Discurso durante a 141ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Críticas ao reajuste do novo salário mínimo, anunciado para o próximo ano, pelo Governo Federal

Autor
Lauro Campos (PT - Partido dos Trabalhadores/DF)
Nome completo: Lauro Álvares da Silva Campos
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
POLITICA SALARIAL.:
  • Críticas ao reajuste do novo salário mínimo, anunciado para o próximo ano, pelo Governo Federal
Publicação
Publicação no DSF de 25/10/2000 - Página 20992
Assunto
Outros > POLITICA SALARIAL.
Indexação
  • CRITICA, FERNANDO HENRIQUE CARDOSO, PRESIDENTE DA REPUBLICA, ABANDONO, PENSAMENTO, SOCIALISMO, OPÇÃO, IDEOLOGIA, LIBERALISMO, ALIENAÇÃO, SITUAÇÃO, PAIS.
  • CRITICA, POLITICA SALARIAL, GOVERNO FEDERAL, ALEGAÇÕES, AUSENCIA, FONTE, ORÇAMENTO, AUMENTO, SALARIO MINIMO, MOTIVO, EXPLORAÇÃO, TRABALHADOR.
  • REGISTRO, DADOS, REDUÇÃO, PERCENTAGEM, SALARIO, RENDA, BRASIL.

  SENADO FEDERAL SF -

SECRETARIA-GERAL DA MESA

SUBSECRETARIA DE TAQUIGRAFIA 


           O SR. LAURO CAMPOS (Bloco/PT - DF. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Sras e Srs Senadores, algumas vezes tenho ouvido de autoridades deste Governo a reclamação de que a Oposição só sabe se opor, só sabe criticar e não oferece alternativas para o Governo.

           Hoje abrirei uma exceção em minha experiência parlamentar e, pela primeira vez, em seis anos, vou aconselhar o Governo a trilhar caminhos que considero mais retos, mais elevados e conducentes a um resultado melhor, pelo menos para a maioria do povo brasileiro, que pretendo representar nesta Casa: os trabalhadores, os pobres, os marginalizados, os sem-teto, os sem-terra, os sem nada.

           É interessante recordarmos aqui, entre outras coisas, que Freud, em seu livro intitulado Totem e Tabu, afirmou que a esquizofrenia é o resultado de uma cisão, de uma ruptura criada pelos conflitos que emergem do mundo do trabalho humano.

Hoje, vou falar principalmente sobre esquizofrenia, sobre cisão, sobre ruptura. As rupturas que perseguem alguns atores, alguns autores, alguns grandes e elevados expoentes de nossa História. Ruptura, cisão, traição, covardia, afastamento do real, abandono da terra, do cotidiano, da vida real e a construção de um mundo, como diz Freud neste trecho do Totem e Tabu: “O esquizofrênico constrói um mundo acolchoado, sem atritos e sem conflitos, onde ele pode, obviamente, exercitar o seu narcisismo, a sua vontade de poder e os seus outros transbordamentos à vontade, porque lá nesse mundo acolchoado inexiste o trabalho humano”.

Pois bem, outra ruptura que nós verificamos no nosso mundo se dá entre uma posição ideológica e uma posição utópica. O Presidente Fernando Henrique Cardoso, por coincidência, não se encontra mais na terra. A essa hora, de novo, ele se encontra alienado, em viagem para algum ponto do Globo terrestre, geralmente Paris, que é o seu encantamento. O Presidente Fernando Henrique Cardoso foi um utópico anteriormente e chegou a falar sobre a utopia do real; ele foi utópico. E de acordo com Karl Mannheim, em seu livro “Ideologia y Utopia”, a utopia consiste num estado de espírito segundo o qual o pensamento produzido, o pensamento utópico, se posto em prática, na realidade, tende a transformar o mundo. O pensamento ideológico é aquele de uma classe social que traduz os interesses da classe a que pertence, os seus privilégios; uma vez posto em prática o pensamento ideológico, esse pensamento visa conservar, estabilizar a sociedade. O pensamento utópico é, portanto, um pensamento que não se encaixa no real, não se conforma com ele, traz proposições novas e revolucionárias, enquanto o outro, o pensamento ideológico, de acordo com Karl Mannheim, é um pensamento afinado, pautado de acordo com os interesses, os privilégios que decorrem de uma situação de classe.

