O SR. JUVÊNCIO DA FONSECA (PFL - MS. Pela ordem. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, cumpro, hoje, uma das mais nobres missões a mim conferidas nesta Casa. Missão importante, porque represento, aqui, praticamente a totalidade das Srªs e Srs. Senadores da República. Aqueles que deixaram de assinar o requerimento que passo a encaminhar - apenas seis - assim o fizeram especialmente em razão de sua ausência a esta Casa.

            O presente requerimento constitui uma manifestação de grata solidariedade dos membros desta Casa ao nobre e ilustre Senador José Alencar, de Minas Gerais. Diz a manifestação:

Tendo em vista as falsas acusações veiculadas a respeito do Senador José Alencar e de sua empresa, Companhia de Tecidos Norte de Minas (Coteminas), vimos repudiar o teor das acusações publicadas na revista Veja (edição de 22/11/00) e prestar solidariedade a S. Exª.

Sabemos que homens públicos estão sempre sujeitos a ataques infundados sobre suas atividades, pelo denuncismo irresponsável de pessoas ou de órgãos de imprensa que não apuram as informações com o devido rigor.

Trata-se de aleivosias a respeito de um cidadão que tem pautado sua conduta pela seriedade na direção de seus negócios privados e pela ética na sua vida pública que, embora iniciada recentemente, só honra e dignifica o nosso Senado Federal.

Seguem as assinaturas de quase todos os Senadores desta Casa.

            Sr. Presidente, o Senador José Alencar, no seu segundo ano de exercício de mandato nesta Casa, inspira em nós uma confiança muito grande. A sua presença dignifica não só esta Casa, mas especialmente todos os Senadores, principalmente por simbolizar, a esta altura, às vésperas da virada do milênio, aquela figura serena, própria de Minas Gerais, herdeira de todas as tradições éticas e morais da família, do trabalho, da solidariedade, transmitindo-nos, assim, a cada dia, uma enorme confiança, o que faz de S. Exª, hoje, um dos Senadores mais respeitados e um dos homens públicos mais honrados deste País.

            Sou seu vizinho de cadeira. Desde a primeira hora, senti no peito, no coração uma sensibilidade diferente, porque não só o seu comportamento, a sua voz, mas também a sua presença inspira confiança e serenidade - reitero. É isso que está fazendo com que o Senador José Alencar receba de toda a Casa este carinho nesta hora árdua, em que denúncias sem fundamentação, sem razão de ser, sem a devida análise dos fatos e, principalmente, sem permitir que se ouça o denunciado. São momentos difíceis de suportar, principalmente em se tratando de um dos adeptos dos princípios da seriedade, da honestidade e da solidariedade.

Sabemos perfeitamente, Senador José Alencar, que é difícil aceitar essa situação. Dessa forma, justamente para preencher um pouco dessa sua angústia, dessa sua dificuldade em vencer este momento, é que os seus Pares, os Senadores desta Casa, dizem-se presentes junto a V. Exª, estendendo-lhe a mão da solidariedade, estendendo-lhe palavras de carinho e de afeto, dizendo-lhe mesmo que os brasileiros todos, se tivessem à frente das gestões públicas homens como V. Exª, certamente este País estaria muito mais avançado.

V. Exª, hoje - sinto isso nas Minas Gerais -, é um homem que representa e simboliza a honra daquele Estado: político coerente, político presente. Temos visto também, Senador José Alencar, que, na área econômica, notadamente nas reuniões da Comissão de Assuntos Econômicos, V. Exª, didaticamente, discorre sobre as questões mais profundas deste País. Na Comissão de Assuntos Sociais, V. Exª também mostra um coração sensível à questão dos excluídos, daqueles menos beneficiados pela riqueza nacional.

Portanto, Senador José Alencar, este instante é de manifestação de nossa solidariedade à sua pessoa por esse fato lamentável ocorrido na imprensa nacional.

Pedimos, assim, à Presidência da Casa que receba este requerimento e que ele, transcrito nos Anais da Casa, constitua um marco da presença do Senado Federal neste momento do debate ético da vida brasileira.

Muito obrigado.