Pronunciamento de Fernando Bezerra em 26/06/2001
Discurso durante a 79ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal
REGISTRO DE DESMENTIDO A REVISTA VEJA, SOBRE SUPOSTAS LIGAÇÕES SUAS COM O SR. JOSE OSMAR BORGES.
- Autor
- Fernando Bezerra (PTB - Partido Trabalhista Brasileiro/RN)
- Nome completo: Fernando Luiz Gonçalves Bezerra
- Casa
- Senado Federal
- Tipo
- Discurso
- Resumo por assunto
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IMPRENSA.:
- REGISTRO DE DESMENTIDO A REVISTA VEJA, SOBRE SUPOSTAS LIGAÇÕES SUAS COM O SR. JOSE OSMAR BORGES.
- Publicação
- Publicação no DSF de 27/06/2001 - Página 14109
- Assunto
- Outros > IMPRENSA.
- Indexação
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- REPUDIO, ATUAÇÃO, PERIODICO, VEJA, ESTADO DE SÃO PAULO (SP), INEXATIDÃO, INFORMAÇÃO, LIGAÇÃO, ORADOR, JOSE OSMAR BORGES, SERVIDOR, SUPERINTENDENCIA DO DESENVOLVIMENTO DA AMAZONIA (SUDAM), ACUSADO, IRREGULARIDADE.
O SR. FERNANDO BEZERRA (Bloco/PTB - RN. Para uma comunicação inadiável. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, V. Exªs acompanharam o noticiário da mídia, que me submeteu a um verdadeiro linchamento moral, sem que houvesse nenhuma acusação formal e concreta contra mim e sem eu ter deixado nenhuma das insinuações sem resposta.
Quinta-feira, fui procurado pela repórter Ana D’angelo, da revista Veja, que trouxe um assunto que me deixou absolutamente perplexo. Ela me pedia explicações sobre o que eu tinha ido fazer na casa do Sr. José Osmar Borges, um dos principais implicados ou alvo de investigações do escândalo Sudam e que fora alvo de investigações quando era eu Ministro da Integração Nacional.
Ainda traumatizado com os efeitos desse tipo de insinuação e ilação, apressei-me em enviar, depois de ter respondido a essa jornalista, que jamais estivera naquela casa; que jamais estivera pessoalmente com esse senhor, o qual não conheço e que nem sequer falei com ele por telefone. Assim mesmo, ela insistia que tinha provas de que eu estivera naquela casa - mesmo sabendo que visitar a casa de quem quer que seja, mesmo a de um bandido, não constitui um crime.
Passei um fax ao Sr. Tales Alvarenga, editor da revista Veja, nos seguintes termos:
Indagado por telefone pela repórter Ana D’Angelo, da sucursal de Veja em Brasília, hoje, dia 21/06/01, às 17h30, se estivera por cinco vezes na residência do Sr. José Osmar Borges, respondi de forma veemente que jamais estive pessoalmente ou sequer falei por telefone com este senhor e muito menos estive em sua residência, cujo endereço me foi por ela informado.
Indignado, perguntei-lhe a procedência de tão inverídica afirmativa e obtive como resposta que tomaria conhecimento pela matéria a ser publicada.
Reafirmo o que respondi à repórter e espero que, de forma responsável, seja feita segura apuração da versão antes de torná-la pública, sob pena de que danos morais possam ser, de forma irreparável, causados a mim.
Grato por sua atenção, subscrevo-me.
Atenciosamente,
Senador Fernando Bezerra.
Nem ao menos uma resposta recebi do editor da Veja. Recebi, sim, como resposta, uma publicação em que a jornalista afirma que, tendo mostrado fotografias minhas a esse senhor, ele afirmara que eu havia ido a tal endereço.
Depois, por iniciativa de um repórter da Record, em matéria divulgada hoje em um programa chamado Fala, Brasil, esse caseiro disse que foi pressionado pela repórter da revista Veja e que jamais me vira naquela casa.
Para que não paire nenhuma dúvida sobre as minhas atitudes, Sr. Presidente, quero levar ao conhecimento desta Casa o vídeo que foi produzido pela TV Record e me coloco inteiramente à disposição da Comissão de Ética, da Mesa desta Casa ou de qualquer um dos Srs. Senadores para que, na minha presença, esse caseiro afirme se estive ou não nesta Casa, como acusa na matéria publicada pela revista.
Era esse o esclarecimento que eu queria trazer a esta Casa.
Muito obrigado, Sr. Presidente.