O SR. RONALDO CUNHA LIMA (PMDB - PB) - Sr. Presidente, Sras. e Srs. Senadores, com esta sessão solene que hoje realiza para celebrar os 80 anos da Gazeta Mercantil , o Senado Federal presta justa homenagem a um dos mais conceituados e tradicionais órgãos de comunicação do País. Não sendo por acaso que a empresa à qual pertence o jornal homenageado esteja indissoluvelmente vinculada ao nome sob todos os aspectos admirável de Herbert Levy, seu líder maior no passado e no presente.  

Os que fazem a Gazeta Mercantil , sob o comando de Luiz Fernando Levy, têm sólidos motivos de se orgulhar do empreendimento editorial de porte moderno, forte e duradouro: um jornal cuja expansão foi criteriosamente preparada a partir da escolha rigorosa de profissionais íntegros e competentes, bem assim das parcerias com publicações mundiais renomadas; sem esquecer o esmero técnico do seu sistema de impressão simultânea, fazendo-o estabelecer sucursais por doze capitais brasileiras, nelas chegando via satélite depois de gerado em São Paulo. O resultado não poderia ser diverso: além de genuinamente nacional, a Gazeta Mercantil é, efetivamente, o nosso jornal econômico-financeiro de influência máxima.  

Referida influência vem ofertando decisivo contributo para operar a integração nacional com suas dezessete unidades regionais, dotadas de redações próprias, a fim de publicar jornais, revistas e cadernos (dez edições diárias) que reflitam o contexto de cada região e as respectivas características mercadológicas. Trata-se, outrossim, de uma abrangência que se espraia internacionalmente pela América Latina e avança as fronteiras de negócios globais dos Estados Unidos, da Europa e da Ásia. O que somente um grupo empresarial da envergadura da Gazeta Mercantil S/A (cujo portfólio sobrepuja a marca de oitenta produtos diferentes) lograria alcançar. Porquanto é uma empresa calcada no respeito aos que consomem notícias e querem a garantia de não haver interferência na veracidade daquilo que lêem.  

Costumava dizer o ensaísta e editorialista Otto Maria Carpeaux que os jornalistas trabalham com a idéia do movimento circular do entendimento. Ou seja, com o enlace dialético de dados externos e internos, do centro para a periferia e vice-versa, num jogo de contrários e contrapostos que se superam ao atingir as grandes sínteses. Convenha-se, portanto, que é um desempenho relevante para ser profanado à custa de danos muitas vezes irreparáveis no âmbito das relações intrapessoais. Ora: a informação atua justamente para salvaguardar as instituições sociais, e não para atropelá-las ou deprimi-las. As prerrogativas dos meios de comunicação social impõem rara compostura entre eles e as delimitações do indevido, do inadequado e do ilegítimo. Porque as informações que os indivíduos recebem constituem lastro primordial para exercerem suas responsabilidades de cidadãos.  

Sr. Presidente, Sras. e Srs. Senadores: ao frisarem e enfatizarem como princípios basilares da Gazeta Mercantil a isenção, a independência, a credibilidade, a imparcialidade, a modernidade e a qualidade editorial para informar e para formar opinião com responsabilidade, servir ao País e participar dos movimentos em favor da comunidade e influir nas decisões políticas e econômicas da administração pública e da empresa privada, os diretores e demais componentes da empresa denotam saudável orgulho pelo veículo comunicante onde trabalham e que representa modelo de ótimo jornalismo no Brasil. Isto comprova que, exercida com lisura, a tarefa jornalística é imprescindível a uma Nação sedimentada nos alicerces da liberdade. Mormente porque o tirocínio interpretativo de uma sociedade esclarecida, busca excomungar as vocalizações dissonantes de quantos escarnecem a veracidade factual. Donde ser possível concluir que, quando saudamos a Gazeta Mercantil no transcurso dos oitenta anos, o ressaltável é o absoluto primado da sua honorabilidade na transmissão das notícias e informações; primado que estampa a credibilidade, incorporando-a ao léxico do nosso jornalismo através do liame ético com a tessitura societária.  

Muito obrigado.