O SR. MOZARILDO CAVALCANTI (PFL – RR. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, estamos a poucos dias de comemorar os 500 anos do descobrimento do Brasil. Obviamente, o tema que vem à baila neste momento é justamente o que o Brasil fez de bom e de ruim nesse período, o que a sociedade brasileira ganhou ou perdeu nestes 500 anos.  

E a reflexão principal que se faz é sobre a ocupação da terra, sobre os contatos e os conflitos que se estabeleceram entre a comunidade européia que estava chegando ao Brasil, naquela época, e as comunidades indígenas, que já estavam no Brasil naquele momento. É justamente sobre esse tema que a Rede Globo está apresentando uma minissérie, A Muralha , que aborda o período dos bandeirantes, em que a ocupação da terra se fez de maneira intensa, pela força ou pela sedução.  

Reporto-me e trago à análise da atualidade a questão das reservas indígenas no País. Não acredito que exista ninguém, de qualquer matiz ideológico, que seja contra a demarcação de reservas indígenas, de garantia de terra para os índios. Mas a questão precisa ser analisada sob uma ótica global – para usar um termo muito atual. Precisamos analisar como foram sendo planejadas, divulgadas e executadas essas ações em toda a América Latina, que foi colonizada e ocupada pelos europeus; como essas ações foram manipuladas, de tal forma que os europeus contipû