Pois bem, o Presidente Fernando Henrique Cardoso, num momento de sua vida, foi obviamente um utópico. Ele desejava a transformação do Brasil e do mundo. Ele foi um socialista autêntico, um marxista declarado que usou - como diz ele em sua tese chamada “Capitalismo e Escravidão” - não apenas os instrumentos, o método de Marx, mas os conceitos de Marx ao longo do seu livro. E ele disse naquela sua tese que era um radical; o Presidente Fernando Henrique Cardoso se declarou um radical e usou o termo radical dentro da acepção que Marx empregou. Radical significava naquele tempo ir às raízes das coisas, e na raiz da sociedade se encontra o homem. O Presidente Fernando Henrique Cardoso, e muitos daqueles que o seguem cegamente, afirmava naquela ocasião que estava muito próximo dessa realidade humana pobre, desamparada, desempregada, aposentada, marginalizada, que caracteriza a nossa História e a nossa sociedade.

Agora outra ruptura se verifica: o Presidente Fernando Henrique Cardoso se transforma num ideólogo, mas um ideólogo bastante mudo. Antes ele era utópico e pregava a utopia aos quatro cantos, até ser aposentado aos 38 anos de idade, com vencimentos integrais - jamais foi cassado. Mas ele obviamente encontrou vários momentos de ruptura em sua tão bem-sucedida carreira e tão laureada vida. Verificamos outras rupturas: ele que se declarara, quando candidato à Prefeitura de São Paulo, um ateu, anos depois, parece que tem o joelho amolecido - e, sem treino no ritual da Igreja Católica e sem saber a hora em que deve se ajoelhar, não pode mais ver nenhum degrau que se ajoelha -, e se declara um espiritualista e não mais o materialista que conhecíamos. Essa foi outra ruptura. E, de ruptura em ruptura, de cisão em cisão, a esquizofrenia.

O Sr. Malan declarou em sua oitiva na Comissão Mista de Orçamento que a Oposição era esquizofrênica. O Ministro nunca leu nada a respeito desse assunto. Ele é um economista, economicista, mecanicista e, obviamente, muito bem treinado nos princípios que norteiam o neoliberalismo, o FMI - Fundo Monetário Internacional - e órgãos semelhantes. É lá que ele fez a sua cabeça. Se bem que quando ele diz que somos esquizofrênicos, talvez até tenha razão. Por quê? Porque Freud dizia, como citei, que trata a esquizofrenia praticamente do ponto de vista individual. São as frustrações, são essas rupturas, são essas mudanças que fazem a “esquizo+frenia”, os nervos se cortam. Então a pessoa viaja nesse mundo imaginário, na sua imaginação, e cria um mundo de equilíbrio geral, sem atritos e conflitos, sem greves, sem crises, sem nada. O mundo é criado de acordo com a mente equizofrênica e seus desejos de tranqüilidade e de paz.

Pois bem. Felizmente, depois de Freud, vários seguidores utilizaram a sua teoria de uma maneira em que o conteúdo social, o conteúdo real e as características da sociedade ficaram mais presentes na análise iniciada por Freud.

E aqui encontramos Erich Fromm, discípulo de Freud, que era também marxista. E esta unidade, esta reunião de Marx e Freud obviamente engrandeceu muito a obra de Erich Fromm. No seu livro intitulado O Medo e a Liberdade, página 125, Erich Fromm afirma o seguinte: “...que não apenas a esquizofrenia, mas também as relações sadomasoquistas...” O Presidente Fernando Henrique Cardoso já declarou inúmeras vezes - inclusive, no prefácio deste livro, As Idéias em Seu Lugar -, e repetiu há pouco tempo, que ele é um encantado consigo mesmo, que é narcisista e que se dá muito bem no Palácio com os espelhos que lá existem - não os conheço porque nunca entrei lá -, mas, diz ele, que os espelhos que existem no Palácio da Alvorada permitem que ele veja a sua imagem narcísea a todo momento. Assim está se dando muito bem.

