Discurso durante a 74ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

IMPORTANCIA DO INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATISTICA - IBGE, PARA O DESENVOLVIMENTO BRASILEIRO. CUMPRIMENTOS AO DR. SERGIO BESSERMAN VIANNA E A EQUIPE ENVOLVIDA NA REALIZAÇÃO DO CENSO 2000.

Autor
Romero Jucá (PSDB - Partido da Social Democracia Brasileira/RR)
Nome completo: Romero Jucá Filho
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
HOMENAGEM.:
  • IMPORTANCIA DO INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATISTICA - IBGE, PARA O DESENVOLVIMENTO BRASILEIRO. CUMPRIMENTOS AO DR. SERGIO BESSERMAN VIANNA E A EQUIPE ENVOLVIDA NA REALIZAÇÃO DO CENSO 2000.
Publicação
Publicação no DSF de 20/06/2001 - Página 13471
Assunto
Outros > HOMENAGEM.
Indexação
  • COMENTARIO, IMPORTANCIA, TRABALHO, INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATISTICA (IBGE), ELOGIO, ATUAÇÃO, SERGIO BESSERMAN VIANNA, PRESIDENTE, REALIZAÇÃO, CENSO DEMOGRAFICO, ATUALIDADE.

O SR. ROMERO JUCÁ (Bloco/PSDB - RR) - Sr. Presidente, Sras e Srs. Senadores, em navegação, quando se deseja rumar para um destino, o primeiro passo é conhecer a posição exata em que se está parado antes da partida. Só assim é possível traçar a rota que deverá ser seguida para se chegar, com sucesso, ao porto desejado, visto que não há estradas ou trilhos prefixados a se seguir nos oceanos.

Também é necessário, ao longo de todo o percurso, estar conferindo se o navio segue a rota preestabelecida, de maneira a garantir que se atinja o destino desejado. Caso não esteja, a correção de rumos é imprescindível para o sucesso da jornada.

Não estou aqui pretendendo lecionar matéria náutica para os meus nobres Pares, até porque não posso. Valho-me, apenas, dessa metáfora para dar a V. Exªs uma dimensão da importância, que sei que não desconhecem, do trabalho do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, mais conhecido como IBGE.

A metáfora é bastante adequada, se me permitem, Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores. O que o IBGE faz é precisamente nos informar, a cada momento, em que ponto de sua rota para o futuro e para o progresso se encontra o nosso País.

É graças ao trabalho dessa Instituição, que vem sendo realizado permanentemente há 63 anos, que o Brasil conhece o Brasil. Graças à atividade do IBGE, temos informações precisas sobre a Nação em vários campos importantes do conhecimento.

O Instituto tem sob a sua responsabilidade a produção, a análise, a coordenação e a consolidação de informações geográficas e estatísticas. Além disso, lida também com informações ambientais, coordena os sistemas estatístico e cartográfico nacionais e documenta e dissemina todas essas informações.

A antigüidade da atividade estatística no Brasil atesta a sua importância para o País. Entre nós, ela data ainda do Império, com a criação, em 1871, da Diretoria-Geral de Estatística. Na República, com a implantação do registro civil de nascimentos, casamentos e óbitos, houve a necessidade de ampliar as atividades da Diretoria.

O órgão responsável pelas estatísticas no Brasil mudou de nome e de funções algumas vezes até 1934, quando foi extinto o Departamento Nacional de Estatística, cujas atribuições foram passadas para os Ministérios competentes.

Mas a falta de um órgão que fosse capaz de articular e coordenar pesquisas estatísticas e de unificar a ação dos vários serviços estatísticos em atividade no País fez com que se criasse, ainda em 1934, o Instituto Nacional de Estatística, que somente começou a funcionar em 1936. No ano seguinte, foi criado o Conselho Brasileiro de Geografia. Este foi, então, incorporado ao Instituto, que passou a chamar-se Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.

O ponto alto dos trabalhos do IBGE, Sr. Presidente, é o censo decenal, como todos sabemos. Agora mesmo, está sendo concluído o Censo 2000, o maior e mais completo censo já realizado no Brasil, tanto pela qualidade das informações coletadas, como pela abrangência do território trabalhado.

Essa tarefa gigantesca movimentou 199.934 recenseadores, 25.286 supervisores e 6.407 agentes censitários. Foram visitados mais de 54 milhões de domicílios em 120 dias de muito trabalho, no qual cada um dos recenseadores visitou cerca de 300 casas.

Esse esforço nos permite, por exemplo, saber com precisão que o Brasil tem 169.544.443 habitantes, dos quais 83.423.553 homens e 86.120.890 mulheres. Permite, também, saber que mais de 137 milhões vivem nos centros urbanos e quase 32 milhões na zona rural.

Mas os dados coletados por toda essa gente, que ainda estão sendo trabalhados, permitirão saber muito mais sobre o Brasil, para que possamos, de posse desses dados e das informações que deles deverão emanar, trabalhar nas direções que mais rapidamente nos levem ao progresso e ao bem-estar de nossa gente.

Assim como essas informações jogam luz sobre nosso caminho, a falta delas pode significar a escuridão que nos leve a sérios tropeços e a grandes dificuldades. Digo isso porque, não faz muito tempo, cometeu-se o absurdo de interromper a série histórica decenal dos censos brasileiros, em razão da crise de falta de recursos por que passou o IBGE.

Mas isso, hoje, felizmente é coisa do passado. Estamos vivendo outros tempos, em que tanto a sociedade quanto o Governo do Presidente Fernando Henrique Cardoso compreendem e valorizam a importância do trabalho do IBGE, exigindo o seu aperfeiçoamento constante, em busca de dados cada vez mais confiáveis e atualizados sobre o País.

Desejo, portanto, Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, cumprimentar, na pessoa do Presidente do Instituto, Dr. Sérgio Besserman Vianna, todo o enorme contingente de pessoas que trabalhou para a realização do Censo 2000, bem como os funcionários permanentes do IBGE, que tantos bons serviços têm prestado ao nosso País. É graças ao esforço dessa gente, dedicada e competente, que poderemos, cada vez mais, conhecer para avançar.

Era o que tinha a dizer.

Muito obrigado.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 20/06/2001 - Página 13471