Pronunciamento de Ney Suassuna em 23/05/2000
Discurso durante a 64ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal
RETROSPECTIVA DOS PLANOS DE ESTABILIZAÇÃO DA ECONOMIA E DAS ORIGENS DOS PROBLEMAS ECONOMICOS BRASILEIROS.
- Autor
- Ney Suassuna (PMDB - Movimento Democrático Brasileiro/PB)
- Nome completo: Ney Robinson Suassuna
- Casa
- Senado Federal
- Tipo
- Discurso
- Resumo por assunto
-
POLITICA ECONOMICO FINANCEIRA.:
- RETROSPECTIVA DOS PLANOS DE ESTABILIZAÇÃO DA ECONOMIA E DAS ORIGENS DOS PROBLEMAS ECONOMICOS BRASILEIROS.
- Aparteantes
- Gilberto Mestrinho.
- Publicação
- Publicação no DSF de 24/05/2000 - Página 10631
- Assunto
- Outros > POLITICA ECONOMICO FINANCEIRA.
- Indexação
-
- CRITICA, EXCESSO, PRIVATIZAÇÃO, POLITICA ECONOMICO FINANCEIRA, GOVERNO FEDERAL, COMENTARIO, IMPORTANCIA, NECESSIDADE, CONGRESSO NACIONAL, EMPENHO, SOLUÇÃO, PROBLEMA, SETOR, SAUDE, EDUCAÇÃO, CRISE, AVIAÇÃO CIVIL.
- CRITICA, REGIME CAMBIAL, FIXAÇÃO, TAXA DE CAMBIO, EFEITO, AUMENTO, CUSTO, MANUTENÇÃO, ESTABILIDADE, MOEDA, PREJUIZO, ECONOMIA.
- DEFESA, NECESSIDADE, GOVERNO FEDERAL, AUMENTO, INVESTIMENTO, POLITICA AGRICOLA, POLITICA INDUSTRIAL, OBJETIVO, EXPORTAÇÃO, PRODUÇÃO, MELHORIA, CONCORRENCIA, AMBITO INTERNACIONAL.
O SR. NEY SUASSUNA
(PMDB - PB. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, quero agradecer a gentileza do nobre Senador Nabor Júnior que me cedeu a vez.
O Brasil completou 500 anos. Mais ou menos nessa data, também iniciou-se a colonização da América do Norte. Lamentavelmente, alguns países progridem menos que outros e não temos a nossa Economia tão organizada como a de outros lugares, como, por exemplo, a dos Estados Unidos da América, que têm quase que a mesma idade nossa.
Às vezes, me pergunto: a que se deve essa dicotomia, essa diferença? São muitas as razões. Alguns já disseram que é por causa do tipo de crença: um país acredita que o lucro é benéfico e é dom, e o outro acredita que é pecado e, por isso, mostra os empresários, aqueles que labutam na área econômica, como pessoas quase que criminosas. Outros dizem que não, que é porque começamos já devendo – a nossa própria independência foi a assunção, pelo Brasil, de uma dívida portuguesa junto à Coroa Britânica. Há os que dizem que são os trópicos, o clima, a forma, o meio ambiente que não nos impulsionam a ter uma maior perseverança na área econômica. Nos países que têm inverno, o cidadão tem que trabalhar porque precisa guardar comida para quando o frio chegar.
As teorias são muitas, mas a verdade é que fomos acumulando dívidas, dia a dia, jogando tudo para o futuro, como se um dia não tivéssemos que pagá-las. De repente, o Brasil se viu numa situação desesperadora: o mundo sendo globalizado; a nossa dívida se exponenciando; nós, para podermos ter algum alento, sendo obrigados a aumentar as taxas de juros; dificuldades na área de economia. Assim, envenenamo-nos com a própria medicina que empregamos na nossa Economia.
Foram muitos os planos, são muitos os discursos no Senado, desde a República Velha até hoje, as dissecações, as dissertações, as análises e as sínteses, mas ainda continuamos com dificuldades enormes.
Na semana passada, numa roda de amigos - um jornalista ouviu a minha conversa e a colocou meio torta -, eu falava dos problemas iminentes, sérios, que estamos vivendo, neste momento, no Brasil, como, por exemplo, o caso das companhias aéreas e o problema na área de saúde, que são graves e precisam ser resolvidos. Estamos terminando uma CPI e os medicamentos precisam ser repassados. Voltarei a este assunto no Senado, porque essa é uma chaga aberta no corpo nacional.
São muitas as dificuldades que enfrentamos, como a excessiva privatização numa área em que temos que mandar dividendos para fora.
Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, favorável à privatização porque o Governo é mau administrador. O Governo tem que se ater às suas ações básicas e necessárias. São muitos os exemplos da má administração do Governo, mas a verdade é que quando privatizamos empresas que não geram dólares – e temos que mandar remessas para fora – estamos criando uma cruz para levarmos no futuro. Privatizar empresas de abastecimento d’água, cujos serviços são pagos em real? Vamos ter que pagar o lucro dessa empresa estrangeira, mandando divisas para o exterior. Isso vai pesar contra a nossa balança de pagamentos.
Preocupa-me a excessiva internacionalização – ainda não temos uma análise perfeita – da nossa petroquímica e da nossa siderurgia; preocupam-me os erros que nós, do Parlamento, cometemos em relação, por exemplo, à navegação costeira de longo curso. São muitos os pontos que hoje nos preocupam - a Educação, a Informática - e temos que encontrar soluções para responder à sociedade.
Sr. Presidente, na busca dessas soluções, tivemos quinhentos planos: o Plano Cruzado I, que causou a maior euforia. Lembro-me bem de como ficamos orgulhosos quando ele saiu, e que deu n’água; o Plano Cruzado II, o Plano Verão e o Plano Collor - lembro-me do desespero dos empresários que, de repente, só tinham cinqüenta unidades monetárias na sua conta. E tudo isso nós fizemos de bom grado, tudo isso nós aceitamos em nome das reformas que precisávamos implantar para pôr em ordem a nossa Economia.
Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, esses insucessos foram marcando a alma brasileira. Chegamos a pensar que não seríamos capazes de criar algo que modificasse esse cenário. Como me sentia mal quando via o sucesso de outros países em detrimento do nosso. Tentávamos, tentávamos, tentávamos e só dávamos com os burros n’água. Era decepcionante!
Aí conseguimos ter sucesso com o Plano Real. O acúmulo de problemas não deixou de existir. A equipe econômica que negociou a nossa dívida, que procurou resolver os problemas internos e externos, que criou o Plano Real e o administrou, enfrentou um mar extremamente tempestuoso. Tentar resolver tudo o que aconteceu do dia para a noite é impossível.
Dizia René Descartes, em um livro escrito em 1630, que todo grande problema é formado de pequenos problemas. Segundo ele, se conseguíssemos analisar-lhe as razões, sintetizá-los e depois resolvê-los, no final, o grande problema estará resolvido.
Muitos mestres da administração e da economia nos deixaram lições importantes. Mas, neste País, é difícil aplicá-las, até porque somos um País gigante, um arquipélago econômico. Realmente temos muitos problemas e muitos atavismos. Há pessoas que ainda pensam que o que é público é do rei. Nossos conterrâneos brasileiros ainda acreditam, apesar de a escravidão ter durado quatrocentos em quinhentos anos de História, que, para se trabalhar, precisa-se do feitor. Aí, o subjugado passou a influenciar aquele que o subjugava.
Portanto, acabou a escravidão no País, mas o feitor tem que existir; caso contrário, não haverá trabalho. Temos que consertar esses atavismos. Ainda temos pontos graves, sérios nessa psicologia nacional. Muitas pessoas querem ganhar dinheiro rapidamente para voltar à metrópole, porque acreditam, como acontecia com os colonizadores, que aqui estavam para fazer a vida e depois voltarem ricos para Lisboa. Portanto, são muitos os atavismos. Aliás, eu poderia passar toda a tarde falando sobre eles. Os problemas são muito sérios. De quando em vez aparece alguém que diz que a equipe econômica do Governo não está trabalhando, que é incompetente. Atribuíram-me uma frase como essa. Mas sei que isso não é verdadeiro, porque sei o que a equipe econômica tem feito para enfrentar as tempestades.
Relembro aos nobres Pares o quanto de mar faltava-nos navegar há pouco mais de um ano. Era muita tormenta. Países soçobravam. Não enfrentávamos um plano, e, sim, um ataque especulativo à nossa moeda. Mas, mal passa a procela, o medo deixa de existir. E alguns, principalmente os que comungam a teoria do "quanto pior, melhor", começam a perguntar o porquê de não se conseguir resolver a situação. Falam isso como se pudéssemos dizer: abracadabra, e, num passe de mágica, tudo se resolvesse.
Sr. Presidente, as coisas não são assim. Sabemos o quanto é difícil construir. Fácil é destruir. Destruir é muito rápido. Para construir é preciso suor, trabalho, dedicação, perseverança, fé. Às vezes, nos deparamos com obstáculos, com verdadeiras muralhas, mas não podemos fazer como fez aquela figura que os psicólogos tanto conhecem, ou seja, sentar, chorar e fazer de conta que não estamos vendo o muro à nossa frente. Temos que transpô-lo, o que não é fácil. São duros os caminhos da construção.
O Sr. Gilberto Mestrinho (PMDB - AM) - Permite-me V. Exª um aparte?
O SR. NEY SUASSUNA (PMDB - PB) – Ouço V. Exª, nobre Senador Gilberto Mestrinho.