A prova é que ele quis a reeleição incondicional e agora, seguindo a linha de Alberto Fujimori, talvez ele queira continuar lá diante dos espelhos, por mais um período.

Pois bem, esquizofrenia, narcisismo e sadomasoquismo.

As relações sociais, na sociedade de classe, na sociedade em que, como dizia o Doutor e Professor Fernando Henrique Cardoso, uma classe espolia a outra, uma classe explora a outra. Então, essas relações de classe fazem com que o sadomasoquismo deixe o seu suporte individual, deixe de ser uma relação entre um sádico e um masoquista ou entre um masoquista e um sádico, entre dois seres sadomasoquistas; deixe de ser uma relação individual para assumir um caráter global, nacional, uma relação de classe sadomasoquista.

Vou ler o trecho de Erich Fromm, que tive o prazer de conhecer há muitos anos, há várias décadas. Citei tal trecho num livro que publiquei, chamado A Crise da Ideologia Keynesiana. Não estou fazendo propaganda do livro porque sua edição está esgotada há mais de 20 anos. Não se encontra este livro para comprar. Diz Erich Fromm: “As tendências masoquistas são, amiúde, consideradas como simplesmente patológicas ou irracionais, mas, comumente, são racionalizadas”. É isso o que vamos mostrar agora o que estão fazendo no Brasil, o que esses sadomasoquistas estão "aprontando" agora; estão justamente racionalizando. De onde é que vem o dinheiro para pagar esse aumento de salário? De onde vem esse dinheiro? Perguntam para lá e para cá.

E até o Ministro Serra se encrespa com as declarações do Líder do Governo nesta Casa, o Senador José Roberto Arruda, que não tem obrigação de saber dessas coisas, pois é engenheiro. Está na Folha de S.Paulo de hoje o tiroteio do Líder do Governo no Senado, José Roberto Arruda, sobre a movimentação da Oposição e de ACM para aumentar o salário mínimo além dos 5,57% previstos no Orçamento da União:

“Falar em aumento do mínimo sem dar as fontes é discurso, e discurso não enche barriga” - Diz o Sr. José Roberto Arruda.

O Senhor Presidente Fernando Henrique Cardoso já havia dito que falar em US$100,00 por mês de salário era uma demagogia, esquecido de que ele havia prometido deixar o seu primeiro mandato, o seu primeiro reinado, com o salário mínimo de US$250,00. Naquela ocasião, ele não fazia demagogia mas prometia US$250,00. O Sr. Fernando Collor de Mello prometeu deixar o seu mandato com o salário mínimo de US$300,00. Contudo, hoje não corresponde nem aos 250, como prometeu Sua Excelência o Presidente Fernando Henrique Cardoso em sua primeira campanha, nem aos 300 prometidos, de forma desmoralizada, pelo ex-Presidente Collor de Mello.

O Presidente Fernando Henrique Cardoso quando assumiu a posição de ideólogo, de defensor do statu quo, dos privilégios existentes, abandonou a utopia do possível, para ser um ideólogo bastante silencioso. Então, agora, o que acontece? Segundo Erich Fromm, existem três tipos de tendências sádicas mais ou menos entrelaçadas: uma é para tornar os outros mais dependentes da pessoa e para fazer delas nada mais do que meros instrumentos, argila nas mãos do oleiro. Fazer do povo argila nas mãos do oleiro. Essa, de acordo com Erich Fromm, é uma das tendências sádicas que existem na sociedade e que se manifestam nas relações entre a classe dominante e a dominada.

