Discurso durante a 165ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Importância da atuação do Banco do Brasil para a Economia brasileira.

Autor
Romero Jucá (PSDB - Partido da Social Democracia Brasileira/RR)
Nome completo: Romero Jucá Filho
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
BANCOS.:
  • Importância da atuação do Banco do Brasil para a Economia brasileira.
Publicação
Publicação no DSF de 01/12/2000 - Página 23660
Assunto
Outros > BANCOS.
Indexação
  • ELOGIO, ATUAÇÃO, BANCO DO BRASIL, INVESTIMENTO, TECNOLOGIA, SERVIÇO, PEQUENA EMPRESA, MEDIA EMPRESA, COMERCIO EXTERIOR, AGRICULTURA, BRASIL, REGISTRO, DADOS, MELHORIA, RENDIMENTO, EFICIENCIA, PRODUTIVIDADE.
  • REGISTRO, ANAIS DO SENADO, CUMPRIMENTO, PAOLO ENRICO MARIA ZAGHEN, AMARURY GUILHERME BIER, PRESIDENTE, DIRETORIA, CONSELHO, BANCO DO BRASIL.

  SENADO FEDERAL SF -

SECRETARIA-GERAL DA MESA

SUBSECRETARIA DE TAQUIGRAFIA 


            O SR. ROMERO JUCÁ (PSDB - RR) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, venho hoje a esta tribuna para falar de uma empresa que deve ser motivo de orgulho para todos os brasileiros.

            Refiro-me àquele que é o maior conglomerado financeiro do País, àquele que mais investe em tecnologia e serviços, nas pequenas e médias empresas, no comércio exterior, no agronegócio brasileiro. Refiro-me ao banco que possui a maior rede de auto-atendimento da América Latina, ao banco que mais investe no Brasil. Refiro-me, evidentemente, ao Banco do Brasil.

            O Banco do Brasil é hoje, Srªs e Srs. Senadores, uma empresa em íntima sintonia com a modernidade, solidamente preparada para enfrentar os desafios colocados pela aurora do terceiro milênio.

            Com suas quase 3 mil agências e mais de 4 mil e 300 outros pontos de atendimento em território nacional, o Banco do Brasil está presente em todos os rincões do País. As 22 agências somadas aos 13 escritórios, subagências e subsidiárias localizados no exterior constituem postos avançados de apoio aos empreendedores brasileiros que trabalham para afirmar nossa presença no mercado globalizado, e representam, ademais, valioso suporte para qualquer cidadão brasileiro em viagem internacional. Nessa rede de distribuição e em suas demais unidades, o Banco do Brasil emprega um exército de quase 70 mil funcionários e mais de 12 mil estagiários, uma força de trabalho em constante processo de treinamento e aperfeiçoamento para oferecer serviços de alto padrão aos clientes.

            Atento aos efeitos da globalização e aos novos patamares de competitividade estabelecidos por esse fenômeno, o Banco do Brasil não tem medido esforços para atender aos anseios daqueles que querem ser protagonistas no processo de transformação da sociedade moderna para a globalizada. Para garantir o sucesso da empresa na economia do terceiro milênio, não basta assegurar a satisfação dos clientes. É preciso, ainda, compreender que os investidores não são simples coadjuvantes na cadeia produtiva, meros provedores de capital. Seu papel é o de verdadeiros agentes propulsores do desenvolvimento econômico.

            O Banco reconhece muito claramente a importância desse público para a consecução de seu objetivo maior, que é contribuir para o desenvolvimento do País. A partir desse reconhecimento, o Banco do Brasil busca atender às expectativas dos investidores, sabendo que, sem eles, não há como investir em produtos e serviços que garantam a satisfação dos seus clientes, não há como financiar pequenas e médias empresas que geram empregos e riquezas, não há como fomentar o crescimento da economia nacional.

            Por tudo isso, o Banco do Brasil tem-se empenhado em dar absoluta transparência aos seus negócios, política de fundamental importância no sentido de permitir o estabelecimento de relações de confiança e parceria com seus sócios. Para o Banco, a política de relações com os investidores é um compromisso espelhado em cada ato, no conjunto da administração societária.

            Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, os últimos anos têm marcado uma nova etapa na vida do Banco do Brasil. Após um período de ajustamentos, o Banco assume, cada vez mais, o perfil de uma empresa moderna, voltada para a rentabilidade, a eficiência e a produtividade.

            Com efeito, a evolução desses indicadores tem sido extremamente positiva. A rentabilidade, expressa como relação entre lucro líquido e patrimônio líquido, que chegou a ser negativa em mais de 130% em 1996, apresentou-se positiva em quase 12% no ano passado. Já a relação lucro líquido sobre receitas totais, que também chegou a ser negativa em mais de 40% quatro anos atrás, apresentou-se positiva em 2,4% em 1999. A relação entre lucro líquido e ativo total, por sua vez, foi negativa em mais de 9% em 1996 e positiva em 0,7% no ano passado.

