O SR. FRANCELINO PEREIRA (PFL - MG) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, estaremos nesta sexta-feira em Sete Lagoas, Minas Gerais, em companhia do Presidente da República, Fernando Henrique Cardoso, para a inauguração da fábrica Fiat - Iveco. É a primeira planta industrial do mundo onde as montadoras Fiat e Iveco, ambas do Grupo Fiat, juntam forças para a produção de caminhões.

A um custo total de 260 milhões de dólares, a capacidade de produção da fábrica de Sete Lagoas é de 25 mil veículos por ano, sendo 16 mil Fiat Ducato e nove mil Iveco Daily, ambos os modelos já comercializados no Brasil. O caminhão Ducato terá a capacidade de três toneladas e meia, e o Iveco, de seis toneladas.

No mesmo terreno, ao lado dos galpões de montagem e pintura, foi erguida uma fábrica de motores diesel da Iveco, com capacidade para 30 mil motores por ano, suficientes para equipar os dois caminhões, serem vendidos a outros clientes ou exportados.

Recentemente, no dia 27 de setembro passado, tivemos o prazer de participar de outro evento de significação para a Fiat e a economia de Minas e do Brasil. Refiro-me a inauguração do Edifício Piemonte, erguido em Nova Lima, num dos pontos mais altos da Grande Belo Horizonte. Desde aquela data, o Edifício Piemonte abriga a sede brasileira da Fiat.

A localização é estratégica: Nova Lima está bastante próxima das maiores empresas industriais do Grupo Fiat em Minas Gerais, como a Fiat Automóveis, em Betim e a Fiat Allis, em Contagem.

Além disso, fica bem ao lado do Anel Rodoviário, que dá acesso aos aeroportos da Região Metropolitana de Belo Horizonte e às saídas em direção a São Paulo, Rio de Janeiro e outras capitais brasileiras.

O novo prédio representa um avanço na área da Tecnologia da Informação. Debaixo dos assoalhos e das paredes, há um sistema de comunicação com 170 linhas telefônicas, 744 ramais, 180 canais digitais, 1.500 pontos de computadores ligados por 180 quilômetros de cabos e 700 metros de fibras óticas, que farão a transmissão de dados, voz e imagem por todo o prédio e para fora dele. Sete meses foi o tempo que o prédio levou para ser construído.

A Fiat já teve sua sede brasileira localizada no Rio de Janeiro, e posteriormente, em São Paulo. A decisão de transferir a matriz da empresa para Belo Horizonte, atende a uma decisão estratégica, que se fundamenta no fato de que a atividade industrial do grupo italiano tem se concentrado em Minas Gerais. Porém é muito mais do que isso. Trata-se da renovação de um pacto firmado 27 anos atrás entre o Estado de Minas Gerais, na pessoa do então Governador Rondon Pacheco, e a Fiat mundial.

O documento, assinado em 1973 e denominado “Acordo de Comunhão de Interesses”, frutificou, permitindo que Minas abrigasse o segundo polo automotivo brasileiro, transformado no carro-chefe do desenvolvimento industrial do Estado.

Outras empresas automobilísticas de nível mundial, como a Mercedes-Benz, também procuraram a terra mineira - o município de Juiz de Fora - para lá produzir veículos de alta tecnologia, disputados pelo mercado internacional.

A presença do Presidente Fernando Henrique Cardoso na solenidade de inauguração da fábrica de caminhões da Fiat-Iveco em Sete Lagoas, é o testemunho eloqüente da importância que o governo brasileiro confere a essa vitoriosa parceria entre um Estado da Federação brasileira e uma indústria de dimensão mundial.

O futuro da Fiat no Brasil está, hoje, indissociável do futuro de Minas Gerais, de seu desenvolvimento econômico e social e da superação das desigualdades ainda existentes.

A inauguração das novas instalações da sede brasileira da Fiat em Nova Lima, e agora da fábrica de caminhões em Sete Lagoas, são dois exemplos que ilustram essa vitoriosa parceria que muitos frutos ainda haverão de render, em termos de novos empregos, de distribuição de renda e de crescimento econômico de Minas e do Brasil.

Muito obrigado