A outra consiste no impulso não só para governar os outros dessa maneira absoluta, mas para explorá-los, usá-los, roubá-los, eviscerá-los e, por assim dizer, incorporar qualquer coisa deles que seja assimilável.

Uma terceira espécie sádica é o “desejo de fazer os outros sofrer ou vê-los sofrer”. Erich Fromm, O medo da liberdade, Zaara Editores, página125.

De onde vem o dinheiro para aumentar o salário? Então, começam a procurar o dinheiro, os alienados, aqueles que não sabem mais de onde vem o dinheiro. (Risos) Pura e completa alienação! É uma ruptura entre o real e o outro mundo para o qual eles fugiram.

O que ocorre? O Senador José Roberto Arruda afirma que falar em aumento do mínimo sem dar as fontes é discurso, e discurso não enche a barriga. Discurso não enche a barriga mas pode encher as urnas, e pode encher outras coisas...

            O Ministro José Serra, que também já foi mas não é mais, atribuiu a cogitação de onde vem o dinheiro a um “espírito de porco”. Sugeriram que Sua Excelência tirasse dinheiro de um seu ministério - do Fundo da Saúde, do Fundo da Pobreza etc. -, para aumentar o reajuste do salário mínimo; significaria “vestir um santo para desvestir outro”. De um lado, retiraria da Saúde ou da aposentadoria dos pobres ou dos velhos, para, de outro, aumentar o salário. Essa é a proposta de um Governo alienado e esquizofrênico.

Pois bem, como é que se dá essa inversão do mundo a respeito da capacidade humana de colocar o mundo de cabeça para baixo? Não é apenas Freud que mostra como isso é possível. Marx, antes de Freud, também disse que os ideólogos, como é hoje o Presidente Fernando Henrique Cardoso, em seus livros e com suas ideologias, tentam dar precisão à sua ficção e acabam invertendo o mundo de cabeça para baixo, como ocorre nas câmaras escuras.

A humanidade, durante milhares de anos, pensou que o Sol girava em torno da Terra, de modo que éramos vítimas de uma ilusão, ou seja, de uma inversão do processo. Nós não sabíamos que a Terra gira em torno de si mesma e em volta do Sol. Pensávamos que a aparência do Sol girando era igual à realidade e à essência dos fenômenos, quando não é.

De onde vem o dinheiro para aumentar o salário? Vem do próprio trabalhador. O Sr. Fernando Henrique Cardoso sabia disso, assim como os Srs. Pedro Malan e José Serra. O Sr. Fernando Henrique dizia num de seus livros o seguinte: “... que para entendermos a acumulação de capital, é preciso saber responder a três perguntas: quanto se explora; com que instrumentos se explora; e quem se explora”. Ele sabia muito bem que os explorados são os trabalhadores. Como já dizia Adam Smith, em 1776, que tudo vem do trabalho humano, toda riqueza advém do trabalho humano; não vem de outro lugar. Vem da saúde, da educação, das verbas militares? Nada disso. Os recursos para pagar o FMI, para pagar a nós, Senadores, funcionários públicos, tudo o mais advêm do dinheiro, do que é produzido pelo trabalhador. E não se entende nada da nossa sociedade capitalista extraindo-se a mais-valia sem entendê-la, como dizia Fernando Henrique Cardoso, com toda a razão. É essencial.

Então, agora, na sua fase de alienação total, na sua fase de esquizofrenia, eu sugeriria ao Governo que reunisse todos, ou o maior número possível dessas pessoas, e praticasse com elas uma terapia, que não é do tempo de Freud, não. É do tempo do Moreno, que desenvolveu um teatro como terapia, como psicoterapia.

O Presidente Fernando Henrique Cardoso, que já disse outro dia que é um artista - e continua sendo -, e celebrou que Glauber Rocha o teria convidado para ser artista em um de seus filmes, podia então aproveitar o seu conhecimento de teatro e desenvolver uma prática de teatroterapia, na técnica do Moreno. Quem sabe se assim eles voltariam a entender melhor o mundo que eles dizem que comandam e governam?

