Discurso durante a 29ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

DISCURSO DE POSSE NO SENADO FEDERAL.

Autor
Thelma Siqueira Campos (PPB - Partido Progressista Brasileiro/TO)
Nome completo: Thelma Menezes Siqueira Campos Lourenço
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
ATUAÇÃO PARLAMENTAR.:
  • DISCURSO DE POSSE NO SENADO FEDERAL.
Publicação
Publicação no DSF de 06/04/2000 - Página 6487
Assunto
Outros > ATUAÇÃO PARLAMENTAR.
Indexação
  • POSSE, ORADOR, SENADO, SUPLENCIA, EDUARDO SIQUEIRA CAMPOS, SENADOR, ANUNCIO, ATUAÇÃO PARLAMENTAR, BENEFICIO, FAMILIA, POPULAÇÃO CARENTE, MULHER.

A SRª THELMA SIQUEIRA CAMPOS (PPB - TO. Pronuncia o seguinte discurso.) - Sr. Presidente, Senador Antonio Carlos Magalhães, Srªs e Srs. Senadores, autoridades presentes, senhoras e senhores, apesar do medo que me domina neste momento, por estar diante da maior representação política deste País, o meu espírito encontra-se forte e pleno pela presença do povo tocantinense nas galerias e nas tribunas desta Casa, esse povo que deu ao jovem Senador Eduardo Siqueira Campos a maior votação proporcional deste País.

Fortalece-me ainda, Sr. Presidente, saber que está presente aquele que foi, um dia, um menino retirante; aquele que foi, um dia, um estivador do porto do Rio de Janeiro; que também foi um menino office boy de Luís Carlos Prestes e, por isso mesmo, foi prisioneiro político nos duros anos de 1968. Esse menino retirante deu a maior vitória a seu povo na Constituição cidadã de 1988: o art. 13, que criou o Estado do Tocantins, o qual ele, hoje, governa com galhardia e distinção dentre os demais - ele, José Wilson Siqueira Campos, o grande cidadão, meu pai. (Palmas)

Quero expressar, nesta data, Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, a minha maior gratidão a todos que sempre incentivaram a minha carreira política, que, neste exato momento, após anos e anos de espera, se inicia. O meu melhor muito obrigada a todos, a todos mesmo.

Nesta Casa, Sr. Presidente, esta mulher, mãe e esposa, que assume hoje a cadeira de representação do Estado do Tocantins, deverá levar a bandeira da proteção, do amparo e do fortalecimento da família brasileira, em especial das famílias carentes de nosso País. Mais especialmente, a bandeira daquela que é o centro de todos os problemas sociais, os quais carrega em si: a mulher brasileira.

Essa é a continuidade dos vinte anos de minha atuação na área social, iniciada na extinta LBA, passando, na esfera federal, pelo Ministério da Previdência e Assistência Social, na antiga Secretaria de Assistência Social, comandada pela nobre parlamentar Drª Lúcia Vânia, e hoje Secretaria de Estado da Ação Social, dirigida pela Ministra e mestra Wanda Engel Aduan. Passei também, Sr. Presidente, pela Secretaria do Trabalho e Ação Social do meu Estado e, até há poucos dias, pela Secretaria Municipal do Desenvolvimento Comunitário da capital tocantinense, Palmas.

A causa da família brasileira, nobres colegas Senadoras, será a minha homenagem àquela que lutou e ainda luta, na medida do possível, para proteger não só a sua família, como a dos mais carentes; àquela que, quando eu era pequena, me dizia: “Estude muito e lute sempre para não ser igual a mim e sofrer como eu sofri para criar vocês, minha filha”. A ela, Dona Aureny, a doméstica, a “do lar”, que criou seus seis filhos dentro dos bons princípios e da moral cristã, eu digo: “Especialmente no dia de hoje, gostaria muito, muito, de ser, cada dia mais, igual a você, minha mãe, defensora inconteste da família.”

Que a minha voz, desta tribuna, Sr. Presidente, possa traduzir-se em proposituras de ações, dentro das políticas públicas brasileiras, que amparem e fortaleçam as famílias, em especial as humildes, em especial a mulher dessas famílias humildes, que só precisam de oportunidade para vencer na vida e para criar seus filhos com dignidade.

Para finalizar, Sr. Presidente, permita-me, invocar as bênçãos divinas dos padroeiros do meu Estado, N. Sª da Natividade e N. S. do Bonfim, para que eu possa misturar a terra tocantinense ao solo sagrado desta Casa e possa derramar um pouco das plácidas águas dos rios Tocantins e Araguaia neste ambiente solene e seleto, para que eu me sinta em casa, para que eu possa dizer, como há no brasão do meu Estado, em idioma xerente: Co yve ore retama!

            Esta terra é nossa!

            Era o que tinha a dizer Sr. Presidente. Muito obrigada. (Palmas)


Este texto não substitui o publicado no DSF de 06/04/2000 - Página 6487