O Sr. Gilberto Mestrinho (PMDB - AM) – Nobre Senador Ney Suassuna, V. Exª aborda o assunto importante do nosso subdesenvolvimento e questiona as suas causas. V. Exª, no início do seu pronunciamento, referiu-se ao "achamento" do Brasil, comparando-o com países outros, especialmente com os Estados Unidos, mostrando-nos as disparidades existentes nesse sentido. Mas vejamos: quando os colonizadores americanos chegaram à América do Norte, queimaram seus barcos simbolicamente, querendo dizer que ali estavam e ficariam para construir uma nação. No Brasil, foi diferente, porque para cá vieram os saqueadores. O Brasil, depois, foi dividido em capitanias hereditárias, onde os capitães eram senhores absolutos, alguns independentes até do Governo Central, os quais se reportavam diretamente à Corte. Portanto, o Brasil teve formação de nação com a vinda de D. João. A partir daí começou a estruturar-se a Nação brasileira, mesmo com todos os percalços da época e com a ânsia fantástica que havia de retornar a Portugal. Veio a Independência, e o Brasil foi se estruturando como Nação, pacificando-se – sabe-se que houve movimentos contrários até à nossa Independência. Posteriormente, veio a República com os benefícios dela decorrentes, e chegamos à situação atual. Mas se analisarmos com detalhes, o Brasil, em todo esse período, evoluiu com altas disparidades regionais e com diferenças terríveis no processo de colonização. V. Exª se referiu, por fim, aos Planos que não deram certo. Esse foi o ponto fundamental do discurso de V. Exª. Nós, de um tempo para cá, temos nos preocupado apenas com a moeda. Planos de desenvolvimento efetivos, programas para reduzir as desigualdades regionais, uma política industrial e agrícola para o País, nada disso não foi cogitado. Houve apenas a preocupação com a moeda. E a moeda não é nada mais nada menos do que um valor de troca. Não havendo produção, condições para multiplicação da atividade no campo, fortalecimento da atividade industrial, dinamização do comércio, não adianta fortalecer ou enfraquecer, porque a moeda sempre será uma conseqüência. Daí a nossa dificuldade. Conseguimos, agora, a estabilização da moeda, mas com um custo social muito grande, terrível, porque o País, em todo esse período, teve a maior taxa de crescimento demográfico da América Latina. Durante um longo período – há dez anos -, tínhamos a maior taxa de crescimento demográfico de formação de miseráveis. E a economia, a passo mais reduzido, nunca conseguiu compensar esse crescimento demográfico, acarretando o empobrecimento constante. Há alguns anos tínhamos uma renda
per capita maior do que a do Japão do que a da Malásia, do que a da Indonésia, enfim, maior do que a de vários países do mundo. Aliás, quem sempre levou vantagem sobre o nosso País foi a Argentina. Com uma população pequena e uma economia agropastoril bem-sucedida, o produto interno bruto daquele país era alto. Mas o crescimento demográfico excessivo e a inexistência de uma política agrícola, industrial e de distribuição de renda têm causado esses danos, e o Brasil cada vez mais se endivida. Isso porque entrou forçadamente na aventura, porque houve o consenso de que a globalização é uma determinante. E entrou na globalização, sem que tivesse regulado a velocidade do carro. Ficou difícil, porque a globalização é uma estrada de mão única. Quem entra tem de regular a velocidade do carro; caso contrário, as conseqüências serão sérias. É o que está acontecendo no Brasil: desnacionalizamos a nossa indústria e o sistema bancário; a nossa agricultura vive ameaçada, há grande pressão internacional, há imposições externas que estão sendo obedecidas. Tudo isso é causa das dificuldades que atravessamos. V. Exª está de parabéns por abordar um assunto tão palpitante. Agradeço a V. Exª por me conceder o aparte.
O SR. NEY SUASSUNA (PMDB - PB) – Muito obrigado, nobre Senador Gilberto Mestrinho.
Se V. Exª visse o rascunho do meu discurso, iria verificar que é exatamente esse tema que eu ia abordar. Eu ia me referir ao câmbio fixo que tínhamos, que nos consumia milhões de dólares da noite para o dia. Passamos para uma posição mais cômoda, decorrente de uma decisão custosa, mas acertada do Banco Central, uma vez que agora não estamos gastando. Podemos até ter uma reserva menor – tínhamos US$70 bilhões, hoje temos US$25 bilhões, e estamos confortáveis.
Conseguimos, com essa equipe, fazer a estabilidade da moeda, e isso é algo tangível. Todos estão vendo os resultados, mas é preciso que haja uma política para as áreas agrícola e industrial, e até mesmo para a área comercial.
