O SR. JEFFERSON PÉRES (Bloco/PDT - AM. Para encaminhar a votação. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, acabo de subscrever o requerimento lavrado pelo Senador Bernardo Cabral solicitando voto de profundo pesar pelo falecimento de Plínio Ramos Coelho.

            Plínio Ramos foi figura marcante da política do meu Estado em meados do século passado, constituinte estadual em 1947, Deputado Federal no início dos anos 50 e Governador. Assumiu o Governo em meio a profunda crise gerada pelo atraso do funcionalismo e pela pobreza generalizada no Estado, mas soergueu as finanças estaduais e promoveu grandes realizações. Quatro anos depois, voltou ao Governo e teve seu mandato interrompido por força do Ato Institucional nº 1.

Na redemocratização do País, candidatou-se algumas vezes a cargos eletivos, mas não logrou êxito. Acabou abandonando as lides políticas.

Foi um dos mais aguerridos políticos da minha terra, o que lhe valeu o apelido carinhoso de Ganso do Capitólio, porque, no início da sua carreira, ligou-se às lutas sindicais, um destemido defensor das liberdades públicas e dos direitos dos trabalhadores.

Embora tenha tido trajetória tão brilhante, acabou inteiramente afastado da vida pública, dedicando-se à sua atividade de advogado no foro de Manaus. Dedicou-se um pouco mais às Letras. Era meu companheiro e de Bernardo Cabral na Academia Amazonense de Letras.

Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, não acrescentarei mais nada ao que já foi dito aqui pelos Senadores Bernardo Cabral e Nabor Júnior. Entretanto, não poderia deixar de associar-me a esse voto de pesar mais do que merecido em favor de Plínio Ramos Coelho.

Era o que tinha a dizer.