Discurso durante a 71ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

POTENCIAL DO BRASIL E SUAS MAZELAS SOCIAIS, DEFENDENDO MAIS INVESTIMENTOS EM INFRA-ESTRUTURA PARA O COMBATE A SECA NO NORDESTE E PARA O FORTALECIMENTO DA EDUCAÇÃO. DEFESA DO ESTREITAMENTO DO INTERCAMBIO COMERCIAL DO PAIS COM A LIBIA E UCRANIA.

Autor
Ney Suassuna (PMDB - Movimento Democrático Brasileiro/PB)
Nome completo: Ney Robinson Suassuna
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
GOVERNO FEDERAL, ATUAÇÃO. IMPRENSA.:
  • POTENCIAL DO BRASIL E SUAS MAZELAS SOCIAIS, DEFENDENDO MAIS INVESTIMENTOS EM INFRA-ESTRUTURA PARA O COMBATE A SECA NO NORDESTE E PARA O FORTALECIMENTO DA EDUCAÇÃO. DEFESA DO ESTREITAMENTO DO INTERCAMBIO COMERCIAL DO PAIS COM A LIBIA E UCRANIA.
Aparteantes
Romero Jucá.
Publicação
Publicação no DSF de 13/06/2001 - Página 13039
Assunto
Outros > GOVERNO FEDERAL, ATUAÇÃO. IMPRENSA.
Indexação
  • CRITICA, FALTA, INVESTIMENTO, EDUCAÇÃO, SEGURANÇA, INFRAESTRUTURA, PESQUISA.
  • CRITICA, ATUAÇÃO, IMPRENSA, EXCESSO, DIVULGAÇÃO, PROBLEMAS BRASILEIROS.
  • NECESSIDADE, UNIÃO, GOVERNO FEDERAL, POPULAÇÃO, DESENVOLVIMENTO, BRASIL.
  • CRITICA, GOVERNO FEDERAL, FALTA, APOIO, INTERCAMBIO COMERCIAL, PREJUIZO, EXPORTAÇÃO.

O SR. NEY SUASSUNA (PMDB - PB. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, duvido que algum brasileiro não queira que este País seja espetacular e que tenhamos uma Educação de Primeiro Mundo. Trata-se de um item que exponencia todas as outras potencialidades do homem. Quem tem educação alimenta-se melhor; possui melhores hábitos de higiene e preserva, portanto, a saúde; veste-se melhor, protegendo-se das intempéries. Vive melhor. A Educação é imprescindível. Todos nós gostaríamos de que pudéssemos oferecer uma Educação fabulosa.

Sonhamos com um Brasil onde a Justiça seja ágil e igual para todos; uma Justiça que pune os erros e protege o inocente, seja quem for. Queremos um País onde reine a paz, onde reine permanente a paz - em toda a extensão da palavra paz. Queremos uma população que goze de boa saúde, crianças bem-nutridas, crianças que mantenham sua dentição permanente até a idade adulta, Sonhamos viver em um País onde não haja doenças endêmicas nem pessoas em filas quilométricas dos hospitais, um País onde a saúde seja direito do cidadão e dever do Estado.

            Todos gostaríamos de eternizar aquele momento em que Guga ganhou o torneio e nós nos sentimos orgulhosos de sermos brasileiros. Todos queríamos um Brasil que não estivesse, como diz um verso do nosso hino, “deitado eternamente em berço esplêndido”, mas estivesse atento, trilhando o seu caminho, erguido, buscando na globalização o seu espaço. Gostaríamos de um País, Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, que aproveitasse todas as suas vantagens relativas.

Este é um País incrível, que tem 20% da água do mundo, uma enorme quantidade de terras aráveis, uma extensão de costa que permite a pesca em quantidade e lagos e rios que favorecem a piscicultura. Não há no Brasil as tragédias que ocorrem no resto do mundo - um inverno rigoroso, vulcões, tufões, maremotos, terremotos, ciclones. Nada disso existe neste País.

Gostaríamos que o Brasil exponenciasse seus recursos, a fim de que seus filhos fossem cada vez mais ricos e houvesse mais trabalho; que se investisse na pesquisa e na tecnologia, uma vez que, neste mundo globalizado, manda quem domina a tecnologia.

Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, tenho certeza de que todos queríamos um País onde reinasse a segurança e o cidadão pudesse sair a qualquer hora sem ser assaltado, e as jovens sem serem estupradas, onde não houvesse violência.

Todos nós sonhamos, Sr. Presidente, Srs. Senadores, com um país sem fome, em que todos tivessem alimentos à vontade - isso era algo que todos nós queríamos; um país onde não houvesse sede. Detemos 20% da água do mundo, e, no entanto, Sr. Presidente, temos áreas sem água para se beber. Sonhamos com um país que exporte cada vez mais bens, pois, com toda esta potencialidades, o Brasil exporta menos que a Coréia, menos Taiwan. Quisera viver em um país, onde, se Deus permitisse, houvesse trabalho para todos. Não é o que vemos. Almejamos um país com boas estradas, bons hospitais e boas escolas. Esse era o país que todos nós, no íntimo, gostaríamos de ter.

E o que temos?

Um país que ainda faz Educação de verniz: estendemos a educação, mas não a aprofundamos. Por exemplo, saber o coletivo de borboleta não tem nenhum valor prático. Para que saber - e duvido que saibam - o coletivo de borboleta que é panapaná. Mas é uma questão de vestibular. Outro exemplo de pergunta do vestibular é saber o nome do escrivão da frota de Fernão de Magalhães. Quem quer saber disso?

Temos uma cultura enorme em extensão, mas sem nenhuma profundidade - mania da cultura ibérica. Ouvimos dizer que todos sabem ler e escrever. No mundo globalizado de hoje, quem sabe só ler e escrever é analfabeto. É preciso conhecer tecnologia. É preciso, com certeza, saber manipular computadores.

Queríamos que a nossa Justiça não estivesse esclerosada, sufocada, como sabemos que está; queríamos que a Justiça tivesse recursos para fazer a informatização, o que não tem. Outro dia, fui às Varas da Justiça Federal e fiquei impressionado. São milhões de processos. Não há juiz no mundo capaz de fazer o que se espera dos juízes brasileiros. O mesmo ocorre na Justiça do Trabalho e mesmo na Justiça Comum: os juízes vivem em meio a uma avalanche de processos. E há distorções. Cuida-se do processo, mas não do mérito. Quando menos se espera, o culpado está solto e o inocente está preso. É realmente difícil ficarmos felizes com uma situação dessas.

Embora queiramos um País de paz, o que vemos, no Brasil, é o crescimento da violência. Antes era o Comando Vermelho, agora é o PCC -- Primeiro Comando da Capital, que está tomando conta. A nossa Polícia está sendo derrotada por pequenos grupos que se arvoram em unidades de comando e, de repente, são capazes de enfrentar a Polícia, a ordem constituída, a sociedade e tudo o mais.

Gostaríamos de um País que desse orgulho a cada filho. Mas, às vezes, temos vergonha de ser brasileiro. Quantas vezes tive vergonha! Semana passada, fui ao Nordeste e vi populações inteiras à mercê de uma cesta básica contendo cinco quilos de feijão, cinco de farinha, um pouco de farinha de milho e dois quilos de sal. É duro presenciarmos um irmão nosso numa situação dessa em pleno século XX. Na região amazônica, a situação não é diferente. Lá também, mesmo nas capitais, encontramos caboclos com doenças endêmicas que já deviam estar erradicadas.

Gostaríamos de ter orgulho dos fatos positivos. Mas a imprensa destaca os fatos negativos. O Brasil passou anos como primeiro colocado na lista de futebol. Ninguém destacou o fato. Mas foi primeira página nos jornais, quando o Brasil perdeu a primeira posição. No mês seguinte voltou à primeira posição. Ninguém mencionou.

Ninguém destaca os fatos positivos. Mas os fatos negativos merecem a primeira página dos jornais. Não entendo o que se passa com a nossa imprensa.

