O SR. LÚDIO COELHO (PSDB - MS. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, nesta sexta-feira, dirigindo-me especialmente à população do meu Estado, Mato Grosso do Sul, desejo prestar uma homenagem ao ex-Senador Rachid Saldanha Derzi e a sua esposa Edviges, da qual sou irmão e que ainda permanece entre nós.  

O Senador Saldanha Derzi, político por mais de 50 anos, é uma referência para a atividade política de qualquer cidadão. Foi Vereador em Ponta Porã, Prefeito de Ponta Porã por duas vezes – na primeira, nomeado, e na outra, eleito -, Deputado Federal por 16 anos, Senador por 24 anos. Portanto, dedicou-se 10 anos à Prefeitura de Ponta Porã e 40 anos ao Congresso Nacional.  

Recentemente, conversando com um companheiro, dizíamos que a atividade política é muito semelhante à atividade artística. O político precisa desempenhar a sua atividade de uma maneira que tenha o apoio e a aprovação da população, assim como o artista, que só permanece na sua atividade enquanto a população aprova o seu desempenho.  

Homenageio Rachid pela persistência de exercer a atividade política numa época difícil do nosso Estado - nos anos 40, as coisas eram bastante diferentes de hoje. Ele foi um vencedor: venceu quase todas as eleições que disputou. Embora não exercesse cargo legislativo nem executivo, eu militava na política e, algumas vezes, fui companheiro dele; outras, adversário.  

Homenageio também Edviges pela paciência, pelo esforço e pelo apoio que deu permanentemente ao seu companheiro nas inúmeras disputas eleitorais de que participou durante toda a sua vida.  

Portanto, fica a minha homenagem ao Rachid Saldanha Derzi, que faleceu há poucos dias em Campo Grande, aos oitenta e três anos, e também à sua esposa, Edviges, e aos seus filhos, Deputado Federal Flávio Derzi e Carlos Magno, pecuarista no nosso Estado, como foi Rachid. Além de político, condecorado por nações estrangeiras e membro de inúmeras comissões neste Senado, Rachid foi criador entusiasmado de gado nelore. Eu sempre brincava muito com ele, porque, no começo, quando começou na atividade pecuária, ele dizia que criava nelore e ninguém sabia; mas, depois, transformou-se num criador importante para o nosso Estado, principalmente na região de divisa com o Paraguai.  

Era o que tinha a dizer, Sr. Presidente.  

Muito obrigado.