O SR. EDUARDO SUPLICY (Bloco/PT – SP. Para comunicação inadiável. Sem revisão do orador.) – Sr Presidente, Srªs e Srs. Senadores, assim como a Senadora Heloisa Helena, venho prestar uma homenagem ao julgamento que resultou na absolvição de José Rainha. Por quatro votos a três – retifico porque ontem a primeira informação que me foi transmitida era de que tinha sido por unanimidade - o júri absolveu José Rainha Neto da denúncia de co-autoria nas mortes do fazendeiro José Machado Neto e do policial militar Sérgio Narciso da Silva.  

Registro as palavras de Evandro Lins e Silva que, com Luís Eduardo Greenhalg e Aton Fon, a equipe de defesa, disse:  

"Os jurados souberam libertar-se de algum pensamento político diferente do de Rainha e julgar de acordo com a prova do processo, reconhecendo que ele não teve qualquer participação na lamentável morte do fazendeiro e do soldado. Eu não sou a favor da violência, sou um homem pacífico. Antes de advogado, eu sou um cidadão".  

É importantíssima essa decisão que faz com que possamos ter sempre mais fé na realização de justiça para o fortalecimento dos órgãos do Poder Judiciário. Isso é da maior relevância. Tenho a convicção de que essa decisão colabora - e muito - para que haja paz no campo, para que os trabalhadores possam continuar lutando, assim como todos aqueles que desejam uma reforma agrária, uma estrutura fundiária mais justa.  

Sr. Presidente, quero homenagear o extraordinário advogado, ex-Ministro Evandro Lins e Silva, repetindo uma frase sua ao responder se não pensava em se aposentar, tendo em vista seus 88 anos de vida:  

"O júri é uma tentação. Sempre que me perguntam qual foi a maior das minhas atuações, eu respondo: a próxima".  

A nossa homenagem a Evandro Lins e Silva, a Luís Eduardo Greenhalg e a todos que colaboraram para o veredito do júri pela absolvição de José Rainha.  

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