Discurso durante a 128ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

- Avaliação das eleições no Estado de Mato Grosso do Sul.

Autor
Lúdio Coelho (PSDB - Partido da Social Democracia Brasileira/MS)
Nome completo: Lúdio Martins Coelho
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
Outros:
  • - Avaliação das eleições no Estado de Mato Grosso do Sul.
Publicação
Publicação no DSF de 05/10/2000 - Página 19882
Assunto
Outros
Indexação
  • AVALIAÇÃO, PROCESSO ELEITORAL, CONFIRMAÇÃO, VITORIA, REELEIÇÃO, ELEIÇÃO MUNICIPAL, DEMONSTRAÇÃO, NECESSIDADE, REFORMULAÇÃO, PARTIDO POLITICO.
  • ELOGIO, RESULTADO, ELEIÇÕES, ESTADO DO MATO GROSSO DO SUL (MS).

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O SR. LÚDIO COELHO (PSDB - MS. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, transmitirei ao Senado Federal notícias semelhantes às do Senador Ramez Tebet.

No meu Estado, o processo eleitoral serviu para confirmar o acerto da reeleição, à qual fui favorável durante toda a minha vida por entender que se trata de uma oportunidade para os Municípios, Estados e a Nação brasileira manterem no poder pessoas competentes e capazes de prestar um bom serviço à coletividade. Nos setenta e sete Municípios, os prefeitos que desempenham bem as suas atribuições - e temos um grupo bastante competente - foram reeleitos; aqueles que não o fizeram, na sua maioria, nem sequer se candidataram a ela.

As eleições também serviram para demonstrar ao meio político a necessidade da Reforma Partidária, que o Congresso Nacional tem o dever de votar, deixando de lado as pressões e os receios. Se a Nação esperar pelo que aconteceu na Inglaterra, nos Estados Unidos e em outras democracias, em que a população, com o correr do tempo, se aglutinou em torno dos partidos que melhor representavam os interesses públicos, perderá muito tempo, pois, hoje, há cerca de trinta e quatro partidos políticos em funcionamento no País.

Analisando cuidadosamente o resultado das eleições em meu Estado, cheguei à conclusão de que, de uma maneira geral, a população votou muito bem e as coisas estão se arrumando. Participei da última campanha eleitoral em diversos Municípios e observei com atenção que, nos comícios, a população permaneceu muito atenta ao que os oradores falavam, independentemente de sua graduação política. Comentei, então, com um companheiro: “Cuidado, que ainda vem chumbo grosso, porque esse povo é capaz de votar bem, independentemente de partidos e promessas políticas.” E o povo votou.

No meu Estado e no restante do País, houve uma seleção enorme dos candidatos e cerca de 50% ou 60% dos vereadores foram trocados, o que é uma coisa muito boa. No Município de Amambaí, nas últimas eleições, a população “limpou o trilho”: não reelegeu o prefeito, nem vereador algum. Agora, o processo repetiu-se e foi feita nova limpeza. Nas eleições passadas, o PT elegeu o governador em Mato Grosso do Sul, apesar de ter apenas dois prefeitos. Quer dizer, a população deixou de lado todas as lideranças, todos os prefeitos, com exceção de dois, e todos os parlamentares, com exceção de dois do PT e do Senador que lhes fala.

Eu deixei de apoiar o Presidente do meu Partido porque não estava de acordo com o rumo que o meu Estado estava seguindo. E acompanhei o povo.

Sempre brigo com aqueles políticos mais novos que fazem acordos muito bem arrumados, e lhes pergunto: “Antes de fazerem o acordo, vocês consultaram esse tal de povão?” Porque acordo sem a concordância popular não vale e não tem significado algum.

Sr. Presidente, quero demonstrar ao Senado Federal o entusiasmo de que estou possuído, pelo resultado das eleições no meu Estado. As eleições transcorreram tranqüilamente, em paz e em ordem. Não houve tiroteio em lugar algum.

Era o que tinha a dizer, Sr. Presidente. Não vou estender-me muito porque o Senador Ramez Tebet já tratou do mesmo assunto objeto de meu pronunciamento.

Muito obrigado.

 


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Este texto não substitui o publicado no DSF de 05/10/2000 - Página 19882