Discurso durante a Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

VOTO DE PESAR PELO FALECIMENTO DO MONSENHOR EXPEDITO MEDEIROS, SARCEDOTE DA PAROQUIA DA CIDADE DE SÃO PAULO DO POTENGI, NO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE.

Autor
Agnelo Alves (PMDB - Movimento Democrático Brasileiro/RN)
Nome completo: Agnelo Alves
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
HOMENAGEM.:
  • VOTO DE PESAR PELO FALECIMENTO DO MONSENHOR EXPEDITO MEDEIROS, SARCEDOTE DA PAROQUIA DA CIDADE DE SÃO PAULO DO POTENGI, NO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE.
Publicação
Publicação no DSF de 18/01/2000 - Página 420
Assunto
Outros > HOMENAGEM.
Indexação
  • HOMENAGEM POSTUMA, EXPEDITO MEDEIROS, SACERDOTE, ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE (RN), ELOGIO, ATUAÇÃO, DEFESA, POPULAÇÃO CARENTE, SOLUÇÃO, PROBLEMA, FALTA, AGUA.

            O SR. AGNELO ALVES (PMDB - RN. Para encaminhar a votação. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, agradeço a V. Exª e ao nobre orador.

            Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, pedi o registro desse voto de pesar pelo falecimento de Monsenhor Expedito não apenas pelo sacerdote que foi, mas pelo lutador que durante toda a vida esteve ao lado dos pobres. Sua vida foi dedicada exclusivamente à população pobre que escolheu para pastorear. Monsenhor Expedito se recusou a exercer todos os cargos da hierarquia da Igreja Católica para ficar junto àqueles a quem escolhera como suas ovelhas como para o pastoreio de Deus. Nos últimos anos dedicou a sua vida à solução de problemas graves da região Nordeste, entre os quais quero eleger o da água. Foi Monsenhor Expedito que, no meu Estado, levantou a voz contra as soluções que estavam sendo dadas ao problema da água. Ele verberou chamando cada um e a todos de sibaritas. Fez com que todos recuassem e passassem a apoiar a solução do problema.

            Eu gostaria também de frisar um fato, para mostrar o bom humor e o sentido do homem que era Monsenhor Expedito. Num debate sobre o problema da água, com autoridades, jornalistas e diversas outras pessoas, chegou uma senhora com uma bandeja para servir água às autoridades. Ele perguntou: “Aonde a senhora vai?” Ela disse: ”Vou levar essa água para as autoridades”. Ele disse: “Não, não vá. É preciso que elas sintam a sede que todos nós, os pobres daqui, sentimos. Só assim, sentindo a sede, elas poderão adotar as providências que se fazem necessárias.” Fez isso sem nenhuma ira - que seria a santa ira -, mas com humor, que todos perceberam e aprovaram.

Portanto, peço a V. Exª que faça chegar, com aprovação desta Casa, à Arquidiocese de Natal e à família do Monsenhor Expedito nosso voto de pesar.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 18/01/2000 - Página 420