O SR. HUGO NAPOLEÃO (PFL – PI. Para uma comunicação inadiável. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Srªs. e Srs. Senadores, assomo à tribuna na tarde de hoje, por uma recomendação expressa do Presidente Nacional do meu Partido, o nosso colega, eminente Senador Jorge Bornhausen, para transmitir à Casa o teor de duas notas que a Comissão Executiva Nacional do Partido da Frente Liberal houve por bem aprovar à unanimidade de seus membros.  

A primeira diz respeito a atitudes que visam atingir o Presidente da República, e a segunda, a uma solidariedade ao Senador Romeu Tuma, diante dos constrangimentos que procuram também atingi-lo.  

São notas curtas, bem explicativas. Como quero que conste dos Anais o seu inteiro teor, tomo a liberdade de passar a lê-las.  

A primeira:  

O Partido da Frente Liberal, em reunião da Comissão Executiva Nacional, analisou o momento político e reafirmou o seu repúdio às atitudes impatrióticas dos que, a pretexto de atingir o Presidente da República, na verdade, se voltam contra o Brasil, suas realizações, suas conquistas e seu povo.  

Todos os indicadores mostram que o País começa a produzir resultados, depois do esforço que nos tirou da crise cambial, defendeu a moeda, impediu a volta da inflação e evitou a recessão econômica, recolocando o Brasil na trilha do desenvolvimento e do progresso.  

Cabe lembrar a herança recebida da dívida social com que convivemos. Mas há que se ressaltar que nas áreas críticas da saúde, da educação, da moradia, da alimentação e do emprego existem avanços concretos com reflexos mais profundos justamente nos segmentos menos favorecidos.  

Por isso, manifestamos nossa indignação quando o boato é apresentado como verdade inconteste; quando a investigação é tomada como se fora uma sentença e quando os acusadores, para brilhar na mídia, dispensam-se de produzir provas e esquecem-se mesmo do dever de procurá-las. Uma atitude deletéria que se espraia estimulada por interesses eleitorais nítidos.  

Essa não é a democracia pela qual lutamos e que temos o dever de aprimorar, em benefício dos brasileiros.  

O PFL, que ajudou a eleger e reeleger o Presidente Fernando Henrique Cardoso, conhece e respalda os esforços que ele faz para, no exercício do dever constitucional, guiar o País na direção de um grande destino. Se há questionamentos, investigações ou acusações a apurar, em qualquer área do Estado, cumpre apurá-las. Se houver culpados, certamente eles serão punidos.  

Essa é a postura firme e decidida do Presidente da República. É também o compromisso que tem o nosso Partido com a cidadania brasileira.  

Para o PFL, a outra face da liberdade é a responsabilidade. Vamos nos unir e lutar para defendê-las.  

A segunda nota:  

A Comissão Executiva Nacional do PFL, hoje reunida, solidarizou-se com o Senador Romeu Tuma, diante dos constrangimentos promovidos pelos que, com objetivos eleitorais, procuram atingi-lo na sua dignidade.  

Toda a sua vida exemplar de servidor público, cuja integridade jamais foi questionada, não pode ser manchada por acusações vagas e notícias distorcidas e mentirosas, orquestradas por seus opositores.  

O Senador Romeu Tuma recentemente cumpriu, mais uma vez, o seu dever, ao relatar, com firmeza, o processo que levou à cassação, pela primeira vez na história do nosso Parlamento, um Senador da República.  

O apoio nesta Comissão Executiva, de seus colegas da direção nacional partidária, foi manifestado unanimemente ao Senador paulista que aqui recebeu, mais uma vez, votos de êxito em sua caminhada rumo à Prefeitura de São Paulo.  

Comissão Executiva Nacional  

Brasília, 2 de agosto de 2000.  

Eram essas, Sr. Presidente, as duas notas que me cumpria, por um dever partidário, trazer ao conhecimento dos meus Pares.  

Era o que eu tinha a dizer.