O SR. RAMEZ TEBET (PMDB - MS. Pela ordem. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, como Presidente do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar, é desnecessário afirmar à Casa que vamos aguardar o laudo, conhecer integralmente os fatos, para que o Conselho de Ética possa dar continuidade a um trabalho que já vem realizando.

Todavia, Sr. Presidente - não quero fazer nenhum sensacionalismo, todos conhecem a minha maneira de ser -, vejo falar, e já fui indagado por aí a respeito, que “a corda sempre arrebenta do lado mais fraco” e que as pessoas, às vezes, ficam sem segurança. Não quero acreditar em nada disso. Declarei mesmo a muitas pessoas, que me perguntaram sobre o fato de que o Conselho de Ética e Decoro Parlamentar tem por finalidade apenas analisar a conduta de parlamentar e não a de funcionários do Senado da República, que, sem dúvida, se esses funcionários tiverem que depor, irão fazê-lo. Eles têm a minha palavra de que irão depor dentro de um clima da mais absoluta serenidade e tranqüilidade, como aliás têm sido as reuniões do Conselho de Ética. Não precisam ficar atemorizados, porque tanto o Presidente do Conselho de Ética como a Mesa do Senado naturalmente lhes darão as garantias necessárias.

Muitos podem estar questionando se esse é ou não o momento de fazer declarações. Todo mundo está dizendo que o momento é grave. É claro que é grave! Por isso mesmo, não devemos deixar para amanhã aquilo que sentimos que devemos fazer agora, quero dizer, dar tranqüilidade à parte mais fraca, que é a dos funcionários do Senado da República. Os Senadores ocupamos a tribuna a toda hora, a todo momento para dar explicações, e os funcionários não têm essa condição. Mas eles podem ficar absolutamente tranqüilos. Esse é o apelo e as considerações ligeiras que faço nesta hora e oportunidade de solidariedade aos funcionários do Senado da República.