Discurso durante a 138ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Análise do relatório apresentado pelo Banco Mundial, no fórum sobre a pobreza, realizado em Brasília nesta semana.

Autor
Pedro Simon (PMDB - Movimento Democrático Brasileiro/RS)
Nome completo: Pedro Jorge Simon
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
POLITICA SOCIAL.:
  • Análise do relatório apresentado pelo Banco Mundial, no fórum sobre a pobreza, realizado em Brasília nesta semana.
Aparteantes
Júlio Eduardo.
Publicação
Republicação no DSF de 27/10/2000 - Página 21159
Assunto
Outros > POLITICA SOCIAL.
Indexação
  • COMENTARIO, PARTICIPAÇÃO, ORADOR, REPRESENTANTE, SENADO, SEMINARIO, INICIATIVA, BANCO MUNDIAL, REALIZAÇÃO, BRASILIA (DF), DISTRITO FEDERAL (DF), DEBATE, PROBLEMA, POBREZA, MUNDO.
  • ANALISE, DADOS, RELATORIO, BANCO MUNDIAL, SITUAÇÃO, POBREZA, MISERIA, MUNDO.
  • COMENTARIO, RELATORIO, COMISSÃO PARLAMENTAR DE INQUERITO (CPI), REALIZAÇÃO, SENADO, DIVULGAÇÃO, MOTIVO, POBREZA, BRASIL, ESPECIFICAÇÃO, FALTA, ATENÇÃO, EDUCAÇÃO, REFORMA AGRARIA, INJUSTIÇA, DISTRIBUIÇÃO DE RENDA, SISTEMA TRIBUTARIO, INSUFICIENCIA, TRIBUTAÇÃO, RIQUEZAS.
  • SUGESTÃO, PRESIDENTE, BANCO MUNDIAL, REALIZAÇÃO, REUNIÃO, NATUREZA TECNICA, SENADO, DISCUSSÃO, POBREZA, BRASIL.

O SR. OSMAR DIAS (PSDB - PR. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, eu faria um pronunciamento neste momento. No entanto, vou falar apenas alguns minutos, porque precisamos encerrar esta sessão para realizarmos a sessão do Congresso que vai votar créditos suplementares muito importantes para a agricultura familiar e para atender à questão do seguro da Cosesp. Vou dispensar parte do tempo que o Regimento me concede.

           Gostaria de fazer um registro. Terminado o primeiro turno das eleições em Curitiba e em todo o Estado, afastei-me da campanha eleitoral. Eu não estava participando da campanha na Capital, embora o meu Partido, o PSDB, tivesse definido que apoiaria o candidato Angelo Vanhoni, do PT, na capital do Paraná. Não havia participado, embora tivesse recebido convites para gravar no programa eleitoral do PT. No entanto, nesta semana, o candidato do PFL, Prefeito de Curitiba, Cássio Taniguchi, acusou os Senadores do Paraná, de forma caluniosa e mentirosa, quando afirmou que o programa de saneamento de Curitiba só não andou mais rápido porque os Senadores do Paraná foram responsáveis por segurar aqui um empréstimo por mais de 500 dias. Em vez de ter dito isso, o Prefeito de Curitiba deveria ter dito no debate que o Estado do Paraná não podia receber aqueles empréstimos, que eu era Relator na época, porque estava com a sua capacidade de endividamento esgotada. Ele deveria saber isso porque era o Secretário do Planejamento no início do Governo Lerner e um dos responsáveis por ter levado o Estado do Paraná à beira da falência, como está agora. O Prefeito de Curitiba deveria ter dito, naquele momento, que, como Secretário de Planejamento, ajudou a afundar o Paraná em dívidas, como ajudou a afundar o Banco do Estado do Paraná, que quebrou graças à onda de corrupção que varreu o Banco do Estado do Paraná. O Prefeito de Curitiba deveria ter sido honesto e ter afirmado no debate que, como Secretário do Planejamento, conhecia a situação que o Governo Lerner assumiu o Estado, uma situação invejável e elogiada em todo o país como um Estado equilibrado financeiramente e a situação em que se encontra o Estado do Paraná hoje, com uma dívida de quase R$15 bilhões, em que só o Banco do Estado do Paraná já deve mais de R$5 bilhões transferidos para o Tesouro do Estado e para a conta do povo do Paraná.

           Até agora, não havia participado dos acontecimentos, mas, daqui para frente, participarei para repor a verdade em Curitiba. Se lá estão dizendo que o saneamento não andou, isso ocorreu porque o Governador Jaime Lerner afundou o Estado em dívidas, tendo sido ajudado pelo seu Secretário de Planejamento do início do Governo, hoje Prefeito de Curitiba, pensando que o povo tem memória curta.

           Vamos recolocar a verdade. O Banco do Estado quebrou porque o Governo nomeou uma quadrilha para dirigi-lo, e até agora ninguém dessa quadrilha foi punido e nem um centavo, desviado do Banco do Estado do Paraná, foi devolvido ao povo do Estado.

           O Governador não pode continuar fazendo cara de paisagem, como se nada tivesse acontecido. E o Prefeito de Curitiba não pode agora dizer que à cidade de Curitiba não interessa o que aconteceu no Banco do Estado. Interessa, sim, porque os curitibanos também pagarão a conta da corrupção que afundou o Banco do Estado do Paraná e que foi agora a causa da venda do Banco do Estado do Paraná ao Banco Itaú por um valor muito baixo, porque só os créditos tributários que existem dentro do Banco do Estado do Paraná e as ações da Copel dão muito mais do que o valor arrecadado com a venda. Estão comemorando cinicamente, em desrespeito ao povo, a venda do Banco do Estado do Paraná, como cinicamente querem colocar a culpa nos outros pela incompetência em administrar o Estado do Paraná.

           Sr. Presidente, a verdade será recolocada.

 


Este texto não substitui o publicado no DSF de 27/10/2000 - Página 21159