            Entre os índices de eficiência, deve ser destacado o contínuo crescimento da participação das receitas de prestação de serviços em relação às despesas de pessoal e administrativas. Em 1999, quase 37% das despesas administrativas já foram cobertas pelas receitas de prestação de serviços, índice que, em 1995, sequer chegava aos 23%. O objetivo do Banco é chegar cada vez mais próximo do índice de 100%. Comparadas às despesas de pessoal, as receitas de prestação de serviços representaram, em 1999, quase 56%. Em 1995, o índice não chegava a 29%. A relação entre despesas administrativas e receitas operacionais caiu de 387%, em 1996, para 144%, em 1999.

            Também a produtividade da empresa obteve significativas melhoras em todos os seus itens. Observou-se tanto o aumento de receitas, lucros e depósitos por funcionário quanto a redução do número de funcionários por agência.

            Isso se deve ao crescimento das captações, à redução do número de funcionários e ao salto tecnológico realizado pelo Banco nos últimos anos. O crescimento das captações é resultado da eficaz estratégia implementada pelo BB para obter maior fidelidade de seus clientes. A redução no número de funcionários demonstra o esforço do Banco na diminuição de suas despesas administrativas. De resto, o Banco do Brasil começa a colher os frutos dos pesados investimentos em tecnologia: já são mais de 265 milhões de transações a cada mês por intermédio do auto-atendimento, o que representa 70% do total das transações dos clientes com o Banco; e já são mais de 1 milhão de clientes realizando operações por meio da Internet.

            A relação receitas de prestação de serviços por funcionário evoluiu de menos de 19 mil reais por funcionário em 1995 para mais de 40 mil reais por funcionário em 1999. A relação lucro líquido por funcionário evoluiu de um prejuízo de 88 mil reais por funcionário em 1996 para um lucro líquido superior a 12 mil reais por funcionário em 1999. A relação entre depósitos e funcionários foi de 488 mil reais por funcionário em 1995 para mais de 1 milhão de reais por funcionário em 1999. Em 1997, as despesas de pessoal representavam 82 mil reais por funcionário; em 1999, pouco mais de 72 mil reais. O número de funcionários por agência caiu de 31,5 em dezembro de 1995 para 24,5 em dezembro de 1999.

            Esses números evidenciam, Srªs e Srs. Senadores, que, quando falamos de uma empresa rentável, eficiente e produtiva, não estamos, em medida alguma, fazendo frase de efeito.

            Na verdade, a força da presença do Banco do Brasil no mercado financeiro nacional é impressionante. Se, em dezembro de 1996, o Banco já custodiava mais de 6 milhões de contas correntes, em dezembro do ano passado, esse número ascendia a mais de 11 milhões. Nesse mesmo período, as contas de poupança passaram de 4 milhões e oitocentas mil para 6 milhões e quinhentas mil; e as aplicações em CDB e RDB, de 90 mil para 1 milhão e duzentas mil. Uma evolução superior a 1.300%!

            Já o parque computacional da empresa não é menos impressionante. A capacidade de armazenamento de seu mainframe supera os 19 terabytes, enquanto a capacidade de processamento vai a quase 9 bilhões de instruções por segundo. O número de terminais de auto-atendimento saltou de 2 mil e 600 no final de 1995 para quase 25 mil no final do ano passado, e o percentual de transações efetuadas por intermédio do auto-atendimento passou de 37% para 70% no mesmo período. Com a evolução dessa modalidade de serviço, o número de cartões de débito emitidos pelo Banco passou de 2 milhões e 600 mil em 1996 para 10 milhões e 500 mil em 1999. Esse quadro reflete os investimentos em automação bancária, que, somente no período 1997-1999, superaram 1 bilhão de reais.

            Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, é com essa política de investir na modernização de seus serviços, de estabelecer uma relação de confiança e de parceria com os investidores que o Banco do Brasil conseguiu registrar, no ano passado, um aumento dos depósitos a prazo da ordem de 23%, dos depósitos em poupança de 7% e dos depósitos à vista de mais de 14%. Isso bem demonstra o resultado positivo obtido pelas agências do Banco no esforço para incrementar os negócios. Em contrapartida, a redução das captações em mercado aberto, da ordem de 16%, evidencia a menor necessidade do Banco de se financiar junto ao mercado, devido à melhoria na liquidez.

            Hoje podemos, com toda a tranqüilidade, afirmar que o Banco do Brasil é uma empresa no gozo de excelente saúde econômico-financeira, uma instituição dinâmica e moderna, plenamente ajustada para operar no mercado do novo milênio, um mercado cada vez mais competitivo, informatizado, ágil, virtual.

            Deixo, portanto, registrados nos Anais da Casa meus cumprimentos à Diretoria e ao Conselho de Administração do Banco do Brasil, nas pessoas de seus Presidentes, respectivamente Doutor Paolo Enrico Maria Zaghen e Doutor Amaury Guilherme Bier, pelo magnífico trabalho que vêm desenvolvendo à testa dessa instituição tão cara a todos os brasileiros.

            Era o que tinha a dizer.

            Muito obrigado!


            Modelo112/20/244:14



Este texto não substitui o publicado no DSF de 01/12/2000 - Página 23660