O SR. LÚCIO ALCÂNTARA (Bloco/PSDB - CE. Para encaminhar a votação. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, por mais que eu me esforçasse não poderia ser original na tarde de hoje, depois de ouvir tantas manifestações sobre diferentes aspectos da vida e da obra de Jorge Amado.

Apenas quero trazer a voz do Ceará, Estado com o qual ele tinha ligações muito estreitas. Havia um cronista cearense, de quem ele era muito amigo, chamado Mílton Dias, homem muito ligado à cultura cearense e à nossa realidade. Muitas vezes, Jorge Amado trocou com ele idéias e ouviu histórias contadas por Mílton, que era um grande contador de histórias. Assim, havia esse estreito canal de comunicação, que se reforçava com um maranhense que também viveu muito tempo no Ceará, que foi Floriano Teixeira, grande pintor já falecido e ilustrador de várias obras de Jorge Amado.

Então, neste momento, quero apenas trazer a nossa solidariedade à família pela enorme perda não só da Bahia, mas do Brasil. No entanto, a Bahia é, de certa forma, o coração do Brasil. Quando levou a vida, a cultura baiana para suas páginas imortais, ele também levou a vida e a cultura brasileira.