Pronunciamento de Eduardo Siqueira Campos em 22/08/2001
Discurso durante a 98ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal
CONGRATULAÇÕES A ADMINISTRAÇÃO ESTADUAL TOCANTINENSE POR SUA EFICIENTE POLITICA EDUCACIONAL, DESTACANDO DIVERSOS PROGRAMAS DESENVOLVIDOS NA AREA.
- Autor
- Eduardo Siqueira Campos (PFL - Partido da Frente Liberal/TO)
- Nome completo: José Eduardo Siqueira Campos
- Casa
- Senado Federal
- Tipo
- Discurso
- Resumo por assunto
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EDUCAÇÃO.
ESTADO DO TOCANTINS (TO), GOVERNO ESTADUAL.:
- CONGRATULAÇÕES A ADMINISTRAÇÃO ESTADUAL TOCANTINENSE POR SUA EFICIENTE POLITICA EDUCACIONAL, DESTACANDO DIVERSOS PROGRAMAS DESENVOLVIDOS NA AREA.
- Publicação
- Publicação no DSF de 23/08/2001 - Página 18232
- Assunto
- Outros > EDUCAÇÃO. ESTADO DO TOCANTINS (TO), GOVERNO ESTADUAL.
- Indexação
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- COMENTARIO, NECESSIDADE, QUALIDADE, EDUCAÇÃO, REALIZAÇÃO, DESENVOLVIMENTO SOCIAL, DESENVOLVIMENTO ECONOMICO, PAIS EM DESENVOLVIMENTO, INFERIORIDADE, ESCOLARIDADE, ANALFABETISMO, DESIGUALDADE SOCIAL.
- ELOGIO, PROGRAMA ESPECIAL, ERRADICAÇÃO, ANALFABETISMO, ESTADO DO TOCANTINS (TO), AMPLIAÇÃO, ACESSO, ESCOLARIZAÇÃO, INVESTIMENTO PUBLICO, PARCERIA, BANCO INTERAMERICANO DE DESENVOLVIMENTO (BID), MINISTERIO DA EDUCAÇÃO (MEC), GOVERNO ESTADUAL.
O SR. EDUARDO SIQUEIRA CAMPOS (PFL - TO) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, conquanto possa parecer ocioso aqui repisar, o fato é que nunca é demais ressaltar que, sem Educação, o progresso e o desenvolvimento socioeconômicos são absolutamente inviáveis.
De que forma nações como os Estados Unidos, a França, a Alemanha, os países nórdicos, o Japão e a Austrália, dentre outras, logram um significativo e sofisticado desenvolvimento? Indubitavelmente, em decorrência da prioridade que sempre outorgaram à instrução e à qualificação de suas populações.
Neste contexto, a grande questão, que ainda está por ser resolvida pelos países classificados atualmente como emergentes, dentre os quais se insere o Brasil, é a referente à Educação.
Em verdade, a baixa escolaridade de nossa população, além da terrível mancha do analfabetismo, constituem não apenas fatores preponderantes para as desigualdades sociais em nosso País, como também afetam determinantemente nosso desenvolvimento econômico.
O fato doloroso, brutal, é que ainda contamos com quinze milhões de analfabetos com idade igual ou superior a quinze anos. São treze vírgula três por cento de brasileiros adultos que não sabem ler e escrever (o que eqüivale à população do Chile), sem contar-se os vinte e nove vírgula quatro por cento de nossos patrícios que são analfabetos funcionais, ou seja, que não logram concluir as quatro primeiras séries do ensino fundamental.
Evidentemente, o Governo não está de braços cruzados, muito pelo contrário. Sabemos que o Ministro Paulo Renato, da Educação, vem envidando o melhor de seus esforços no sentido de mudar radicalmente o panorama desolador a que nos referimos, mas o fato é que se trata de uma tarefa gigantesca, que deve estar no número um na hierarquia das prioridades governamentais.
Afinal, não é motivo de nenhum orgulho sermos o País mais desigual de toda a América Latina. É uma mácula que deve ser extirpada de nosso meio social, com o máximo empenho não apenas do Governo, mas de toda a sociedade, de todas as entidades representativas dos diversos segmentos da população.
A essa altura, sem querer fazer a apologia do Governo do nosso Estado do Tocantins, não podemos, no entanto, deixar de registrar que, na mais nova Unidade da Federação, a Educação é prioridade máxima.
Tanto isso é verdade que, além da execução de um ousado programa de erradicação do analfabetismo, há, no Estado, uma importante democratização do ensino, inclusive com professores especializados.
No ano passado, por exemplo, e no primeiro semestre deste exercício, foram aplicados na Educação cerca de vinte e seis vírgula quinze por cento da receita líquida do Estado, sabendo-se que a Constituição Federal determina a aplicação compulsória de percentual menor, de vinte e cinco por cento.
Somente neste ano de 2001, já foram repassados catorze milhões e meio de reais para o Programa da Escola Autônoma de Gestão Compartilhada, aplicados na manutenção dos estabelecimentos de ensino, na aquisição de material pedagógico e em outras atividades necessárias à assistência e ao bem-estar dos alunos.
Estão sendo executados vinte e cinco programas educacionais, que abrangem duzentos e sessenta mil, seiscentos e trinta e três estudantes, em quinhentas e trinta e nove escolas estaduais.
No segmento da educação infantil, os professores são especializados, viabilizando o processo de aprendizagem de oito mil, quinhentas e noventa e cinco crianças matriculadas em duzentos e setenta e três escolas estaduais.
A rede de ensino fundamental do Estado, atende a cerca de duzentos mil estudantes, em quinhentos e trinta e três estabelecimentos de ensino.
No ensino médio, há projetos como o Alvorada, cuja meta é equipar e mobiliar os estabelecimentos de ensino, capacitando os professores, e o de Investimentos na Escola Jovem, em parceria com o Banco Interamericano de Desenvolvimento e o MEC.
Aliás, merece destaque o fato de ser o Tocantins o primeiro Estado da Região Norte a implementar, em todas as escolas estaduais, a Escolarização da Alimentação Escolar, já a partir de 1996, o que significa que o cardápio da merenda é definido de acordo com os usos e costumes de cada região, sendo a compra dos alimentos efetivada pelos próprios Municípios, o que contribui para a dinamização das atividades econômicas locais.
Também os estudantes com necessidades educacionais especiais são atendidos por professores capacitados e especializados, havendo preocupação em sua breve integração na escola regular.
Seria tedioso, aqui, enumerar todas as iniciativas governamentais tocantinenses na área educacional.
Mas não podemos deixar de registrar, Sr. Presidente, que o Programa ABC da Cidadania, que conta com comitês instituídos nos cento e trinta e nove Municípios do Estado, já alfabetizou vinte e cinco mil pessoas, mas seu objetivo, como dissemos, é erradicar literalmente o analfabetismo do Tocantins.
Queremos, por derradeiro, assinalar que, desde os idos de 1991, vem sendo executado o Programa de Educação Indígena, que atende toda a população das aldeias Xerente, Karajá, Apinajé, Javaé e Krahô, contando com dois mil alunos em sessenta e três escolas, onde lecionam cento e cinco professores. O projeto implica na formação e acompanhamento de docentes índios, com proposta educacional bilíngüe, preservando o idioma, a cultura e as tradições dos grupamentos indígenas.
Concluindo, desejamos nos congratular com a administração estadual tocantinense por sua eficiente política educacional, esperando que esse edificante exemplo se estenda por todo o País.
Muito obrigado.