Discurso durante a 66ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

HOMENAGEM DE PESAR PELO FALECIMENTO DO EX-SENADOR E EX-DEPUTADO FEDERAL WILSON CAMPOS, FALECIDO HOJE, NO ESTADO DE PERNAMBUCO.

Autor
Roberto Freire (PPS - CIDADANIA/PE)
Nome completo: Roberto João Pereira Freire
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
HOMENAGEM.:
  • HOMENAGEM DE PESAR PELO FALECIMENTO DO EX-SENADOR E EX-DEPUTADO FEDERAL WILSON CAMPOS, FALECIDO HOJE, NO ESTADO DE PERNAMBUCO.
Publicação
Publicação no DSF de 06/06/2001 - Página 12234
Assunto
Outros > HOMENAGEM.
Indexação
  • HOMENAGEM POSTUMA, WILSON CAMPOS, EX SENADOR, EX-DEPUTADO, ESTADO DE PERNAMBUCO (PE), SOLIDARIEDADE, CARLOS WILSON, SENADOR, PERDA, PAI.

O SR. ROBERTO FREIRE (Bloco/PPS - PE. Para encaminhar a votação. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, eu estava comentando com o Senador José Agripino que esse é um momento constrangedor, em que não sei direito o que dizer. Eu pensei, porque também perdi meu pai de forma surpreendente, ainda jovem, e talvez seja a pior perda. Agora estou esperando a perda de minha mãe, que há um ano está em estado vegetativo. Estamos todos preparados para o desenlace, não sei se sofre e, se sofrer, será menos o sofrimento.

É sempre desagradável, e talvez o que se possa dizer é que esse é um momento difícil, mas que infelizmente é da contingência humana.

Wilson Campos foi uma figura que conheci em 1964, em campos opostos em tudo, inclusive nos clubes: Esporte, Náutico. Ele deve ter morrido com uma certa alegria por ver o seu Náutico melhorar; parecia que se iria acabar, e não se vai acabar mais. Era também um homem de Direito, em 1964; e eu já militante do Partido Comunista Brasileiro.

Depois nos encontramos, e aquela figura humana de grandes qualidades conseguia cativar. Independentemente das posições políticas, ele era uma pessoa afável, que sabia fazer amizade, e conseguiu, inclusive, demover as nossas desconfianças, relações difíceis devido à política do passado, quando havia sempre aquela dificuldade de se relacionar com quem havia sido reacionário, quando já éramos comunistas. Conseguimos ter uma relação muito séria.

Ficamos juntos quando ele caminhou para a sua volta política, depois da cassação que sofreu pela ditadura militar. Voltou junto conosco, da Oposição, integrou-se na luta e prestou serviços. Talvez seja isso o que eu queira lembrar dele.

Digo a Carlos Wilson que receba a nossa fraterna solidariedade.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 06/06/2001 - Página 12234