O SR. MOREIRA MENDES (PFL - RO. Pronuncia o seguinte discurso.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, volto hoje à tribuna desta Casa para registrar que o Brasil acaba de dar um gigantesco passo na sua história com o lançamento, ontem, dia 2 de dezembro, no Palácio do Planalto, pelo Presidente Fernando Henrique Cardoso, do Programa Luz no Campo.  

Não é mais uma luz no final do túnel, agora é a interiorização da luz elétrica em nosso País. Agora sim podemos afirmar que o Brasil começa a caminhar a passos largos para a fixação do homem no campo. Isso vem ao encontro da necessidade do nosso agricultor, que muitas vezes foi vencido em sua tenacidade por toda sorte de dificuldades para se manter enchendo os nossos celeiros.  

O Presidente Fernando Henrique Cardoso dá mais uma demonstração de que está fazendo o que é preciso para colocar o Brasil nos trilhos. Além de ser o seu governo o que mais investiu na reforma agrária em nossa história, agora, mais uma vez, sai na frente e valoriza o nosso homem no campo com o Programa Luz no Campo.  

O programa, que visa a incrementar a eletrificação rural e a estimular a intensificação das atividades rurais, fará uma revolução na nossa economia com o aumento da produção de alimentos, ampliação do mercado interno de produtos industrializados, aumento da oferta de empregos em todo o País, interiorização das indústrias de bens e serviços e economia no consumo de derivados de petróleo. Proporcionará ainda ao proprietário rural aumento de renda, mudança no comportamento social, melhoria nos hábitos e nas condições de alimentação. Enfim, melhoria da qualidade de vida. A indústria e o comércio se beneficiarão também com esse programa: haverá um aumento no consumo de equipamentos próprios ao desenvolvimento rural, o crescimento no número de usuários de eletrodomésticos, a expansão do mercado interno de dispositivos eletroeletrônicos e eletromecânicos, com a estimativa de movimentação de milhares de motores elétricos, refrigeradores, televisores, lâmpadas, equipamentos de irrigação e bombeamento e outros. O País inteiro se beneficiará com a geração de trabalho e de renda, Sr. Presidente.  

Serão um milhão de propriedades rurais atendidas pelo programa, quatrocentas e sessenta e cinco mil quilômetros de extensão de redes de distribuição, quinhentos mil transformadores instalados, sete mil de potência total de transformadores a instalar, um milhão de medidores, três milhões e oitocentos e cinqüenta mil postes e cento e dez mil toneladas de condutores.  

É o Brasil, com garra, rumo ao desenvolvimento, dando dignidade a nossa gente, buscando acabar com o êxodo rural, tirando o povo dos bolsões de miséria das grandes cidades. É uma demonstração inequívoca de que o Governo Fernando Henrique vem trabalhando pelo nosso povo. Era preciso arrumar a casa. Medidas foram tomadas e a economia sofreu os reflexos imediatos que muitas vezes tornaram o Governo impopular. As reclamações, hoje, giram em torno da falta de ação do Governo na área social. Esse programa é a resposta que faltava para mostrar que o Presidente da República está preocupado em resolver definitivamente o problema do desemprego no País.  

O Ministro Rodolpho Tourinho Neto, das Minas e Energia, em sintonia com a vontade do Presidente da República, soube corresponder à expectativa, desenvolvendo um trabalho de grande importância para a Nação que há muito tempo era esperado e que agora chega para atender e dar mais esperanças aos brasileiros, sobretudo àqueles que vivem no campo, respondendo com competência à meta governamental de atingir a universalização do atendimento energético de toda a Nação brasileira.  

Fiquem certos, Srªs e Srs. Senadores, de que o Brasil agora tomará um novo rumo. O Programa Luz no Campo é um marco divisor na história do nosso homem no campo. Tudo muda daqui por diante para esses nossos irmãos até agora distantes desse benefício. É um novo tempo. É um tempo de prosperidade. É um tempo de luz.  

Fica o registro, portanto, Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, desse importante projeto do Governo Fernando Henrique Cardoso.  

Era o que tinha a dizer, Sr. Presidente.  

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