O SR. ADEMIR ANDRADE (PSB - PA. Para encaminhar a votação. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, sou um paraense baiano, ou um baiano paraense e, como todos, sinto profundamente a morte de Jorge Amado.

Não convivi com ele, mas vivi, na minha adolescência e juventude, junto ao povo com quem ele viveu, um povo cuja vida ele relatou de maneira inigualável. Não conheço outro escritor que tenha retratado tão bem o povo humilde, pobre, sofrido, e que tem as mais diversas e imagináveis crenças. Não conheço outro escritor tão entrosado, tão real naquilo que escrevia como foi Jorge Amado.

É uma pena para o Brasil e para o mundo a sua morte.

Jorge Amado levou o nome do nosso País e o da Bahia para todo o planeta Terra. Além de brilhante escritor, de ter sabido observar e interpretar a vida do povo simples da Bahia, foi político que orgulha a todos nós. Somente um homem sensível, um socialista, poderia falar do povo como ele o fez.

De forma que não apenas as suas obras, o relato da vida do povo com quem ele conviveu, mas fundamentalmente as suas idéias políticas devem ser preservadas e devem servir de exemplo para todo o povo brasileiro, principalmente para os políticos. Seria muito interessante se os políticos do Brasil observassem Jorge Amado na sua capacidade literata, mas, fundamentalmente, no seu pensamento e na sua dedicação política.

Assim, lamento pelo Pará, pela Bahia, pelo Brasil, pelo PSB a morte de Jorge Amado.

Muito obrigado.