O SR. NABOR JÚNIOR (PMDB - AC. Para um esclarecimento.) - Sr. Presidente, obrigado, procurarei situar-me dentro do que estabelece o nosso Regimento Interno.

            Em primeiro lugar, quero dizer o seguinte, Sr. Presidente: o Senador Tião Viana reafirmou aqui que, durante reunião da Bancada, eu teria feito manifestação contrária à alocação de recursos para o Estado do Acre. Eu vou lançar um repto ao Senador: se ele provar isso, na fita que gravou a nossa reunião, eu dizendo que sou contra que se passem recursos para o Governo do Estado, eu renuncio publicamente ao meu mandato. Se ele não provar, que ele renuncie ao mandato. Eu me baseio em documentos. Eu me baseio em documentos! Como ele citou que estava na fita, o próprio Coordenador disse que estava na fita, o jornal disse que estava na fita - então, eu lanço esse repto ao Senador Tião Viana: se ele provar, ou o Senador Júlio, que consta da fita da nossa reunião que eu teria dito que era contra repassar recursos para o Governo do Estado do Acre, eu renuncio imediatamente ao meu mandato; se ele não provar, ele que renuncie ao seu. Está feito o repto.

Em segundo lugar, o Senador se reportou a pessoas que acompanham a nossa coligação, o MDA. Não quis citar nomes, mas são pessoas, Sr. Presidente, que ontem eram aliadas dele, que têm registros - e eu ouvi uma gravação, na qual eram chamados de “heróis”. Existe uma fita, Sr. Presidente. E, se houver necessidade, vamos mostrá-la.

O Governador, quando era candidato, foi várias vezes à casa desse cidadão e mandou chamá-lo. Ele tem as fitas gravadas, em que o Governador dizia que ele era um herói, porque realmente implodiu a coligação, usando até Paulo Maluf para nomear uma nova comissão provisória do PPB, para seu partido não se coligar conosco. Terminamos concorrendo sozinhos e perdemos a eleição. Eles nos dividiram para triunfar. É aquela máxima de Maquiavel, que V. Exª tanto conhece.

Em terceiro lugar, a pessoa hoje aliada é a Deputada Zila Bezerra, esposa do prefeito Aluízio Bezerra, afastado duas vezes por improbidade administrativa pelo Ministério Público.

Quanto à Prefeitura de Rio Branco, o Ministério Público denunciou irregularidades na compra de medicamentos e, durante 7 meses, a municipalidade ficou sem receber um tostão, tendo o dinheiro sido repassado ao Estado. Mas, depois de recorrer à Justiça, ganhou - e o Ministério Público mandou retornar o dinheiro à prefeitura, que já o está recebendo há mais de três meses.

Quando o Ministério Público age para penalizar pessoas do PMDB, a instituição vale; mas, quando afasta o Sr. Aluízio Bezerra, duas vezes, por improbidade administrativa, não vale. Hoje a Deputada Zila Bezerra e o prefeito Aluízio Bezerra são aliados do Governador; inclusive, ela é quem faz as propostas, na reunião da bancada, em nome do Governador.

Vejam V. Exªs quem é incoerente e quem age eticamente. Vamos agir com ética? Vamos!

Se a pessoa tem antecedentes, como tem o prefeito Aluízio Bezerra, afastado duas vezes - dizem lá no Acre, a mando do Governador, porque existe uma aproximação muito grande do Ministério Público com o Governador - o Ministério Público afastou duas vezes o Prefeito Aluízio Bezerra, que hoje é aliado do Governador e do Senador Tião Viana.

Era o que eu tinha a dizer, Sr. Presidente.

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