Não me conformo quando chego nos Estados Unidos e ouço todos falarem no café da Colômbia e não se referirem ao café do Brasil. Somos os maiores produtores de café, temos café bom e café mais ou menos. Mas, nos Estados Unidos, só se conhece o bom café da Colômbia, porque não o nosso produto comercializamos como deveríamos.
Não me conformo quando vejo a tonelada da carne da Austrália ou da Argentina ser vendida a US$6 mil, enquanto a nossa custa quase a metade. Não me conformo quando não conseguimos sequer exportar carne de porco, e até mesmo frango. O frango produzido aqui tem melhor qualidade do que o de qualquer país do mundo, porque o alimentamos com soja. Não conseguimos, hoje, o mesmo mercado que a França, porque, lá, alimenta-se o frango com peixe, o que torna o gosto diferente. Estamos perdendo espaço. Precisamos nos preocupar também com a comercialização dos nossos produtos.
Não posso me conformar ao ver uma política diferenciada para o Sudeste, para o Nordeste, para o Centro-Oeste e para o Norte, o que faz aumentar as divergências entre as regiões.
Enfatizo que a equipe econômica do Governo vem acertando na condução dos problemas que afligem o País, tem-nos tirado do mar tempestuoso em que estávamos no ano passado. Imaginem o que teria acontecido, no ano passado, se o índice da Bolsa tivesse caído 4%, como está acontecendo agora. Tudo isso me preocupa. Por isso, peço à equipe econômica do Governo que se preocupe mais com as outras áreas. É preciso haver coordenação para que o crescimento ocorra de forma homogênea. Se não houver coordenação, o corpo cresce de modo diferente. Imaginem V. Exªs se uma perna minha crescesse mais do que a outra: eu ficaria pisando de forma diferente. As duas pernas devem crescer na mesma velocidade; o corpo precisa ter uma harmonia. E, para que haja harmonia, é preciso haver algo mais que estabilidade.
Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, louvo o trabalho que a equipe econômica do Governo vem realizando. Mas peço que haja coordenação, caso contrário, não chegaremos a um porto seguro.
Ao encerrar, encareço a nós, Senadores, que sejamos mais colaboradores nas críticas construtivas. Há um problema em administração que se chama imersão. Se alguém descobriu que existe água, não foi o peixe; para ele, aquilo é o universo, ele só nota que está num meio diferente quando é tirado da água. É preciso que, de quando em vez, saiamos do nosso meio ou que alguém nos acene, mostrando que são necessários alguns retoques. E são desses retoques que precisamos. É preciso haver uma política mais definida para que o nosso País, que tem tudo para ser um galardão de tropa, o líder de um bom grupo de países, possa realmente atingir, no menor espaço de tempo e com o menor desperdício possível, maximizando as ações vantajosas e de lucro para o País, o sucesso. O sucesso que estamos tendo é parcial, mas queremos mais, queremos bater no peito e dizer: o meu País é realmente um país que está se estruturando.
Não teremos grandes oportunidades, como teve a Argentina, que se capitalizou muito na Guerra do Paraguai, ou os Estados Unidos, que se capitalizaram muito na Primeira e na Segunda Guerras. Tomara que não tenhamos nem guerra! Mas é preciso que esse povo esteja mais unido, mais homogêneo, melhor comandado, para que atinjamos rapidamente os objetivos a que toda a Nação se propõe: a satisfação de sua população e o orgulho de seus filhos.
Era o que tinha a dizer.
Muito obrigado, Sr. Presidente.
o. \p¿ G 0\pÕ @ e\par\plain\f1\fs20 E se o Brasil se render, que seja uma rendi\loch\f1\hich\f1 \'e7\'e3o consciente. N\'e3o uma trai\'e7\'e3o urdida na calada dos gabinetes. Ou que o Brasil se afirme, tamb\'e9m consciente. \plain\f0\fs20\line\par\plain\f1\fs20 Muito Obrigado \plain\f0\fs20\line\par\line\par i\loch\f0\hich\f0\u145 \'ec n @ > da Presid\'eancia da Rep\'fablica. At\'e9 o momento, quase passados dois anos, n\'e3o saiu um centavo para a sua recupera\'e7\'e3o. Ent\'e3o, o Or\'e7amento da Uni\'e3o, a pe\'e7a principal da Administra\'e7\'e3o P\'fablica, passa a ser, na verdade, uma pe\'e7a de fic\'e7\'e3o. Desejo apenas que o Ministro do Or\'e7amento e Gest\'e3o compare\'e7a \'e0 Comiss\'e3o e que se estabele\'e7a, publicamente, um debate a respeito de quem, efetivamente, est\'e1 agindo irresponsavelmente neste caso. Tenho certeza, Sr. Presidente, de que o Congresso Nacional est\'e1 agindo responsavelmente. O que o Congresso precisa, mais do que nunca, nesta quest\'e3o, \'e9 se fazer respeitar. Muito obrigado, Sr. Presidente. \par }