O SR. PRESIDENTE (Geraldo Melo) - Antes de declarar encerrada a presente sessão de homenagem à memória do Senador Petrônio Portella, desejo confessar que não tive o privilégio de conhecê-lo, mas isso não me inabilita a para expressar aqui, em nome da Mesa Diretora do Senado Federal, a homenagem que a Casa lhe presta.

Não o conheci e com ele não convivi. Eu era apenas um dos milhões de brasileiros que assistiam de longe ao seu trabalho e que torciam e rezavam para que o seu esforço desse certo. Acho que o meu papel aqui, falando em nome de uma Casa onde estão muitos que o conheceram e muitos que não tiveram esse privilégio, é dizer que o que acontece no dia de hoje no Senado Federal é o início da manifestação de gratidão da posteridade.

Mais do que a homenagem, mais do que o reconhecimento ao seu talento, mais do que o reconhecimento do que foi o artesanato político a que ele se dedicou, na tessitura paciente das condições e do cenário que permitissem que uma democracia verdadeira surgisse no Brasil, mais do que tudo isso, quantos tenham participado da vida brasileira nos momentos de fratura das instituições democráticas, quantos tenham experimentado algum tipo de privação da liberdade e quantos, depois desses, tiveram a felicidade de nascer num país livre têm de reconhecer que a História guardou - e deve guardar bem guardado - o lugar de alguém que ajudou a que soprasse neste País a aragem de liberdade, a criação de instituições estáveis, que constituem o grande patrimônio da sociedade brasileira nos dias de hoje.

Por todas essas razões, que acrescento a tudo quanto merecidamente recebeu de homenagem nas palavras dos oradores que ocuparam a tribuna durante esta sessão, quero expressar, em nome do Senado Federal, a homenagem da Casa à memória do seu Senador Petrônio Portella.