Discurso durante a 35ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

REGOZIJO PELO RECONHECIMENTO DO CURSO DE MEDICINA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE RORAIMA, PELO MINISTERIO DA EDUCAÇÃO.

Autor
Mozarildo Cavalcanti (PFL - Partido da Frente Liberal/RR)
Nome completo: Francisco Mozarildo de Melo Cavalcanti
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
ENSINO SUPERIOR.:
  • REGOZIJO PELO RECONHECIMENTO DO CURSO DE MEDICINA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE RORAIMA, PELO MINISTERIO DA EDUCAÇÃO.
Publicação
Publicação no DSF de 14/04/2000 - Página 7237
Assunto
Outros > ENSINO SUPERIOR.
Indexação
  • ELOGIO, RECONHECIMENTO, CURSO SUPERIOR, MEDICINA, UNIVERSIDADE FEDERAL DE RORAIMA (UFRR), MINISTERIO DA EDUCAÇÃO (MEC).
  • CONGRATULAÇÕES, UNIVERSIDADE FEDERAL DE RORAIMA (UFRR), CORPO DOCENTE, CURSO SUPERIOR, MEDICINA, OBTENÇÃO, RECONHECIMENTO, MELHORIA, DESEMPENHO FUNCIONAL.

O SR. MOZARILDO CAVALCANTI (PFL – RR. Para uma comunicação inadiável. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, eu gostaria de fazer uma comunicação que muito me alegra e ao Estado de Roraima, que é o reconhecimento pelo MEC do curso de Medicina da Universidade Federal de Roraima. Como professor daquela universidade, tive a oportunidade de defender no Conselho Nacional de Saúde a criação do curso de Medicina naquele Estado, naquela universidade.  

Naquela ocasião, a maioria dos conselheiros adotavam uma postura de que não se deveria mais criar cursos de Medicina no País, porque o Brasil já tinha muitas escolas de Medicina e tinha também muitos médicos em relação à população geral do País.  

Ocorre que as escolas de Medicina estão quase todas – cerca de 80% delas – concentradas no Sul e Sudeste. Portanto, na imensa Região Norte, nós tínhamos apenas dois cursos de Medicina no Pará, um federal e um estadual, e apenas um curso federal no Amazonas. Nenhum dos outros Estados dispunha de curso de Medicina. E foi com esse argumento da desconcentração, agora não só da riqueza, mas do saber, que nós defendemos a criação do curso de Medicina em Roraima, e temos hoje a satisfação, passados seis anos e formada a primeira turma, de ver o curso reconhecido pelo Ministério da Educação, o que veio dar razão aos argumentos que nós tínhamos e, ao mesmo tempo, mostrar como é importante para o País, não só para Roraima, que cada Estado tenha pelo menos um curso de Medicina. Se isso ocorresse, nós não teríamos esta geografia triste que hoje é a realidade da Medicina no País: médicos concentrados nas grandes capitais, nos grandes Estados, e a maioria dos Municípios do interior sem médicos, principalmente os Municípios pobres, que são os que mais precisam da assistência médica.  

Argumentam alguns – e é verdade - que o fato de formar médicos num lugar não garante que esses médicos permaneçam ali. No entanto, só o fato de o médico conviver durante seis anos com a realidade daquele Estado, com as doenças que prevalecem naquele Estado, já garante pelo menos que um grande percentual deles ali permaneça. Eu, pelo menos, nasci em Roraima, formei-me no Pará e terminei voltando para Roraima. Mas isso é muito importante, porque aprendemos com essa diversidade do Brasil. Tenho dito que é impossível continuar com esse predomínio de tudo no Sul e Sudeste. Isso também não é bom para aquelas Regiões, pois, na medida em que concentra tudo, inclusive o saber, todos acabam indo para lá, o que termina por agravar as questões sociais, como a segurança, a saúde, a educação, a moradia, o emprego.  

É preciso desconcentrar não só a economia no País, mas principalmente o saber.  

Portanto, quero finalizar, parabenizando a Universidade Federal de Roraima, o corpo docente do curso de Medicina daquela universidade, pelo reconhecimento merecido que teve do Ministério da Educação. E dizendo mais, Sr. Presidente, que o curso de Medicina, embora só agora reconhecido, formando a primeira turma, teve na avaliação do MEC um desempenho melhor do que os cursos de Medicina já existentes há muitos anos na Região Norte.  

Muito obrigado.  

 

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Este texto não substitui o publicado no DSF de 14/04/2000 - Página 7237