Discurso durante a 63ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

CONSIDERAÇÕES SOBRE O PRONUNCIAMENTO FEITO PELO DR. RONALDO DIMAS, PRESIDENTE DA FEDERAÇÃO DAS INDUSTRIAS DO ESTADO DO TOCANTINS - FIETO, DURANTE COMEMORAÇÃO DO DIA NACIONAL DA INDUSTRIA.

Autor
Eduardo Siqueira Campos (PFL - Partido da Frente Liberal/TO)
Nome completo: José Eduardo Siqueira Campos
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
DESENVOLVIMENTO REGIONAL.:
  • CONSIDERAÇÕES SOBRE O PRONUNCIAMENTO FEITO PELO DR. RONALDO DIMAS, PRESIDENTE DA FEDERAÇÃO DAS INDUSTRIAS DO ESTADO DO TOCANTINS - FIETO, DURANTE COMEMORAÇÃO DO DIA NACIONAL DA INDUSTRIA.
Publicação
Publicação no DSF de 01/06/2001 - Página 10902
Assunto
Outros > DESENVOLVIMENTO REGIONAL.
Indexação
  • ANALISE, PRONUNCIAMENTO, RONALDO DIMAS, PRESIDENTE, FEDERAÇÃO, INDUSTRIA, ESTADO DO TOCANTINS (TO), AVALIAÇÃO, SITUAÇÃO, ENERGIA ELETRICA, AUSENCIA, POSSIBILIDADE, RISCOS, ATIVIDADE INDUSTRIAL, MOTIVO, CONSTRUÇÃO, USINA HIDROELETRICA.
  • REGISTRO, ESFORÇO, GOVERNO ESTADUAL, ESTADO DO TOCANTINS (TO), INCENTIVO, INDUSTRIA.

O SR. EDUARDO SIQUEIRA CAMPOS (PFL - TO) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, foi comemorado na semana passada o Dia Nacional da Indústria. Nas comemorações do evento o Presidente da Fieto - Federação das Indústrias do Estado do Tocantins, Ronaldo Dimas, declarou em seu pronunciamento que “nem mesmo o Plano de Racionamento de Energia Elétrica vai impedir o crescimento industrial do Tocantins continue”.

E justificou: “O Tocantins oferece segurança no fornecimento de energia: qualquer empreendedor que queira investir no setor industrial do Estado terá a certeza de que não ocorrerá este tipo de risco”.

O Presidente da Fieto se referia não apenas ao fato de que na quase totalidade do Estado a energia do Tocantins é gerada por Tucuruí e pelo projeto executado pela Celtins com o Governo do Estado de disseminar pequenas usinas nas diversas regiões do Estado, mas, principalmente em função da breve entrada em fase de geração da Usina Luís Eduardo Magalhães e do esperado início das obras das demais usinas hidrelétricas a serem construídas no rio Tocantins e a que me referi em discurso pronunciado na semana passada.

Referia-se, ainda, o Dr. Dimas, ao significado da construção do linhão e da necessidade da duplicação de sua capacidade de transmissão, não apenas como forma de injetar reforço de energia elétrica no Sistema Furnas, mas de interligar o próprio sistema energético do Tocantins e viabilizar a ampliação contínua das redes locais de transmissão, com garantia de capacidade de fornecimento.

Graças a essas perspectivas, que só tendem a ampliar-se nos últimos 5 anos, o setor industrial no Estado do Tocantins cresceu em torno de 40%, crescimento que tende a aumentar na medida em que se conclua a infra-estrutura, não apenas de energia, mas de transporte, por meio da Ferrovia Norte-Sul e da Hidrovia Araguaia-Tocantins, enquanto o próprio Estado se prepara, “por meio da instalação de distritos industriais e ecoindustriais”, ressaltou o Presidente da Fieto.

Em números reais - o Estado do Tocantins que antes de sua criação praticamente desconhecia a atividade empresarial moderna, no ano de 2000 possuía 429 empresas industriais, contra 204, em 1995, 1382 empresas comerciais contra 1049; e 2193 empresas de serviços contra 1167, todas respectivamente nos anos de 1995 e 2000.

Devo dizer ainda que, contrariamente ao que acontece no Brasil, onde tem crescido a informalidade, no Tocantins o número de empresas informais proporcionalmente vêm diminuindo. Assim é que, enquanto em 1995, 54% das empresas estavam na informalidade, este número decresceu, em 5 anos, para 44,2%.

Sei que este é ainda um número elevado, mas o decréscimo havido revela um esforço do Governo do Tocantins e do próprio empresariado, inclusive por meio de suas Associações de Classe, no sentido de apoiar, com instrumentos próprios, de apoio técnico e de incentivos especiais, a racionalização e a formalização da atividade empresarial do Estado.

Deve ser realçado também a contribuição trazida pelo Sebrae, e de um modo especial pelos sistemas Senai, Sesc e Senar, na capacitação de mão-de-obra e na difusão de melhorias técnicas e tecnológicas nos respectivos setores.

Devo cumprimentar, Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, os devotados pioneiros, que em cada setor da atividade econômica, e especialmente no setor industrial, pelo seu dia, vem pondo os alicerces para uma nova economia, forte e sustentável.

Creio poder dizer ao País que o Estado do Tocantins, neste momento de segurança, constitui, sem dúvida, graças a seus recursos naturais e a infra-estrutura disponível, uma boa alternativa de investimento.

Muito foi feito, mas muito ainda se há de fazer. Estejam certos os brasileiros que estamos apenas começando, mas que o Tocantins oferece a segurança de um Estado cujo caminho é crescer, e junto fazer crescer os que nele acreditam.

Muito obrigado.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 01/06/2001 - Página 10902