O SR. ARTUR DA TÁVOLA (PSDB - RJ. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, família do Professor Anísio Teixeira, Dr. Mário Celso Gama Lima, autoridades do Governo da Bahia, autoridades do Estado da Bahia, Srs. Prefeitos, senhoras e senhores, o Senado Federal hoje abre o seu grande expediente para homenagear os cem anos de Anísio Teixeira, a ocorrer no mês de julho. Esta sessão, portanto, dá-se no final de junho pela impossibilidade de realizá-la no dia exato do nascimento de Anísio Teixeira.  

Muito tem-se falado e escrito sobre o trabalho de Anísio, o que torna extremamente difícil buscar qualquer nova idéia sobre ele, mas, ao mesmo tempo, o que nos faz, mesmo ao repetirmos algo, traduzir a lembrança de uma figura das mais significativas do Brasil, a meu ver, no século XX.  

Darei a minha visão de Anísio Teixeira, que mistura um conhecimento pessoal profundo com a observação de quem analisa o País.  

O primeiro ponto que eu gostaria de destacar na figura e na memória do educador Anísio Teixeira é a figura do republicano. Ele viveu, na essência da sua ação, dois conteúdos da República, ou seja, a idéia republicana como tal e a idéia da democracia.  

Quando falo em idéia republicana, essa palavra soa um pouco estranha, possivelmente, já que a República parece haver sido um fato histórico tão-somente proclamado no final do século XIX.  

Anísio costumava divû