIA E CRIMINALIDADE NO PAIS.
Aparteantes
Ramez Tebet.
Publicação
Publicação no DSF de 03/12/1999 - Página 33349
Assunto
Outros > SEGURANÇA PUBLICA.
Indexação
  • ANALISE, VIOLENCIA, LIMITAÇÃO, CIDADANIA, DEMOCRACIA, DEFINIÇÃO, PENALIDADE, SEGURANÇA PUBLICA, JUSTIÇA.
  • IMPORTANCIA, ORGANIZAÇÃO, SOCIEDADE CIVIL, CONSELHO COMUNITARIO, SEGURANÇA, EPOCA, AUMENTO, VIOLENCIA, PARTICIPAÇÃO, SEGURANÇA PUBLICA, PARCERIA, POLICIA.
  • COMPARAÇÃO, EXPERIENCIA, PAIS ESTRANGEIRO, ESTADOS UNIDOS DA AMERICA (EUA), COMENTARIO, LEI ESTRANGEIRA, COMBATE, CRIME.
  • REGISTRO, DEMORA, TRAMITAÇÃO, SENADO, PROJETO DE LEI, AUTORIA, ORADOR, ALTERAÇÃO, LEGISLAÇÃO, DROGA.
  • GRAVIDADE, FALENCIA, SEGURANÇA PUBLICA, BRASIL.

O SR. ROMEU TUMA (PFL - SP. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revis) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, considerar as pessoas e as coisas como extremamente boas ou como extremamente más constitui anomalia do pensamento, da mesma forma que todo extremismo, e só produz desgraças. Todavia, mesmo execrando o maniqueísmo, devemos lembrar que tanto a bondade como a maldade são reais e existem à nossa revelia. Há quem nasça com tendência para o bem e há quem nasça com tendência para o mal.  

Tanto a bondade como a maldade fazem parte da natureza humana. Ser bom ou ser mal, às vezes, destoa até do caráter. Quantos de nós não se surpreenderam ao ver algum ente querido, reputado bom caráter, praticar ou aplaudir um ato de crueldade, mesmo sabendo que tal ato produziria sofrimento e dor? Por exemplo, quem já presenciou uma tourada sabe do que estou falando.  

Por mais que eduquemos e até reprimamos um ser humano, não conseguiremos torná-lo totalmente bom ou totalmente mau. Para que vivêssemos a utopia da sociedade perfeita, onde todos fossem bons, precisaríamos dominar nossa tendência original, que chamamos de índole. Precisaríamos extirpar a índole má, que a ciência explica em termos genéticos, enquanto as religiões apresentam como uma marca da alma. Mas, se cientificamente isso se tornasse possível, correríamos o risco de cair sob o domínio da pior opressão, aquela praticada por quem, senhor de tal técnica, a usasse com outras intenções. É preferível, assim, que deixemos a natureza seguir o curso normal, pois nossa escala de evolução terminará naquele estágio de bondade suprema, mas no momento apropriado.  


Este texto não substitui o publicado no DSF de 03/12/1999 - Página 33349