O SR. EDUARDO SIQUEIRA CAMPOS (PFL - TO) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, há duas semanas referia-me desta tribuna sobre a realização de Fóruns na cidade de Araguaína, onde se haveria de discutir um projeto de Ecoturismo para o Bico do Papagaio.

Notícia publicada no Jornal do Tocantins, obriga-me a retornar ao assunto, agora me referindo a outra região de singular importância ecoturística de meu Estado: o Jalapão.

Para o Jalapão está se deslocando uma expedição liderada pelo Ibama, com a participação do Governo do Estado, ONG’s e Universidades, para realizar amplo trabalho de reconhecimento e mapeamento da área, ponto de referência do Ecoturismo regional, na divisa leste do Tocantins com a Bahia e o Piauí.

Faço a leitura, Sr. Presidente, da notícia publicada no prestigioso Jornal do Tocantins, para que fique registrada nos Anais desta Casa, e o Brasil possa tomar conhecimento dessa área encrostada no encontro do Nordeste, do Leste e em sua transição com a Amazônia, e que já há bastante tempo vem despertando o interesse de pesquisadores, cientistas e de todos aqueles que se interessam por descobrir a riqueza da biodiversidade existente neste nosso fascinante País.

Leio o que escreve o Jornal do Tocantins em reportagem do jornalista Jorge Gouveia:

Até hoje somente sete expedições científicas estiveram na região. A primeira foi do botânico George Gardner, em 1846, seguida pelo engenheiro James Wells, em 1886. Em 1909 foi a vez do geógrafo Apolinário Frot e em 1926 a região foi visitada pela Coluna de Luís Carlos Prestes. O engenheiro Agenor Augusto de Miranda esteve na região em 1930 e em 1934 foi a vez do médico Júlio Paternostro. Giolvandro Simas esteve na região em 1942, sendo que a última expedição científica que percorreu a região foi do próprio Ibama, em 1993.

A atual expedição é uma das maiores em diversidade de profissionais que já visitaram a região e a meta é deixar o Jalapão com possibilidades de desenvolver o Ecoturismo sustentável, sem degradar a natureza, riquíssima, existente na região. Cabe ainda ressaltar que o Governo do Tocantins criou a Área de Proteção Ambiental (APA) no ano passado e o Parque Estadual do Jalapão com o objetivo de ordenar o turismo na região.

Entre os componentes da expedição, batizada com nome de Gilvandro Simas Pereira, engenheiro responsável pela determinação da divisa dos Estados de Goiás (atualmente Leste do Tocantins), Bahia, Piauí e Maranhão, em 1942, estão geógrafos, biólogos, botânicos, arqueólogos, engenheiros florestais e técnicos especializados do Ibama, Universidade de Brasília (UNB), Conservation International, Secretaria de Planejamento do Governo do Tocantins (Seplan), Instituto Natureza do Tocantins (Naturatins) e Universidade do Tocantins (Unitins).

Considerada uma das três áreas prioritárias de conservação do Cerrado Brasileiro, o Jalapão está situado em uma área que engloba cerca de 30 Municípios ente os Estados do Tocantins, Maranhão, Piauí.

Entre os Municípios mais próximos, onde será realizada a expedição, estão Mateiros, a 341 quilômetros de Palmas, Ponte Alta do Tocantins, a 189 quilômetros da Capital e São Félix, distante 386 quilômetros.

A reserva ocupa uma área total de 34 mil Km².

Até aqui a reportagem do Jornal do Tocantins.

            Espero, Sr. Presidente, ao dar conhecimento a esta Casa do que ocorre numa das mais fascinantes regiões do meu Estado, ter contribuído para despertar a consciência para a importância da ocupação responsável e sustentada desse novo Brasil, onde o desenvolvimento acontece.

Terei que voltar ao assunto, Sr. Presidente, para que cada vez mais o País tome conhecimento de si mesmo e das potencialidades de que dispõe para se transformar no grande país com o qual todos sonhamos.

Muito obrigado.