Com relação às cidades, tomemos como exemplo o Rio de Janeiro. Cidade linda, talvez a mais linda do mundo. Talvez não, é a mas linda do mundo. Mas a própria imprensa do Rio de Janeiro decanta suas desvantagens todo dia, toda hora, ajudando seus concorrentes, que não possuem a sua beleza, a alegria, o sol, as praias, as matas. Em outras cidades a imprensa até mascara os problemas. Nós não! Nós promovemos as nossas mazelas. Dá impressão de que gostamos mesmo de abrir as nossas entranhas e mostrar as nossas vísceras para o mundo todo. Não sei, mas essa é uma espécie de masoquismo nosso. E não entendo como Cancún e Cozumel, cidadezinhas do México, têm exportação equivalente a um terço da nossa. Um país do tamanho do nosso para exportar quase nada.

Fico impressionado quando observo os números de Taiwan, onde estive um dia desses. São 22 milhões de pessoas e US$900 bilhões já aplicados do bolso deles na Ásia. Eles têm cerca de US$120 bilhões no bolso para aplicar. Lá as construções são muito pobres, no entanto, é impressionante o volume das exportações. Eles trabalham de uma forma tal, que a China tem respeitado. Só na China, eles aplicaram US$60 bilhões, nos últimos anos. E nós só temos dívida, um país de dimensão continental, com uma enorme população. Não exportamos nem perto do que poderíamos.

Não consigo entender como nós, na área de pesquisa, Srªs e Srs. Senadores, temos 30 patentes registradas num ano, contra 26 mil de um país da Europa ou quase 100 mil dos Estados Unidos. Não dá para entender.

Temos uma quantidade enorme de universidades, mas só agora criamos os Fundos de pesquisa. E mesmo tendo sido criados por este Congresso, só um deles, o Verde-Amarelo, tem 1,5 bilhão parado, guardado, porque a equipe econômica não deixa usá-lo. Não sei aonde querem chegar.

Se formos analisar o quesito segurança, veremos insegurança por toda parte. Há insegurança nos locais que eram seguros até há poucos dias. E vemos que, muitas vezes, os próprios órgãos que deveriam fazer segurança são geradores de insegurança.

Falei que queríamos ter um País sem fome, e o que vejo? Populações inteiras do Brasil, milhões de pessoas passando fome, num país que tem um solo incrível e que poderia estar produzindo três, quatro vezes o que está produzindo hoje. Mas não temos uma política agrícola. Falei que todos gostaríamos de ter um país sem sede, e verificamos que no Nordeste só agora começam a chegar os carros-pipas. São 14 milhões de pessoas sem água; cidades, como acontece no meu Estado, em que não há água para beber já há dois anos e meio. Há várias cidades nessa situação, mas hoje volto a falar de Serra Branca, que há dois anos e meio está bebendo água de carro-pipa. Começou recebendo cem carros-pipas por dia, mas a Prefeitura foi diminuindo a quantidade, porque foi acabando o dinheiro. Hoje são 25 carros-pipas por dia, o que equivale a uma lata de 20 litros para cada família. Pensem os senhores que me estão ouvindo: o que são vinte litros de água, para uma família, por dia? É assim que temos tratado alguns irmãos. E por quê? Porque não fazemos obras estruturantes. O Governo do Estado tem feito tudo o que pode, mas não consegue fazer tudo sozinho. Isso tudo num País que, com toda certeza, poderia oferecer trabalho para todos. Temos tudo para isso se concretizar.

Não consigo entender, por exemplo, como até hoje, Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, não temos casa decente para todos os brasileiros. Temos terreno? Temos. Temos barro para fazer tijolo? Temos. Temos barro para fazer telha? Temos. Temos pedra para fazer alicerce? Temos. Temos gente sem trabalho? Temos. Será que não conseguimos nos mobilizar para fazer casa para todos? Não conseguimos. Entra ano, sai ano; entra Governo, sai Governo, e milhões de brasileiros ainda moram em casas de taipa, vulneráveis aos barbeiros e, conseqüentemente, à doença de Chagas, ou debaixo de viadutos, formando aquela legião de pessoas sem rumo, sem destino, sem futuro.

