O SR. EDUARDO SUPLICY (Bloco/PT – SP. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Senador Geraldo Melo, Srªs e Srs. Senadores, no próximo dia 26 de julho, o maior economista brasileiro, Celso Furtado, completará 80 anos. Nasceu a 26 de julho de 1920, em Pombal, sertão paraibano, filho de Maria Alice Monteiro Furtado, de família de proprietários de terra, e de Maurício de Medeiros Furtado, de família de magistrados. Era o segundo dos oito filhos que teria o casal.  

Esse homem tem-se constituído num extraordinário exemplo de lucidez, de vida para as novas gerações e para todos nós. Tanta coisa ele nos tem deixado! Nesses últimos dias, a Sudene, por ele criada, fez um seminário em homenagem a Celso Furtado. Anteontem, na Universidade de São Paulo, durante dois dias, terça e quarta-feira, foi realizado um simpósio também em homenagem a Celso Furtado. E foi justamente perante os jovens estudantes da Universidade de São Paulo e tantos professores que Celso Furtado fez uma brilhante palestra de reflexões sobre a crise brasileira.  

Sr. Presidente, acredito que a maior homenagem que poderíamos aqui prestar a Celso Furtado seria pensarmos um pouco sobre as suas próprias palavras, na lucidez extraordinária de seus quase 80 anos.  

Gostaria de ler a palestra que Celso Furtado fez anteontem, na Universidade de São Paulo, por ocasião da homenagem que lhe foi prestada, e é prestada, certamente, por todos os estudantes e professores de todas as universidades brasileiras. Eis suas palavras:  

û