Discurso durante a 36ª Sessão Não Deliberativa, no Senado Federal

HOMENAGEM DE PESAR PELO FALECIMENTO DO SR. ANTONIO ROCHA FILHO. CONGRATULAÇÕES AO DR. CANROBERT OLIVEIRA PELA TECNICA CIRURGICA UTILIZADA EM OPERAÇÕES DE CORREÇÃO VISUAL. EXPECTATIVA COM A MOBILIZAÇÃO PARA VOTAÇÃO DO NOVO SALARIO MINIMO.

Autor
Sebastião Bala Rocha (PDT - Partido Democrático Trabalhista/AP)
Nome completo: Sebastião Ferreira da Rocha
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
HOMENAGEM. POLITICA SALARIAL.:
  • HOMENAGEM DE PESAR PELO FALECIMENTO DO SR. ANTONIO ROCHA FILHO. CONGRATULAÇÕES AO DR. CANROBERT OLIVEIRA PELA TECNICA CIRURGICA UTILIZADA EM OPERAÇÕES DE CORREÇÃO VISUAL. EXPECTATIVA COM A MOBILIZAÇÃO PARA VOTAÇÃO DO NOVO SALARIO MINIMO.
Publicação
Publicação no DSF de 15/04/2000 - Página 7387
Assunto
Outros > HOMENAGEM. POLITICA SALARIAL.
Indexação
  • HOMENAGEM POSTUMA, ANTONIO ROCHA FILHO, EMPRESARIO, PARENTE, ORADOR, ELOGIO, CONTRIBUIÇÃO, DESENVOLVIMENTO, NAVEGAÇÃO FLUVIAL, COMERCIO, ESTADO DO AMAPA (AP).
  • AGRADECIMENTO, CANROBERT OLIVEIRA, MEDICO, DISTRITO FEDERAL (DF), REALIZAÇÃO, CIRURGIA, CORREÇÃO, VISÃO, ORADOR.
  • CONCLAMAÇÃO, CONGRESSISTA, SENADO, CAMARA DOS DEPUTADOS, PARTICIPAÇÃO, VOTAÇÃO, MEDIDA PROVISORIA (MPV), MELHORIA, VALOR, SALARIO MINIMO.

O SR. SEBASTIÃO ROCHA (Bloco/PDT – AP. Para uma comunicação. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, ocupo a tribuna nesta tarde para fazer alguns registros.  

O primeiro deles, para homenagear um homem que muito fez pelo Estado do Amapá, e que Deus tirou a vida na última quarta-feira, o Sr. Antônio Rocha Filho, irmão de meu pai, um pioneiro da navegação fluvial, do comércio de regatão e de empreendimentos comerciais no Estado do Amapá.  

O Sr. Antônio Rocha Filho chegou a Macapá ainda jovem, mas já casado, com muitos filhos, e iniciou seus empreendimentos com batedeiras de açaí. Logo depois, teve uma padaria, conseguindo construir, com seus filhos, Deputado Geraldo Rocha, Graça Rocha, Jesuína Rocha, Socorro Rocha e, principalmente, Josué Rocha e Jesuíno Rocha, que hoje detêm uma grande rede de supermercados e um S hopping Center na capital, Macapá, uma estrutura comercial sólida.  

Este homem, que representa a história de muitos brasileiros que, ao migrarem de seus lugares de nascimento, em função de dificuldades de sobrevivência, dificuldades para educar a sua família, para garantir saúde e melhor qualidade de vida, buscam as cidades emergentes, saiu da ilha de Gurupá para a capital do ex-Território Federal do Amapá, Macapá, onde deu início de uma vida de muito trabalho, mas que lhe garantiu prosperidade de uma forma honrada, digna e honesta, fazendo jus ao valoroso nome Rocha no Estado do Amapá.  

Somos descendentes de cearenses. Nosso avô paterno migrou do Ceará devido à grave seca, buscando, com a da exploração da borracha na floresta Amazônica, garantir melhor qualidade de vida.  

Sr. Presidente, faço esse registro com doloroso pesar. Ontem foi o sepultamento, mas, infelizmente, minhas atividades em Brasília não me permitiram que eu lá estivesse.  

Já o segundo assunto é algo que muito me alegrou. Acabo de vir do Hospital Oftalmológico de Brasília, onde ontem fui submetido a uma cirurgia de hipermetropia por uma técnica chamada Lasic, técnica a laser, recente, moderna e bastante evoluída.  

Essa cirurgia me garantiu ler sem óculos. Gostaria aqui de agradecer ao Dr. Canrobert Oliveira, o cirurgião que me operou. Fui operado ontem à tarde e hoje já estou aqui falando. Não estou fazendo propaganda, mas cumprindo o dever de agradecer. Existe ainda possibilidade de alguma reincidiva da deficiência visual, mas são raros os casos. Espero que daqui para frente eu possa ter a grande vantagem de não usar óculos, o que, de certa forma, incomoda. Nós que já passamos dos 40 anos dificilmente temos condições de abandoná-los definitivamente.  

Com essa cirurgia, não se pretende a exclusão total do uso dos óculos, mas possibilitar a redução do seu uso. Espero que o sucesso dessa cirurgia seja efetivo.  

Também aproveito para agradecer ao Exército do Amapá, na pessoa do seu Comandante, que me comunicou há pouco, por meio da sua assessoria, que fui agraciado com o título de Colaborador Emérito do Exército Amapaense. Essa homenagem acontecerá na próxima terça-feira, no Amapá, motivo pelo qual terei de me ausentar da sessão deliberativa de terça-feira, para cumprir esse compromisso.  

Ao concluir, faço meu os votos do Senador Ademir Andrade. Minha expectativa é de que haja, de fato, uma grande mobilização das pessoas de bem, da sociedade, dos representantes sindicais, dos trabalhadores deste País, e, sobretudo, dos Parlamentares no Congresso Nacional.  

Esperamos que o Governo mantenha o acordo da sessão do Congresso de quarta-feira de votar o salário mínimo na quarta feira, dia 26. Lembro aqui que, pelo menos no Senado, o PFL cumpriu com a sua determinação de não concordar com este salário mínimo aviltante de R$151. Na Comissão do Salário Mínimo, que analisava a medida provisória, os representantes do PFL, tanto na Câmara quanto no Senado, votaram contra o parecer do Relator, Deputado Armando Monteiro, o que nos dá uma esperança de que o PFL possa, na votação da Câmara, caminhar junto à Oposição e a outros Parlamentares, que têm independência para votar, que não estão muito determinados a votar sempre sob a orientação do Governo, e que esse esforço conjunto possa resultar na aprovação de um salário mínimo menos aviltante, menos indigno, de R$177.  

Faço esses votos. E estou aqui para ajudar na mobilização e colaborar com os debates, esperando que o Congresso Nacional esteja, de fato, extremamente sensibilizado para essa questão social. Se o Presidente da República, posteriormente, quiser se submeter a mais um desgaste, vetando o que for aprovado no Congresso Nacional, é uma decisão pessoal de Sua Excelência, que considero não recomendável, visto que não seria justa.  

Sr. Presidente, é este o apelo que faço a todos os Parlamentares do Congresso Nacional: que no próximo dia 26 possamos dar o voto "sim" a um salário menos aviltante e menos indigno para o povo brasileiro.  

Muito obrigado, Sr. Presidente.  

 

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Este texto não substitui o publicado no DSF de 15/04/2000 - Página 7387