Às vezes pergunto-me de quem é a culpa. Pela nossa tradição, a culpa é do Governo. Sempre o culpamos. Mas pergunto: será que é somente do Governo? Será que cada um de nós, não só nós políticos, mas cada um que me ouve, tem feito a sua parcela? Será que cada um tem procurado melhorar um pouco? Será que as mães têm ensinado aos filhos tudo o que deveriam? E quando digo tudo o que deveriam, digo ser trabalhador, estudar, ser respeitador, não apelar para a violência. Não é isso que temos visto acontecer. O País, a cada dia, seja pela televisão, pelo rádio, quebra mais as normas morais. E preocupo-me com o nosso futuro.

Não sei aonde vamos chegar. Mas sei que cada um de nós, cada um dos que estão me ouvindo tem sua parcela de responsabilidade, embora todos a atribuamos ao Governo. Dizemos: “O Governo é o responsável. Vamos esperar que ele faça isso ou aquilo”. Pergunto: e o que é o Governo? É apenas a representação daquilo que elegemos para governar o País. E o que é um país? É o somatório das casas que formam as ruas. E em cada casa deve haver uma família - um homem, uma mulher, filhos, alguns ancestrais. Somadas as ruas, forma-se um bairro; somados os bairros, forma-se uma cidade; somadas as cidades, forma-se o Estado; os Estados, somados, formam a Nação. Ainda assim atribuímos a culpa ao Governo, como se todo mundo não tivesse culpa, mas ela fosse única e exclusivamente desse ente chamado Governo Federal, Estadual ou Municipal.

É hora de cada um de nós colocar a mão na consciência e começar a pensar o que pode fazer pelo País. É hora de cada um de nós procurar trabalhar e dar a sua parcela de contribuição. Como? Existem mil formas. Mas o que não podemos é continuar sempre a esperar que o País seja o País do futuro ou que ele permaneça “deitado em berço esplêndido”. Temos de acordá-lo, e acordá-lo por meio da indignação. Cada um de nós tem de se indignar com tudo o que não seja correto. E não é preciso esperar o ano que vem para votar contra o Governo ou a favor de fulano, sicrano ou beltrano. É preciso se indignar já, fazendo pressão por meio de cartas, passeatas, protestos, organizando vizinhos e associações, começando a movimentar-se. Só assim conseguiremos mudar o País.

Tenho feito a minha parte. Eu, empresário, no dia em que vi que estava bem, que já tinha o suficiente para viver, candidatei-me para trabalhar e lutar pelas causas em que acredito. Desafio qualquer um a mostrar que não tenho feito isso todos os dias. Sou um dos primeiros a chegar e sou um dos últimos a sair e todos os dias estou aqui reverberando, lutando.

Hoje mesmo tive uma alegria muito grande ao trazer ao Senado uma equipe que chegou da Líbia. A Líbia já teve US$2 bilhões em negócios com o nosso País, mas esse canal estava fechado. Na Comissão de Assuntos Econômicos, criamos essa vertente nova na tentativa de melhorar as exportações, e fomos até a Líbia - ninguém pagou a minha passagem, a República não gastou um centavo com minha ida. Estive duas vezes com o líder Kadafi. Havia uma demanda contra a Petrobras, aliás, já havia uma sentença contra o Brasil no valor de US$400 milhões, e já haviam sido gastos US$15 milhões com advogados. Conseguimos fazer um acordo, sentando, conversando, e conseguimos apagar todo o passado, fechando um acordo no valor de US$50 milhões.

Hoje tive o prazer de entregar ao Presidente da República a cópia do contrato, dizendo que a Comissão de Assuntos Econômicos iniciou uma ação que culminou nesse acordo. Agora o Ministro líbio, acompanhado de uma delegação, está no Brasil para fazer compras. Acabou a obstrução. O que devíamos pagar, porque já havíamos sido condenados, resumiu-se de US$400 milhões para US$50 milhões, e acabaram-se as outras demandas. Abrimos, novamente, as portas do comércio com a Líbia. Estamos tentando fazer isso com a Ucrânia e Taiwan, mas é difícil. Taiwan tem 110, 120 bilhões para investir. Cada vez que eles vêm ao Brasil, têm que tirar um laissez-passer, o que leva 15 dias, Senador Nabor Júnior. Quando vão embora, deixam-no com a Polícia Federal. Para voltar, têm que tirar outro. Para entrar na China, inimiga deles, precisam apenas do passaporte de Taiwan. Queremos ser mais realistas do que o rei e ter, num mundo globalizado e moderno, regras inteiramente ultrapassadas!

