Discurso durante a 12ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

CONGRATULAÇÕES PELO TRANSCURSO DO DIA INTERNACIONAL DA MULHER, NO ULTIMO DIA 8 DE MARÇO.

Autor
Eduardo Siqueira Campos (PFL - Partido da Frente Liberal/TO)
Nome completo: José Eduardo Siqueira Campos
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
HOMENAGEM.:
  • CONGRATULAÇÕES PELO TRANSCURSO DO DIA INTERNACIONAL DA MULHER, NO ULTIMO DIA 8 DE MARÇO.
Publicação
Publicação no DSF de 14/03/2000 - Página 4268
Assunto
Outros > HOMENAGEM.
Indexação
  • CONGRATULAÇÕES, MULHER, OPORTUNIDADE, COMEMORAÇÃO, DIA INTERNACIONAL.
  • IMPORTANCIA, ATUAÇÃO, MULHER, SOCIEDADE, POLITICA, COLABORAÇÃO, DESENVOLVIMENTO NACIONAL.

O SR. EDUARDO SIQUEIRA CAMPOS (PFL - TO) - Sr. Presidente, Sr as e Srs. Senadores, comemorou-se no último dia 8 do corrente mês, em todo o mundo, o Dia Internacional da Mulher , deflagrando a Marcha Mundial contra a Pobreza e a Violência, que se estenderá até 17 de outubro.  

Há muito a ser comemorado – pois têm sido relevantes as conquistas alcançadas pela mulher – e também há muito a ser condenado e modificado, como os baixos salários atribuídos às trabalhadoras e a violência que ainda grassa contra as mulheres.  

Em verdade, se a mulher vem alcançando um lugar de destaque no contexto nacional, chefiando quarenta e três por cento das famílias brasileiras, esse processo de emancipação, que nunca foi uma dádiva dos homens mas fruto de muitas lutas e sacrifícios, o fato é que a mulher ainda é discriminada tanto no campo laborativo quanto no político.  

De fato, a diferença entre o rendimento médio de homens e mulheres, consoante pesquisa promovida pela Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados – SEADE, em São Paulo, constatou que os homens têm rendimento médio mensal de 1.091 reais, enquanto que o das mulheres é reduzido para 688 reais.  

Além disso, a maioria das assalariadas não dispõe da assistência indispensável que sua condição feminina – especialmente de mães – exige, como a falta de creches, o que angustia e provoca até quebra na produtividade das trabalhadoras.  

Aliás, o tema do Conselho Nacional da Condição Feminina, neste ano, é o da maior participação da mulher na vida política nacional, que, como podemos observar no próprio Congresso Nacional, ainda é extremamente limitada. Sabemos, ainda, que só há uma única Governadora de Estado, Roseana Sarney, no Maranhão. É muito pouco, quando também se sabe que menos de dez por cento das Prefeituras são ocupadas por mulheres.  

No nosso Estado do Tocantins temos procurado a efetiva participação das mulheres na Administração Pública Estadual, Municipal e no Poder Judiciário, cabendo destacar a atuação das Sr as Zenayde Cândido Noleto, Secretária Estadual de Administração; Kátia Terezinha Ribeiro, Secretária Estadual de Cultura; Nilmar Gavino Ruiz, Secretária Estadual de Educação; Josefa Iracele Santiago Pereira, Secretária Estadual da Fazenda; Raquel Bittar de Oliveira, Secretária-Executiva do Grupo Executivo de Alimentação; Warner Macedo Camargo Pires, Presidente da Associação do Voluntariado Tocantinense; Luara Aquino Ramos, Secretária Municipal da Cultura; Márcia Isabel Barbosa Soares, Secretária Municipal da Educação; Joselina de Azevedo Emmeriche, Secretária Municipal de Recursos Humanos; Ângela Marquez Batista, Advogada-Geral do Município; Desembargadoras Dalva Delfino Magalhães e Willamara Leila de Almeida; Juízas Adelina Maria Gurak, Ângela Maria Ribeiro Prudente, Célia Regina Régis Ribeiro, Silvana Maria Parfienuik, Amália de Alarcão Ribeiro Martins; e, ainda, da Juíza Federal Daniele Maranhão Costa Calixto.  

São muitos os desafios, por conseguinte, e muitas as batalhas que ainda têm de ser travadas pela mulher rumo à sua plena emancipação.  

No entanto, de acordo com o Unicef, pelo menos vinte e cinco por cento das mulheres latino-americanas já sofreram agressões no próprio lar, sem falar-se dos abusos sexuais. E, na maioria dos países muçulmanos, a condição feminina é, no mínimo, dramática, com mutilações nos órgãos sexuais e assassinatos impunes, por motivos torpes de pseudodefesa da honra masculina.  

Mas a mulher – mãe, companheira, trabalhadora, política, cientista – é uma batalhadora nata, e saberá, com a solidariedade dos homens conscientes, alcançar o lugar que, por direito, lhe cabe neste mundo.  

Em assim sendo, concluindo este breve pronunciamento, desejo, desta tribuna, congratular-me com a mulher brasileira por sua coragem e por sua dedicação ao País e ao trabalho, colaborando decisivamente para o desenvolvimento nacional.  

Era o que tinha a dizer.  

r3 ¨


Este texto não substitui o publicado no DSF de 14/03/2000 - Página 4268