O SR. LÚDIO COELHO (PSDB - MS. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, ocupo a tribuna nesta sexta-feira para transmitir, principalmente à população do meu Estado, o sentimento de tranqüilidade por que está passando a Nação brasileira neste começo de ano.  

As diferenças e divergências entre as lideranças principais do Brasil acomodaram-se. Estamos vivendo dias tranqüilos. É como o janeirinho na agricultura: dizem que, quando chove nos primeiros doze dias do ano, choverá o ano inteiro. Espero que esse período de tranqüilidade e de harmonia entre os responsáveis pela coisa pública no nosso País prevaleça por todo o ano, em benefício da Nação brasileira.  

A nossa moeda está estável; a inflação, sob controle. O Presidente Fernando Henrique vem tomando medidas importantes para o desenvolvimento do País. A estabilização da economia brasileira custou sacrifícios enormes aos mais variados setores de atividade do nosso País. A nossa agricultura, que pagou um tributo muito grande à Nação brasileira pela estabilidade do real, está se consolidando.  

Tenho falado aos meus companheiros, que às vezes ficam desanimados, que tenho a impressão de que chegamos ao fundo do poço. Esperamos ver agora a recuperação de uma Nação que gastou, durante quase meio século, acima de suas possibilidades – o Poder Público, em todas as esferas, abusou durante muitos anos, gastando o que não podia.  

Fatalmente iria chegar o dia do juízo final. Chegamos ao dia do acerto de contas e esse acerto está sendo feito, mas o período de recuperação é muito longo, pois o nosso endividamento é altíssimo. Apesar disso, a Nação está em paz, pronta para o seu crescimento.  

O Congresso Nacional vem, gradativamente, fazendo as reformas necessárias para adequar a máquina pública brasileira; vem corrigindo as distorções de uma Constituição que foi feita após o regime militar e que era uma Constituição revanchista e não uma Constituição para o funcionamento tranqüilo da Nação brasileira.  

Na minha avaliação, as coisas estão melhorando; acho que estamos no caminho certo. O que sempre tenho afirmado aos meus companheiros é que a máquina pública brasileira está sendo redesenhada em todas as suas esferas – municipal, estadual e federal. Temos que redesenhar, gradativamente, sem exageros, a maneira de administrar a coisa pública.  

Tive a honra de ser prefeito de Campo Grande duas vezes e, quando era pressionado para gastar, sempre afirmava que o Poder Público não pode gastar mais do que tem.  

Os homens públicos brasileiros precisam ter a preocupação de selecionar cuidadosamente as coisas que são mais necessárias, como faz uma família. Uma família gasta os seus recursos de forma racional, a dona de casa escolhe as coisas que são as mais necessárias para o dia-a-dia da família. O País é assim, os Estados são assim, os Municípios também. Tenho notado, em meu Estado, que o atual grupo de prefeitos está gerindo melhor as prefeituras do que o anterior. E refiro-me também aos governadores de Estado. Penso que as coisas estão andando, Sr. Presidente. Estou otimista. E o Presidente Fernando Henrique está fazendo um esforço permanente para acertar.  

Transmito, então, à população do meu Estado, a minha satisfação pelo momento que está vivendo a Nação brasileira.  

Muito obrigado.