Tenho feito minha parte, seja correndo atrás da exportação, seja lutando pelo meu Estado, por causas que considero justas. Desafio todos os brasileiros a fazerem o mesmo. Vamos lutar. Vamos fazer cada um sua parcela. Se cada brasileiro fizer 10% a mais, o Brasil vai fazer 10% a mais. Não vamos esperar pelo Governo e culpá-lo. Vamos assumir nossa parcela de responsabilidade também. Esse é o apelo que me traz hoje à tribuna. É o apelo que faço a cada um de V. Exªs, porque nós, que temos liderança nos nossos Estados, temos que iniciar essa cruzada, temos que começar um movimento. Não podemos continuar parados, esperando pelos outros. Que cada um faça sua parte! Sei que não é fácil.

A dona de casa deve estar pensando como pode ajudar. Até já dei um exemplo: eduque melhor seu filho. Cuide dele. Não deixe que ele se aproxime da droga. Oriente-o nas boas normas. Cada trabalhador pode aumentar sua produtividade. Cada um que estuda está melhorando o nível intelectual do País. São mil formas de se fazer isso, mas creio que a mais atuante, a mais rápida ainda é a defesa da cidadania por meio da indignação.

Temos que nos organizar melhor. Temos que cobrar das autoridades que são descuidadas, temos que usar nossa arma principal, o voto. Mas, muitas vezes, não podemos esperar que chegue a eleição. Agora, por exemplo, faltam quase dois anos para a eleição de Deputados, Senadores, Presidente e Governador. Então, creio que cada um de nós já poderia, a partir de hoje, de agora, deste momento, pensar em como colaborar com o País, como poderia se organizar melhor para cobrar das autoridades, usando de todos os meios de comunicação, que hoje são muitos: a carta, o telegrama, o telefone, a organização na rua. Enfim, temos que cobrar, mas temos que também dar a nossa parte.

Sr. Presidente, Sras e Srs. Senadores, era a mensagem que eu queria hoje deixar aqui, não só aos Senadores, que têm obrigação de fazê-lo, não só à classe política, mas a cada brasileiro, em cada lar.

O Sr. Romero Jucá (Bloco/PSDB - RR) - Concede-me V. Ex.ª um aparte?

O SR. NEY SUASSUNA (PMDB - PB) - Concedo o aparte a V. Exª.

O Sr. Romero Jucá (Bloco/PSDB - RR) - Quero somente elogiar o discurso de V. Exª, que, mais uma vez, usa a tribuna, de forma competente, para clamar o caminho de uma solução. E eu gostaria de registrar, para fazer justiça também, o esforço de V. Exª, importantíssimo para o País, na questão específica da Líbia, relatado por V. Exª e que tenho acompanhado de perto, esforço hoje coroado com a audiência do Presidente da República para tratar de questões importantes para o seu comércio bilateral. Quero parabenizá-lo pelo discurso e reconhecer, sem dúvida nenhuma, a ação importante de V. Exª no Senado Federal.

O SR. NEY SUASSUNA (PMDB - PB) - Muito obrigado, nobre Senador Romero Jucá. Incorporo as palavras de V. Exª ao meu discurso.

Tenho feito minha parte, mas às vezes me penitencio pensando se não poderia fazer mais. Tentarei me esforçar mais até o final deste meu mandato, mas sei que cada brasileiro que está me ouvindo pode fazer o mesmo, cada um no seu campo, cada um no seu nível. Juntos, cobrando, produzindo, em todos os setores da vida social, poderemos dar uma alavancada neste País. Esperamos ser uma sociedade mais justa, mais pacífica, mais humana, para termos uma nacionalidade invejada, e não que nos deixe tristes, preocupados.

Muito obrigado, Sr. Presidente.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 13/06/2001 - Página 13039