Tínhamos que perguntar não de onde vem o dinheiro para passar o salário mínimo para R$180,00. Tínhamos que perguntar como é que esta sociedade poderá roubar menos, eviscerar menos e retirar menos dos trabalhadores.

No Governo Fernando Henrique Cardoso, os trabalhadores que recebiam antes, em 1990, 45% da renda nacional, passaram a receber apenas 38%. Enquanto isso, no Japão, os trabalhadores recebem 71% e banqueiros e funcionários etc., juntos, recebem 29%.

No Brasil, os trabalhadores recebem apenas 38%. É apenas deixar mais com eles, roubar menos deles, eviscerá-los menos. Aí está de onde vêm os recursos para aumentar o salário. Vêm deles mesmos, do seu próprio trabalho, que é a fonte de todas as outras rendas e rendimentos.

De modo que o processo de alienação, de confusão, de ruptura que não permite que se entenda o mundo, leva o Governo e a sociedade capitalista e a burguesia tão bem representada nas Casas do Congresso, e até mesmo o Partido dos Trabalhadores. A força da ideologia, o poder da alienação é tão grande que até o Partido dos Trabalhadores embarca nessa “canoa furada”. Vamos lutar por R$180,00. Lutar por R$180,00? Ai, meu Deus!

No livro chamado Histoire du Japon et des Japonais, em seu segundo volume, “De 1945 aos Nossos Dias”, Edwin Reischauer, que foi o primeiro Embaixador norte-americano no Japão que sabia falar japonês, porque nasceu no Japão, escreveu que uma conseqüência não esperada do envelhecimento é o boom dos cães, moda dos animais de companhia, ligada ao aumento da solidão urbana. Tal como acontece nos Estados Unidos, os homens se desligam dos homens e preferem a companhia dos cães. Isso também acontece no Japão, e é por isso que existe este boom, a procura por cães. E um estudo do Sanwa Bank, determinou que no Japão, em 1995, um cachorro gastava, em média, 17.900 francos por ano, e um gato, cerca de 12.800 francos. Os japoneses não hesitam em lhes dar bebidas vitaminadas, vin aux vingt calories, banhos relaxantes e massagens para cães. A cesta básica de um cão no Japão é de 17.900 francos, ou seja, US$3.600 por ano. Três mil e seiscentos dólares por ano gasta um cachorro japonês, em média; ou seja, US$300 por mês. Algum trabalhador brasileiro podia duvidar na escolha, em termos de bem-estar, entre nascer um trabalhador no Brasil ou um cachorro no Japão? E, em 1945, o salário mínimo no Brasil era superior ao do trabalhador japonês! Na Austrália, o salário mínimo é de US$2.870; na França, US$1.400 agora.

Um Prêmio Nobel esteve aqui outro dia. É preciso criar o Prêmio Nobel da Mentira, porque há dois anos querem acabar com o da Economia, mas, como não acabaram ainda, deram o Prêmio Nobel a esse conferencista que estava no IBGE outro dia. Pois bem, ele disse que nos Estados Unidos não há salário mínimo. Mas pagava US$5,00 por hora trabalhada e recentemente passou para US$6,50.

De modo que vergonha mesmo é isto aí, é este salário de R$150 ou de R$180 por mês.

Não tenho dúvida alguma de que o único ingrediente capaz de melhorar um pouco e apontar algumas soluções, mesmo dentro desse quadro do capitalismo mundial em crise, seria realmente a terapêutica do moreno, o teatro, todos participando de um teatro - uma teatroterapia - a fim de que os problemas da cisão, da alienação, da ruptura fossem superados, para a nossa felicidade - nossa, dos que sofremos este Governo e suas conseqüências.

Era o que eu tinha a dizer, Sr. Presidente.


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Este texto não substitui o publicado no DSF de 25/10/2000 - Página 20992