O SR. GERALDO MELO (Bloco/PSDB - RN. Para uma comunicação inadiável. Sem revisão do orador.) - Sr.ª Presidente, pedi a V. Exª a minha inscrição para fazer uma comunicação a esta Casa.

No dia de hoje, instalou-se, em Natal, uma conferência da Organização Mundial do Turismo, reunindo, ali, autoridades e lideranças da indústria turística de todo o mundo.

Quero saudar esse evento, da maior importância para o meu Estado, que, hoje, está incluído seriamente, e de maneira importante, na indústria turística do Brasil, e também quero saudar o nosso País, pois a indústria turística ganhou aqui uma grande importância nos últimos anos.

Em 2000, o Brasil recebeu 5,6 milhões de turistas. Como área de turismo receptivo, houve, em três anos, crescimento de 34% no volume total de turistas que visitam o nosso País. O que indica duas coisas: que se moderniza a forma como se apresenta a imagem do Brasil no exterior e que se moderniza a forma como se administra o problema, internamente, no Brasil.

            Há um grande caminho pela frente, um caminho promissor e importante, na medida que se espera que, ao atingirmos de 6 a 6,4 milhões de turistas ao ano, isso assegure ao País uma receita cambial da ordem de US$5,5 bilhões anualmente. Mas, dizia eu, há um grande caminho a ser percorrido.

            A comparação do número total de turistas que visita o Brasil com o mesmo número na França, por exemplo, mostra a que distância nos encontramos. A França, em 1999, recebeu 71 milhões de turistas; a Espanha, 52 milhões; os Estados Unidos, 47 milhões. Mas, embora haja essa diferença de patamar entre o nosso País e países como a França, a Espanha e os Estados Unidos, deve-se registrar que, enquanto experimentamos um crescimento de 34% em três anos, o crescimento da indústria turística, em 1999, em comparação com 1998, na França, foi de apenas 2%. Nos Estados Unidos, de pouco mais de 1%. O que sugere que, ali, o potencial turístico está atingido, enquanto nós temos todo um enorme potencial a ser explorado, não apenas no turismo convencional, do visitante que vem conhecer o País, que vem passear, mas nas atividades do chamado “turismo comercial”. Sendo de notar, por exemplo, que a cidade do Rio de Janeiro, como sede de congressos e convenções, passou do 30º lugar no mundo para o 12º, ultrapassando, por exemplo, Paris, Londres e Roma. Esse avanço da cidade do Rio de Janeiro arrastou consigo, beneficamente, a posição do Brasil, que ocupava o 19º lugar e hoje ocupa o 14º.

Ao fazer este registro em torno do evento que ocorre hoje em Natal, quero também dar o meu aplauso à iniciativa do Governo Federal de unificar, em um único Ministério, as atividades esportivas e as atividades turísticas, olhando o turismo como uma indústria capaz de contribuir, de forma acelerada, para a geração de emprego e de renda no Brasil e olhando as atividades esportivas como atividades que têm uma interface com o turismo, mas que, num país com o nível de distribuição de renda como o do Brasil, podem ser consideradas, de parte do Governo Federal, como um programa que se insere nos programas sociais do Governo, pela contribuição que proporciona à saúde, à educação, à vitalidade e à sanidade do desenvolvimento da nossa juventude.

Saúdo, portanto, o trabalho que faz à frente da Embratur o seu Presidente, Caio Luiz de Carvalho, que, com grande competência, seriedade e firmeza, vem liderando esse processo no Brasil há muito tempo. Saúdo a forma competente e séria como o Ministro Carlos Melles, à frente do Ministério do Esporte e Turismo, vem se comportando, racionalizando a programação governamental e incorporando ao esforço do Governo um grande e competente esforço da iniciativa privada e da indústria do turismo.

Saúdo daqui a minha cidade de Natal, saúdo o trade turístico em Natal e saúdo, acima de tudo, os novos tempos que vive no Brasil a indústria do turismo, sob a liderança do Ministério do Esporte e Turismo e da liderança da Embratur.

Era a comunicação que eu tinha a fazer, Sr. Presidente.

Muito obrigado.