Discurso durante a 24ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

COMENTARIOS A ENTREVISTA CONCEDIDA PELO PRESIDENTE FERNANDO HENRIQUE CARDOSO A REVISTA RESENHA, DA BOLSA MERCANTIL E DE FUTUROS, QUE ENFATIZA O INTERESSE NA DUPLICAÇÃO DO EIXO RODOVIARIO QUE LIGA GOIANIA A SÃO PAULO.

Autor
Mauro Miranda (PMDB - Movimento Democrático Brasileiro/GO)
Nome completo: Mauro Miranda Soares
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
DESENVOLVIMENTO REGIONAL.:
  • COMENTARIOS A ENTREVISTA CONCEDIDA PELO PRESIDENTE FERNANDO HENRIQUE CARDOSO A REVISTA RESENHA, DA BOLSA MERCANTIL E DE FUTUROS, QUE ENFATIZA O INTERESSE NA DUPLICAÇÃO DO EIXO RODOVIARIO QUE LIGA GOIANIA A SÃO PAULO.
Publicação
Publicação no DSF de 11/02/2000 - Página 2250
Assunto
Outros > DESENVOLVIMENTO REGIONAL.
Indexação
  • COMENTARIO, ENTREVISTA, FERNANDO HENRIQUE CARDOSO, PRESIDENTE DA REPUBLICA, PERIODICO, ESTADO DE SÃO PAULO (SP), CONFIRMAÇÃO, COMPROMISSO, REGIÃO CENTRO OESTE, FUTURO, MERCADO, EXPORTAÇÃO, PAIS ESTRANGEIRO, CHINA, JAPÃO, PRIORIDADE, INTERESSE, AMPLIAÇÃO, EIXO VIARIO, LIGAÇÃO, ESTADO DE GOIAS (GO).
  • RECONHECIMENTO, PARTIDO POLITICO, PARTIDO DO MOVIMENTO DEMOCRATICO BRASILEIRO (PMDB), ATUAÇÃO, PRESIDENTE DA REPUBLICA, CUMPRIMENTO, COMPROMISSO, REFERENCIA, ESTADO DE GOIAS (GO).

O SR. MAURO MIRANDA (PMDB – GO) – Sr. Presidente, Srªs. e Srs. Senadores, o Presidente Fernando Henrique Cardoso reforçou as nossas esperanças de que a ligação rodoviária Goiânia-São Paulo será realmente duplicada antes do final de seu governo. Em entrevista que concedeu à revista Resenha, da Bolsa Mercantil e de Futuros, Sua Excelência reafirmou os seus compromissos com os eixos de desenvolvimento do Centro-Oeste, enfatizando que a região será no futuro próximo o nosso principal mercado exportador para a Ásia, principalmente a China e o Japão.  

Reproduzo textualmente as declarações do Presidente da República: "O que vai acontecer nas próximas décadas? Vai acontecer uma demanda muito forte de alimentos da Ásia. Já estamos discutindo com o Japão e a China sobre programas de longo prazo. Se conseguirmos isso com o Japão e a China, a produção de grãos do Centro-Oeste vai aumentar fortemente. A decisão(que precisa ser tomada) é por onde escoar". E o Presidente sabe que o nosso principal eixo de ligação com o Mercosul, os portos de exportação e as demais regiões do país é a BR-153, que liga Goiânia a São Paulo.  

O Presidente tem enfatizado em diversas ocasiões o seu interesse em duplicar o eixo rodoviário que liga Goiânia a São Paulo, hoje inteiramente esclerosado pelo excesso de tráfego. Nesse sentido, convém recordar atitudes tomadas em três ocasiões diferentes. Menos de três anos atrás, ele mandou três de seus ministros a um encontro que promovemos em Itumbiara, para mobilizar os estados de Minas e Goiás em benefício da construção do eixo rodoviário. Logo depois, recebeu numa solenidade pública, no Palácio do Planalto, lideranças políticas, empresariais e populares dos dois estados, para reafirmar o seu interesse na construção daquela obra de infra-estrutura. Finalmente, o Presidente incluiu o projeto entre as prioridades do programa plurianual de investimentos, na sua primeira versão. Infelizmente, a crise da Ásia e a crise cambial adiaram os investimentos. Não por culpa do Presidente, que tem sido absolutamente correto com os goianos.  

A verdade é que o Presidente nunca perdeu de vista a importância do Centro-Oeste como a principal fronteira agrícola do país, com grandes áreas de cerrado a serem ainda conquistadas para aumentar a produção primária e as exportações. Ele tem dado sucessivas demonstrações de apreço e carinho com o povo goiano. E é por isso que ele tem o reconhecimento do meu partido, o PMDB.  

Ainda agora, senhoras e senhores senadores, o atual Orçamento contempla recursos de 22,5 milhões de reais que serão aplicados ainda este ano. A concorrência está em fase final, e prevê a restauração do trecho atual de mão única, e o início das obras de duplicação entre as cidades de Professor Jamil e Itumbiara, numa extensão de 140 quilômetros. De Aparecida até Professor Jamil, já temos os recursos comprometidos e as obras estão em andamento. O importante é garantir um cronograma anual que garanta a construção total do eixo rodoviário até a ponte do rio Grande, na divisa com São Paulo, antes do encerramento do atual governo.  

Quero destacar outras obras rodoviárias de grande interesse para o meu Estado que estão cumprindo suas etapas de viabilização técnica ou financeira. A BR-452, a chamada rodovia da soja, ligando Itumbiara a Rio Verde e promovendo a integração econômica entre o Sul e o Sudoeste do Estado, já teve publicado o edital de concorrência para a restauração de seus 116 quilômetros, com financiamento do Banco Mundial. Com recursos desse mesmo organismo internacional serão restaurados 90 quilômetros na ligação de Brasília com a Bahia, até Alvorada do Norte.  

Graças ao trabalho do meu partido no Congresso, estamos viabilizando também, para este ano, recursos no valor de 18 milhões de reais para dar prosseguimento à duplicação da pista entre Brasília e Goiânia. Trata-se de uma obra absolutamente prioritária na rede rodoviária de meu estado, não só por sua importância econômica, mas principalmente pelo tráfego caótico que tem sacrificado muitas vidas.  

Encerro minhas palavras manifestando meu apreço e minha gratidão ao Presidente da República, que, em relação ao meu partido e ao meu estado, tem sido digno do apoio político que lhe demos, nos dois pleitos presidenciais. Devemos também ao Presidente a postura de magistrado que tem mantido em relação aos desmandos políticos e administrativos comandados pelo atual governador, que é de seu partido. Não tenho o mínimo sinal de um gesto em que Sua Excelência tenha apoiado o clima de terror que foi implantado em meu estado pelo Sr. Marconi Perillo. Por isso, e por estar cumprindo a sua palavra em relação às nossas obras fundamentais de infra-estrutura, o Presidente Fernando Henrique Cardoso é merecedor de todas as nossas homenagens.  

É o que tinha a dizer, Sr. Presidente.  

Muito obrigado.  

 

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Este texto não substitui o publicado no DSF de 11/02/2000 - Página 2250